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Psicologia

Por:   •  4/5/2018  •  1.359 Palavras (6 Páginas)  •  242 Visualizações

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Sendo assim, os psicólogos são ativistas dos direitos humanos, e devido suas diversas atividades no contexto social, estes profissionais são vistos como operadores da inclusão social. Por outro lado, o psicólogo como pessoa, é notado como um grande profissional que discute o que se tem feito e o que se precisa fazer para a resolução de problemas sociais e de exclusão, os quais surgiram por causa das “anormalidades” que a sociedade estabeleceu.

As ações dos profissionais da psicologia, ligadas a questões éticas, objetivam encontrar soluções para os problemas de ordem social e assim fortalecer a população, de modo que a autonomia de cada pessoa seja reconhecida.

Contudo, a psicologia nesse contexto ganhou força apenas quando foi inclusa nas políticas públicas, e posteriormente obteve novos referenciais de atuação na sociedade, um exemplo disso é o CREPOP (Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas), que busca a identificação, sistematização, documentação das práticas exercidas pelos psicólogos, através das políticas públicas atuais e da construção de novas políticas dentro das comunidades. O CREPOP:

“surgiu para oferecer à Psicologia um novo olhar sobre os compromissos com as Políticas Públicas e com os Direitos Humanos... traz, como principal propósito, ampliar a atuação dos psicólogos e das psicólogas na esfera pública, expandindo a contribuição profissional da Psicologia para a sociedade brasileira e, consequentemente, colaborando para a promoção dos Direitos Humanos no país” (CREPOP, 2007, p. 11.).

Com o surgimento do CREPOP, a psicologia obteve sua autonomia e com isso, a responsabilidade de produzir ações e intervenções na sociedade. Seu caráter de profissão enfatizada desabou, e o que antes se dava importância apenas na área clínica, passou a ter obrigação de intervenção comunitária e mais humanizada.

Hoje, é compreendido que, para que o psicólogo pudesse atuar na área da saúde (CRAS, CREAS, SUS, NAPS, CAPS, etc), precisou-se da utilização das referências atribuídas pelo Conselho Federal de Psicologia e pelas Políticas Públicas.

Ainda que esses problemas dos direitos humanos pareçam ter sido solucionados, compreende-se que este nível igualitário e de serviço integral, o qual é defendido pelo SUS (Sistema Único de Saúde), ainda está longe de ser alcançado.

Entretanto, ao observar o psicólogo como atuante na saúde pública, é preciso refletir acerca de quais devem ser seus compromissos éticos e políticos emergentes em suas práticas.

Se anteriormente a psicologia era interligada a desvios, patologias e melhoria da saúde, atualmente ela necessita de uma característica que despatologize a patologia enquanto doença, e para isso, primeiramente se faz necessário despatologizar à sociedade enquanto doença social. Para isso, existem alguns instrumentos que podem ser utilizados, e um deles é a intervenção psicossocial que engloba o indivíduo e o meio social, e visa o bem-estar psicossocial dos indivíduos, grupos, organizações, comunidades e instituições, não perdendo seu aspecto de pesquisa-ação. Para Sarriera (2000), “a intervenção psicossocial diz respeito à relação indivíduo e coletivo, na interação dos sistemas macro-meso-microsociais”.

A intervenção psicossocial opera através de definições de prioridades para que não tenha o risco de perder o foco nos objetivos imediatos. Esse instrumento possui caráter preventivo, dado que seu principal objetivo é o bem-estar psicossocial.

A intervenção psicossocial procura entender a realidade sócio histórica e cultural de cada grupo-alvo, para que se possa identificas suas maiores necessidades, as quais variam de acordo com o contexto social em que o grupo está inserido. Porém, é através dessa identificação que o processo de intervenção psicossocial se adapta.

REFERÊNCIAS

CREPOP – (CENTRO DE REFERÊNCIA TÉCNICA EM PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS). Referência Técnica para atuação do (a) psicólogo (a) no CARS/SUAS/Conselho Federal de Psicologia (CFP). Brasília: CFP, 2007.

Ministério do Desenvolvimento Social. Secretaria Nacional de Assistência Social. Política Nacional de Assistência Social. Brasília, DF: MDS/Governo Federal, 2008.

SARRIERA, Jorge Castellá. Psicologia Comunitária- estudos atuais - Porto Alegre: Sulina, 2000.

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