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Influências Fisiológicas na Psicologia

Por:   •  26/6/2018  •  1.872 Palavras (8 Páginas)  •  732 Visualizações

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- Partes do cérebro médio: controlavam os reflexos visuais e auditivos;

- O cerebelo: controlava a coordenação;

- Medula: controlava o batimento cardíaco respiração e outras funções vitais.

As descobertas de Hall e Flourens embora válidas no aspecto geral, são secundárias para os nossos propósitos em relação ao uso do método de extirpação – técnica para definir a função de determinada parte do cérebro animal, removendo-a ou destruindo para observar as mudanças no comportamento.

Na segunda metade do século XIX surgem duas novas abordagens experimentais complementares à pesquisa do cérebro:

- Método Clínico, desenvolvido por Paul Broca, consiste num exame pós-morte das estruturas do cérebro para detectar as áreas lesionadas consideradas responsáveis pelo comportamento do indivíduo antes da morte. Considerada uma espécie de “extirpação pós-morte”.

- A Técnica dos Estímulos Elétricos, aplicada em 1870 por Gustav Fritsch e Eduard Hitzig, consiste na aplicação de fracas correntes elétricas para a exploração do córtex cerebral. Com o surgimento de equipamentos mais sofisticados essa técnica tornou-se extremamente produtiva para o estudo das funções cerebrais.

Tópico 04: O Mapeamento Externo das Funções Cerebrais

Franz Josef Gall, que antes tentava realizar o mapeamento interno do cérebro, dissecando cérebros de animais e pessoas mortas, constatou substância cerebral branca e acinzentada, a conexão de cada lado do cérebro ao lado oposto da medula espinhas por meio de fibras nervosas e a ligação por fibras de ambas as metades do cérebro.

Após isso, volta sua atenção para a parte externa do cérebro, tentado descobrir se era possível obter informações sobre as propriedades cerebrais analisando tamanho e formato do cérebro. Animais com cérebros maiores tendiam a ter cérebros maiores. Fundou o movimento cranioscopia, mais tarde conhecido como frenologia, que afirmava que o formato do crânio de uma pessoa revelava suas características intelectuais e emocionais: habilidades bem desenvolvidas como consciência, benevolência, autoestima, haveria uma protusão (movimento para frente) ou uma saliência (relevo) na região controladora dessa característica. Se a capacidade fosse inferior haveria um afundamento no crânio. Depois mapeou a localização dos 35 atributos humanos.

Johann Spurzheim e George Combe popularizaram esse movimento. A leitura do crânio torna-se difundida sendo empregada em vários segmentos, mas logo entrou em declínio.

Pierre Flourens (através do método de extirpação), desmentiu a cranioscopia de Gall, descobrindo que o formato do cérebro não correspondia aos contornos do tecido cerebral subjacente, e que, haviam erros nas áreas designadas por Gall para as funções mentais específicas.

Tópico 05: O Estudo do Sistema Nervoso

Final do século XVIII, o pesquisador italiano Luigi Galvani, sugeriu que impulsos nervosos seriam elétricos. Seu sobrinho, Giovanni Aldini, deu continuidade ao seu trabalho.

Em meados do século XIX, os cientistas aceitaram como fato comprovado a natureza elétrica dos impulsos nervosos. Acreditavam que o sistema nervoso constituía-se basicamente de um condutor de impulsos elétricos e que o sistema nervoso central funcionava como uma estação de transferência, desviando os impulsos para as fibras nervosas sensoriais ou motoras.

Essa teoria tinha como base o reflexo: um elemento do mundo exterior (estímulo) provoca impacto no órgão do sentido e, assim, excita o impulso nervoso, que segue até o local adequado do cérebro ou do sistema nervoso central e ali reage, criando novo impulso, que é transmitido através dos nervos motores para acionar a resposta do organismo.

Santiago Ramón y Cajal, médico espanhol, descobriu a direção seguida pelos impulsos nervosos no cérebro e na medula espinhal. Porém teve dificuldades em divulgar seus trabalhos, já que a língua espanhola nas publicações especializadas da época.

Pesquisadores estudaram a estrutura anatômica do sistema nervoso e descobriram que as fibras nervosas eram compostas por estruturas separadas (neurônios) e que eram conectadas a pontos específicos (sinapses). Coincidiu com a imagem mecanicista do funcionamento humano, acreditavam que o sistema nervoso era constituído de estruturas de átomos combinados para produzir um produto mais complexo.

Tópico 06: O Espírito do Mecanicismo

Predominante na fisiologia do século XIX. Década de 1840 um grupo de cientistas, alguns ex-alunos de Muller, funda a Sociedade de Física de Berlim, com uma única proposta: a explicação de todos os fenômenos pelos princípios da física. Queriam relacionar a fisiologia com a física.

Declararam que as únicas forças ativas dentro do organismo eram as forças psicoquímicas comuns. Há um entrelaçamento entre as linhas, na fisiologia do século XIX: materialismo, mecanicismo, empirismo, experimentalismo e a medição.

Os fisiologistas realizavam experiências para investigar os mecanismos que estão por trás dos fenômenos mentais.

Empiristas britânicos argumentavam que a sensação era a única fonte de conhecimento. Bessel demonstrou o impacto da observação das diferenças individuais na percepção e sensação. Os fisiologistas estavam definindo a estrutura e a função dos sentidos. Então, a psicologia experimental estava pronta para começar.

Tópico 07: Os Primórdios da Psicologia Experimental

A aplicação do método experimental à mente começa com 4 cientistas alemães especializados em fisiologia: Hermann Von Helmholtz, Ernst Weber, Gustav Theodor Fechner e Wilhem Wund.

Desenvolveu-se na Alemanha devido a vários fatores, como: a abordagem científica alemã, o movimento reformista nas universidades alemãs, que predominava a liberdade acadêmica (professores ensinavam o que desejavam sem interferência externa), condições econômicas prevalecentes na época.

Tópico 08: Hermann von Helmholtz

Dava ênfase ao tratamento mecanicista e determinista, partindo do princípio que os órgãos sensoriais humanos funcionavam como máquinas.

Nasceu em Potsdam, na Alemanha, recebia aulas em casa devido a fragilidade da sua saúde. Aos 17 anos matriculou-se

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