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As Raízes da Psicologia

Por:   •  22/2/2018  •  2.768 Palavras (12 Páginas)  •  437 Visualizações

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1. ORIGEM DA PSICOLOGIA

Na Grécia Antiga, os filósofos buscavam uma maneira de tentar localizar em alguma parte do corpo humano aonde pudessem encontrar os sentimentos, assim René Descartes, um dos principais filósofos e responsável pelo modo de vida humano atual, em 1649, descreve que a mente e o corpo tinham uma existência dual, onde o corpo funciona como uma máquina e executa os movimentos, e a mente pensante e imaterial, ou alma, chamada de “psychê”. Isso aumentou ainda mais os debates sobre mente e corpo, e com o passar dos anos, novas teorias que somavam as de Descartes foram surgindo. Uma delas, descrita por Johann Friedrich Herbart, em 1816, diz que uma mente dinâmica possuía um consciente e um inconsciente, e com o surgimento da hipnose, os cientistas passaram a considerar tal hipótese. Outros estudiosos também detalham seus estudos, Charles Darwin em 1859, propondo que as características humanas são hereditárias e, Pierre Paul Broca em 1861, que descobre que o lado direito e esquerdo do cérebro desempenhavam funções diferentes.

Entretanto, todos os debates sobre tal assunto, ainda eram tratados junto área da filosofia, foi apenas no final do século XIX que a psicologia se separou, assim, suas ciências foram tratadas de maneira diferente e criando-a como ciência moderna. Em 1879, Wilhelm Wundt cria o primeiro laboratório de psicologia experimental na cidade de Leipzig, na Alemanha e faz uma descrição exata da consciência, adotando uma abordagem estritamente científica para a psicologia. Ao mesmo tempo, outros estudiosos como William James, nos Estados Unidos, faziam estudos mais teóricos e filosóficos. Em Paris, outro movimento crescia de maneira importante para a psicologia, com base nos trabalhos do neurologista Jean-Martin Charcot que de alguma maneira descobriu que usando a hipnose, conseguia ter êxito nos tratamentos em pacientes histéricas.

No decorrer das duas ultimas décadas do século, surgiram novas metodologias cientificas para o estudo da mente semelhante às praticadas na fisiologia e disciplinas que estudavam o corpo. Era a primeira vez que se utilizavam métodos científicos para se obter novas teorias, aonde através de observação e experimentação resultantes da aplicação dos métodos em percepção, consciência, memória, aprendizagem e inteligência produziam novas análises que se firmaram de base para que nos anos seguintes, outros psicólogos pudessem desenvolver novas técnicas de estudo com o real objetivo da mente e do comportamento para aplica-los no tratamento de distúrbios mentais.

Hoje, sabemos o significado da palavra psicologia que é literalmente o “estudo da alma” (Psiqué = mente + logia = estudo), estudo da mente e dos processos mentais, desejos, comportamentos, motivação, percepção.

2. RENÉ DESCARTES

Uma das maiores contribuições de René Descartes na psicologia foi o estudo para tentar solucionar a grande problemática do século XVII, no que dizia respeito a corpo e mente, pois antes de sua análise a teoria mais aceitável era que o corpo exercia menos controle sobre a mente, sendo assim ambos distintos. Descartes aceitava tal distinção, entretanto, acreditava que o corpo poderia exercer sobre a mente um poder maior do que muitos achavam, explicando que ao fazer o movimento, por exemplo, a mente decidia e os nervos e os músculos que efetuavam o movimento. E foi além, como já tinham o corpo como parte física de estudos, precisava-se localizar no corpo um local para os pensamentos, então ele definiu que seria a glândula pineal, onde corpo e mente se interagem.

Outra importante contribuição foi a teoria da ação reflexa, que foi precursora da moderna psicologia comportamental do estímulo - resposta (E - R), que acontece quando algo externo causa um efeito indesejado, tal contribuição, seria estudada mais adiante por outros estudiosos como Pavlov que aprofundaria ainda mais no tema. Para Descartes, a mente servia para pensar apenas, embora fosse imaterial, nela podiam estar à consciência e o pensamento, gerando assim o conhecimento.

Segundo ele a mente era capaz de produzir dois tipos de ideias, chamadas por ele de ideias derivadas e ideias inatas. As ideias derivadas acontecem quando há o recebimento de informações de fora, como exemplo, o canto dos pássaros. Já as ideias inatas acontecem sem um estímulo de fora, pois ocorrem dentro da mente.

3. JEAN-MARTIN CHARCOT

Jean-Martin Charcot, nasceu na cidade de Paris, em 29 de novembro de 1825, foi medico formado na Universidade de Paris. Conhecido como o fundador da neurologia moderna, ele tentava compreender a relação entre psicologia e a fisiologia. Durante as décadas de 1860 e 1870, estudou a “histeria”, termo até então usado para descrever comportamentos emocionais extremos nas mulheres, como por exemplo, choro ou riso excessivos, contorções e movimentos corporais descontrolados, desmaios, paralisia, convulsões e cegueira ou surdez temporárias. Charcot imaginava que tais comportamentos eram decorrentes de problemas no útero.

O médico e professor, acreditava que a doença seguia fases claramente ordenadas, e que a hipnose era um método para a cura e ainda que a histeria resultava de um sistema neurológico fraco e era uma doença hereditária, cujos sintomas eram provocados por situações de choque.

Ele sugeriu algo que seus contemporâneos não aceitaram, a ideia de que a semelhança entre a histeria e doenças físicas justificaria uma busca por causas biológicas, alguns até acreditavam que as pacientes histéricas de Charcot agiam induzidas pelas próprias sugestões do médico.

Não há dúvidas de que o médico foi o maior neurologista francês e um dos maiores de todos os tempos, ele realizou estudos e descobertas de grande valia para a neurologia e psiquiatria, sendo o seu estudo mais conhecido, sobre a histeria, entre outros, como a Afasia e uma grande descoberta em sua carreira foi do aneurisma cerebral.

4. EMIL KRAEPELIN

Emil Kraepelin foi um psiquiatra alemão e é comumente citado como o criador da moderna psiquiatria e genética psiquiátrica. Kraepelin defendia que as doenças psiquiátricas são principalmente causadas por desordens genéticas e biológicas. Após demonstrar a inadequação dos métodos antigos, como os da psicanálise, Kraepelin desenvolveu um novo sistema diagnóstico. Suas teorias psiquiátricas dominaram o campo da psiquiatria no início do século XX e a base dessas teorias continua sendo utilizada até os dias de hoje.

Em 1886, pouco depois de ter concluído

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