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Adolescência e Psicologia

Por:   •  24/4/2018  •  1.713 Palavras (7 Páginas)  •  277 Visualizações

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- Suporte emocional à família/comunicantes:

Muitas vezes dependendo da patologia ou quaisquer motivos que o adolescente possa estar sendo tratado, existem diversas formas que a família possa vir a reagir. Esse suporte serve para aproximar a família dos profissionais que lidam diretamente com o adolescente e se utilizado a abordagem correta, pode facilitar muito no tratamento e compreensão de todos.

Entre outros como grupo de promotores de saúde, intervenção hospitalar, assistência domiciliar terapêutica, trabalho com equipe multiprofissional, participação no controle social, entre outros.

- Capítulo V – A Questão da Adolescência Numa Perspectiva “Antimanicomial”

O atendimento e tratamento para adolescentes vem crescendo cada vez mais nos serviços públicos. Famílias e escolas encaminham na expectativa de auxílio devido a “fracassos escolares”, “dificuldades cognitivas”, entre outros. O profissionalismo incumbe a uma ética própria e faz com que os psicólogos mantenham um olhar atento para cada situação que enfrenta, fazendo com que notem uma certa impaciência social com a infância e adolescência. Isso faz com que exista uma contenção das liberdades, uma tentativa de produzir padrões, já que o comportamento dos adolescentes estão cada vez mais sendo tratados como problemas no desenvolvimento social e não como comportamento normal de uma pessoa em fase de transformação. A escola possuí um papel importantíssimo nesse contexto, pois busca o controle social, de segregação e exercício de poder. O local onde o jovem deveria ganhar conhecimento, atingir novos objetivos e se conhecer como ser atuante da sociedade acaba se tornando apenas um local onde o jovem vai para ser dominado e não compreendido e reconhecido – afinal o jovem se faz adulto por suas conquistas, como diz Ariès em 1981.

Observamos uma dominação em relação a adolescência, pois a definem como problema, transtorno, violência, desrespeito. Mas quem foi que definiu ela assim? Isso deixa claro a falha da sociedade em proporcionar os rituais de passagem para esses jovens, apenas prolongando ao máximo a infância e depois impondo um contrato com cláusulas incompreensíveis a eles. Simplesmente punindo-os na fase de maior beleza física, densidade emocional e criatividade e logo em seguida, cobrando por tudo isso.

Por isso se faz muito necessário que qualquer profissional da saúde mental antes de criar diagnósticos e explicações, deve se lembrar do ritual de passagem que não existe mais, da doença social e das padronizações.

Em 1984 foi criado o Projeto Arte da Saúde em Belo Horizonte, que atende crianças e adolescentes em processo de exclusão social para ajuda-los a adquirir mais autoestima e segurança, podendo criar suas próprias histórias. O projeto trabalha em grupos orientados por monitores da própria comunidade voltado para produção cultural e o desenvolvimento de atividades artísticas que leva os jovens a encarar desafios e aperfeiçoar suas competências e habilidades. Hoje o projeto se encontra em processo de ampliação, buscando atender crianças de abrigos e integrantes do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil.

- Capítulo X – Dependência Química, Adolescência e Família

O uso de substâncias psicoativas vem mudando no decorrer da história e ao longo dos anos. O uso pelos povos antigos estava mais relacionado com a integração social e transcendência espiritual, por exemplo. Já nos dias atuais, com a industrialização de determinadas substâncias como morfina e cocaína o uso foi ampliado e hoje representa uma grande preocupação com os jovens em diversos países.

Estudos realizados no Brasil indicam que as bebidas alcoólicas e o cigarro são as drogas mais consumidas, mas ainda assim 24,7% dos entrevistados relataram já ter feito uso de alguma droga ilícita, como lança-perfume e cola. Em segundo lugar está a maconha, seguida por medicamentos ansiolíticos, cocaína. Comparando com dados de pesquisas anteriores, o consumo de maconha e cocaína tem crescido cada vez mais. Já com jovens em situação de rua os índices de consumo são muito mais altos, com 88,1% dos entrevistados já fizeram uso de alguma droga e 48,3% fazem uso diário. O consumo persistente de algumas drogas pode desenvolver vários problemas de saúde mental, física e social, variando de acordo com a droga utilizada.

As mudanças no cenário brasileiro são negativas, principalmente se tratando da maconha e cocaína. Algumas medidas foram tomadas nos últimos anos, porém não foram eficazes, assim como as bebidas alcoólicas, que continua em primeiro lugar como escolha de droga para os jovens, já que possui pouco controle de venda e ainda assim muita liberdade nas propagandas para expor e induzir.

A busca de identidade dos jovens traz incertezas sobre si mesmo, o que faz com que ele busque prazer imediato. Os jovens possuem necessidade de liberdade, curiosidade, influência, disponibilidade, contexto familiar - entre diversos outros motivos podem acarretar ao uso de drogas. Existem várias maneiras de intervir nesse consumo:

Prevenção Primária são ações que buscam evitar que o jovem experimente ou use com frequência. Divulgação de informações por exemplo, é um dos métodos mais utilizados para evitar o uso. Ele busca amedrontar e passar toda informação científica para o jovem. Além de divulgar alternativas para fortalecer as atitudes saudáveis – como prática de esportes.

Prevenção Secundária busca evitar complicações para usuários ocasionais de drogas com baixo nível de problemas. Divulga os riscos na intenção de conscientizar e mudar comportamentos. Porém esses serviços de prevenção são pouco explorados no Brasil.

Prevenção Terciária são ações voltadas para jovens com problemas existentes – buscando evitar adicionar novos prejuízos. Busca melhorar a qualidade de vida junto à família e a comunidade. Também envolve casos emergenciais, como overdose, abstinência, tentativa

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