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Afetividade e Aprendizagem: Perspectiva sob Olhar da Psicologia

Por:   •  10/11/2018  •  1.970 Palavras (8 Páginas)  •  428 Visualizações

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Fundamentação

Segundo ALMEIDA (2001), a afetividade, assim como a inteligência, não aparece pronta nem permanece imutável. Ambas evoluem ao longo do desenvolvimento: são construídas e se modificam de um período a outro à medida que o indivíduo se desenvolve, as necessidades afetivas se tornam cognitivas. É no âmbito familiar a partir dos vínculos entre as pessoas destes primeiros convívios que se inicia a relação do ensinar e o aprender.

A família é base principal e de onde se estrutura a personalidade do indivíduo, suas primeiras orientações e direções são constituídas nesse ambiente. Segundo SCHIMTZ (1994) “a família é o primeiro ambiente humano natural em que o homem nasce, cria-se, educa-se e realiza-se”. Muitos problemas de aprendizagem ocorrem devido ao âmbito familiar

A base destas relações é vincular e afetiva, dessa forma o que sustenta a etapa inicial do processo de aprendizagem é o vínculo afetivo estabelecido entre a criança e o adulto (KLEIN 1996).

Portanto, o sentimento amor-afetividade construído primeiramente entre mãe e filho vai se generalizando aos outros, como ao pai, ao irmão e aos companheiros, havendo assim uma modificação ou acomodação aos fatos e situações passadas carregadas de emoções.

O afeto é essencial para todo o funcionamento do nosso corpo nos dando coragem, motivação, interesse, e contribuindo para nosso desenvolvimento. E é pelas sensações que o afeto nos proporciona que sabemos quando algo é verdadeiro ou não. Principalmente para a criança o afeto é importantíssimo, pois ela precisa sentir-se segura para poder desenvolver seu aprendizado, e é necessário que o professor tenha consciência de como seus atos são extremamente significativos nesse processo, porque essa relação aluno-professor é permeada de afeto, e as emoções são estruturantes da inteligência do indivíduo (WALLON, 1995).

PIAGET (1990) afirma que o afeto desempenha um papel essencial no funcionamento da inteligência. Sem afeto não haveria interesse, nem necessidade, nem motivação; e, consequentemente, perguntas ou problemas nunca seriam colocados e não haveria inteligência. A afetividade é uma condição necessária na constituição da inteligência. Consideram-se dois aspectos importantes no desenvolvimento intelectual: um afetivo e um cognitivo.

O processo de formação e enriquecimento afetivo da criança nos faz perceber que esse processo afetivo é continuo e inovador, onde a formação de sentimentos esta diretamente ligada aos valores e evolução da sociedade, ou seja, os sentimentos interindividuais são construídos com a cooperação do outro e os intra-individuais são elaborados coma a ajuda do outro, sendo a troca interpessoal.

O ambiente na constituição da aprendizagem exerce um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo, físico e social da criança, mas para que isso aconteça é necessário que a família esteja funcionando bem. Segundo WALLON (1975) “afetividade é um dos principais elementos para o desenvolvimento humano. A emoção causa impacto no outro e se propaga no meio social”.

A influência da afetividade nesse processo de aprendizagem deve ser com uma relação e facilitador, principalmente entre o professor e aluno que vão juntos aderir conhecimentos. Segundo VYGOTSKY apud REGO (1995) diz que a escola desempenha um importante papel no desenvolvimento intelectual e conceitual das crianças.

Resultados

Em relação aos atendimentos realizados no SPA verifica-se que muitas das queixas da escola são referentes à dificuldade de aprendizagem, porém de acordo as sessões a maioria dos atendidos mostra que tem capacidade em aprender e que o que falta para o seu desenvolvimento é o estímulo.

O acompanhamento psicológico realizado pelas estagiárias, utiliza de ludoterapia o que favorece a formação do vinculo entre criança e terapeuta, o brincar em conjunto, contribui pra fortalecimento da auto estima e segurança. Brincando com ela, o terapeuta é capaz de ajudá-la a ultrapassar os obstáculos que a impedem de integrar-se e adaptar-se adequadamente ao seu meio familiar e ou social mais amplo.

Em um dos casos atendidos observa-se que, a família de B. de 7 anos, traz como queixa a retenção escolar da pr por déficit de atenção, desinteresse, falta de memória e grande dificuldade de aprender. Após três meses de atendimento, com foco na auto estima, na auto confiança e na valorização pessoal é possível observar grandes avanços nos processos de atenção, memória e segurança nos relacionamentos. A participação familiar colaborando muito para o rápido desenvolvimento de B.

Observa-se que a criança sofre várias modificações no que diz respeito aos seus domínios de afetividade em conformidade com o desenvolvimento de sua cognição, ou seja, os valores, os sentimentos pessoais e interpessoais, e as brincadeiras.

O caso de D. vem descrito por comportamento inadequado e difícil no ambiente escolar, egocentrismo, seu desempenho escolar é bom mas seus relacionamentos inexistentes ou difíceis, inclusive com a família que afirma não conseguir lidar com D. Durante os atendimentos, D. afirma ser uma pessoa sozinha e que não tem amigos, o foco da proposta de trabalho engloba acolhimento, cooperação e confiança, e após a formação do vinculo entre terapeuta e criança já é possível observar alguns progressos.

W tem 10 anos, e chegou com queixa de déficit de atenção, ele é muito inteligente, mas tem dificuldade em manter-se atento nas aulas de sua classe de 40 alunos. Seus pais, exigentes procuram por uma solução, observa-se um distanciamento familiar da responsabilidade do desenvolvimento de W. uma vez que a família enxerga o problema como exterior a eles, não compreendendo que faz parte dele.

A influência da afetividade nesse processo de aprendizagem funciona como uma relação de facilitador, que desempenha um importante papel no desenvolvimento intelectual e conceitual das crianças. As interações entre os pacientes e as estagiárias de psicologia favorecem a produção de conhecimento, permitindo o diálogo, a cooperação e as trocas de informações mútuas e são estimuladas a serem revistas e continuadas no âmbito familiar. Esse processo vem favorecendo o desenvolvimento dos atendidos.

Conclusão

A participação dos pais é fundamental para o desenvolvimento da criança porque, ainda que inconscientemente, eles quase sempre estão ligados aos sintomas apresentados por ela, sendo assim a orientação sobre

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