A influencia da afetividade no processo da aprendizagem em um abrigo
Por: Jose.Nascimento • 18/9/2017 • 4.789 Palavras (20 Páginas) • 718 Visualizações
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the moment that if establishes an affective bond of friendship with the sheltered one, it he is affectionate, very intent to the pedagogical activities, therefore if it gets resulted positive in the learning of the child, as examples presented in the introduction and chapter 4. As practical result evidenced social and psychological changes in the children who had received attention and care on the part from this author.
Keywords: affectivity, learning, educating, educator.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................. 8
METODOLOGIA........................................................................... 14
1 O ABRIGO................................................................................. 16
2 A AFETIVIDADE NA PERSPECTIVA TEÓRICA
DE HENRI WALLON.................................................................... 21
3 A INFLUÊNCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO
DA APRENDIZAGEM................................................................. 29
4 A EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA VIVENCIADA
NO ABRIGO................................................................................. 36
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................ 41
REFERÊNCIAS............................................................................ 44
INTRODUÇÃO
O interesse por este tema está diretamente ligado ao meu trabalho como educadora em um abrigo que recebe crianças de diferentes faixas etárias de 0 a 18 anos. Há quase quatro anos desempenho esta função. O abrigo será descrito logo mais no capítulo 1.
Por meio de observações do comportamento das crianças pude identificar a necessidade delas em estabelecer vínculo afetivo com os colegas do abrigo e com as educadoras, principalmente, por não se sentirem pertencentes àquele ambiente. Neste contexto, o processo de aprendizagem me pareceu difícil devido à dificuldade de aprender das crianças que foi potencializado quando o abrigo passou por profundas mudanças internas, com a entrada das novas educadoras com as quais as crianças não estabeleciam nenhum vínculo. Por isso, o distanciamento da criança que não contribuía para seu interesse nas atividades propostas. Esta observação reforçou minha hipótese de que é necessário estabelecer um vinculo afetivo, para obter uma relação satisfatória, porque contribui para a inserção da criança ao ambiente e decorrentemente no seu processo da aprendizagem.
Com minha experiência de educadora notei que o processo de aprendizagem da criança ocorria de modo muito mais efetivo quando ela se sentia acolhida, aceita e respeitada. Por exemplo: quando estabelecemos um vinculo afetivo com um abrigado, ele é carinhoso, muito obediente e nas atividades pedagógicas ou tarefas rotineiras da casa, o resultado é satisfatório e é executado com maior empenho pela criança.
Esta possível relação entre o sentimento da criança e seu processo de aprendizagem, além de ser observado no transcorrer do nosso trabalho, foi potencializado pelo momento especial pelo qual o abrigo passava. Isto porque, o abrigo em 2008 passou por várias mudanças significativas tanto nos recursos humanos quanto materiais, por isso o trabalho com as crianças, se tornou muito difícil, elas eram muito rebeldes e violentas, era difícil de manter um diálogo. As funcionárias que trabalhavam foram dispensadas e somente três permaneceram.
Por isso, o ambiente do abrigo era de muito conflito e rebeldia tanto por parte das crianças que não entendiam a situação, como por parte dos novos funcionários que chegavam despreparados a um ambiente pouco receptivo.
Os abrigados não compreendiam sobre a mudança, pois não foram informados a respeito, também não houve um período de adaptação, para que as crianças se acostumassem com o grupo que ora iniciaria o trabalho.
Notava-se naquele momento duas alterações. A primeira, em relação ao adulto, consistiu no aumento da quantidade de funcionárias e a exigência da prefeitura de educadoras com maior nível de escolaridade. A segunda, refere-se ao aumento do número de educando que de quinze, passam para vinte e um, em variadas idades de zero a dezoito anos. Esta disparidade etária promove uma exigência de educadoras com formação consistente e abrangente. Todavia, as educadoras em sua totalidade não preenchiam esses requisitos.
Foi neste momento tumultuoso de transição, que iniciei meu trabalho como educadora. A princípio pensei em desistir por achar muito difícil e desgastante o trabalho neste local, pois não existia uma rotina, trabalhava-se com o inesperado, não havia um planejamento, cotidianamente tratava-se de “apagar incêndios”.
Todas as educadoras recém-contratadas, não tinham ainda aquele envolvimento de um grupo, por isso as ideias eram divergentes. Não havia diálogo entre educadoras e equipe técnica, composta por uma coordenadora, uma assistente social e uma psicóloga. A própria coordenadora não tinha experiência, vindo de uma creche, uma realidade diferente da de um abrigo.
Com os abrigados a situação era ainda mais delicada, as regras não eram claras para eles, a confusão se tornava ainda maior porque cada um falava uma linguagem diferente.
Comecei, assim, a observar os abrigados e refletir sobre como eu poderia me aproximar deles e estabelecer um vínculo de amizade, afeto e carinho. Enfim, conhecê-los melhor e à sua realidade e seus recursos humanos e materiais.
Para exemplificar esta situação e tentar explicar o que eu sentia com relação às crianças, vou relatar um caso dentre tantos outros.
Um menino de oito anos chamado João (nome fictício) era um morador de rua e um dia foi deixado pela sua mãe
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