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PSICOLOGIA

Por:   •  4/5/2018  •  8.026 Palavras (33 Páginas)  •  358 Visualizações

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Escola

RH

Antiguidade e Idade Média

A história do homem é marcada pela tentativa de explicar fenômenos como: início da humanidade, do mundo, “de onde viemos?”, “para onde vamos?”, entendimento da vida pós-morte....

As respostas ou tentativas de respostas era privilégio de “especialistas”: sacerdotes, reis, papas, ou cientistas.

Nasce o pensamento mítico......

PENSAMENTO MÍTICO

Primeira forma de conhecimento produzida pelo homem.

Também chamado de pensamento alegórico.

Explicações sobre a realidade, elaboradas através de simbologias e figuras comuns a determinado povo ou cultura, refletindo suas crenças e modos de vida.

A maioria dos povos antigos interpretava a realidade através dos mitos: sumérios, egípcios, chineses, indianos, incas, maias, escandinavos, entre outros.

Sempre uma representação coletiva, transmitida através de várias gerações e que relata uma explicação para o mundo.

A explicação mitológica não se prende à lógica racional, nem busca oferecer comprovações de suas afirmações.

O mito nasce do desejo de dominação do mundo, para afugentar o medo e a insegurança.

“O mito é uma narrativa imaginária que estrutura e organiza de forma criativa as crenças culturais. As divindades constituíam os personagens que, pelas divergências, intrigas, amizades e desejo de justiça, explicavam tanto a natureza humana como os resultados das guerras e os valores culturais”. (Cassiano Carde in “Para Filosofar”, p. 9 Ed. Scipione).

Segundo Chauí, o pensamento mítico apresenta três características principais:

“função explicativa: o presente é explicado por alguma ação passada cujos efeitos permanecem no tempo. Por exemplo, uma constelação existe porque, no passado, crianças fugitivas e famílias morreram na floresta e foram levadas ao céu por uma deusa que as transformou em estrelas; as chuvas existem porque, nos tempos passados, uma deusa apaixonou-se por um humano e, não podendo unir-se a ele diretamente, uniu-se pela tristeza, fazendo suas lágrimas caírem sobre o mundo, etc.;”

função organizativa: o mito organiza as relações sociais (de parentesco, de alianças, de trocas, de sexo, de idade, de poder, etc) de modo a legitimar e garantir a permanência de um sistema complexo de proibições e permissões. Por exemplo, um mito como o de Édipo.

função compensatória: o mito narra uma situação que serve tanto para compensar os humanos de alguma perda como para garantir-lhes que um erro passado foi corrigido no presente, de modo de oferecer uma visão estabilizada e regularizada da Natureza e da vida comunitária.”

A mitologia grega:

A explicação mítica dos gregos para a realidade era definida em:

Panteísmo: crença na existência de muitos deuses...

Antropomorfismo : a atribuição de características humanas aos deuses...

Trovões eram explicados como causados por Zeus sacudindo a égide de raiva

Existem mitos na atualidade?

O surgimento do pensamento filosófico: a busca da racionalidade

Na história do pensamento ocidental, a Filosofia nasce na Grécia, por volta do século VI ou VII (a.C.).

Por meio de um longo processo histórico, surge, promovendo a passagem do saber mítico ao pensamento racional, sem, entretanto, romper bruscamente com todos os conhecimentos do passado.

Durante muito tempo, os primeiros filósofos gregos compartilhavam de diversas crenças míticas, enquanto desenvolviam o conhecimento racional que caracterizaria a Filosofia, que surge para tentar arrumar respostas racionais e explicações intelectualizadas para antigas perguntas: de onde viemos? O que fazemos nesse planeta? Para onde vamos? Por que isso é assim e não assim?

A Grécia Antiga era formada por um conjunto de cidades-Estado (pólis) independentes.

A sociedade grega reunia características favoráveis a essa forma de expressão pautada por uma investigação racional: poesia, religião e condições sociopolíticas.

A Filosofia Grega era dividida em quatro períodos:

Período pré-socrático – do século VII ao século V a.C. Caracterizado pelo início de uma forma de argumentar e expor as ideias;

Período socrático – do final do século V ao século IV a.C. Caracterizado pela investigação centrada no homem, sua atividade política, suas técnicas, sua ética. Também considerado o apogeu da filosofia grega;

Período pós-socrático – do século IV ao século III a.C. Caracterizado pela tentativa de apresentar um pensamento unificado a partir de diversas teorias do passado. Interessava em fazer a distinção entre aquilo que poderia ser objeto do pensamento filosófico.

Período helenístico ou greco-romano – do século III a.C. ao século VI d.C. Engloba o período do Império Romano e dos Padres da Igreja. Trata-se das relações entre o homem, a natureza e Deus

É entre os filósofos gregos que surge a primeira tentativa de sistematizar uma Psicologia.

O termo psicologia vem do grego psychè, que significa alma, e de logos, que significa razão.

Etimologicamente, psicologia significa “estudo da alma”.

A alma ou espírito era concebida como a parte imaterial do ser humano e abarcaria o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção.

Platão concebia a alma como sendo separada do corpo. Quando alguém morria, a matéria (o corpo) desaparecia, mas a alma ficava livre para poder ocupar outro corpo.

Para Aristóteles a psichè seria o princípio ativo da vida. Tudo aquilo que cresce, se reproduz e se alimenta possui sua psichè ou alma. Os animais,

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