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A Psicologia e Saúde

Por:   •  8/3/2024  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.817 Palavras (8 Páginas)  •  599 Visualizações

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Centro de Ciências da Saúde - CCS

Curso: Psicologia

Disciplina: Psicologia e Saúde (51- M24AB)

Professora: Leônia Cavalcante Teixeira

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

COVID-19

EQUIPE:

- Afrânio Arley Teles Montenegro Júnior - 1911897

- Andreza Rodrigues Galvão - 1612487

- Guilherme Ferreira Silveira - 1911902

- Raquel Gurgel Lins Ramalho - 1622025 / 6

- Ricardo Kaian Misturini Guedes - 1911871

- Rodrigo Oliveira Freitas - 1911963

- Ygor Eugênio de Oliveira Xavier - 1914273

Março

2021

1) PROCESSO SAÚDE - DOENÇA

Ao se falar no processo saúde-doença, tem-se que considerar o longo percurso histórico da humanidade rumo a uma tentativa de compreender os fenômenos sociais e medicinais e os seus impactos na definição do que seria considerado um estado saudável ou não. Como exemplo disso, tem-se os povos antigos, os quais se utilizavam dos conhecimentos de seu tempo para interpretar a realidade do que se passava com o organismo das pessoas. Assim, suas explicações eram em torno da "doença dentro de uma visão mágica do mundo" (SOUZA; OLIVEIRA, 1998, p. 1).

Avançando para outras localidades, tem-se na Grécia o grande conceito dos Temperamentos Humanos, o qual foi baseado em diversos filósofos, especialmente Empédocles e afirmava que "saúde é o significado de harmonia entre os quatro elementos que compõem o corpo humano- água, terra, ar e fogo" (SOUZA; OLIVEIRA, 1998, p. 2), onde resultaram posteriormente os nomes Fleumático, Melancólico, Sanguíneo e Colérico. Consequentemente, essa teoria foi ainda estudada e incrementada por Kraepelin (1921), Akiskal (2005) e Lara et al (2008). Tal progressão e evolução retratam o quanto o entendimento do processo saúde-doença precisa ser estudado, adaptado e compreendido em seu momento histórico, geográfico, intelectual, médico e social, ou seja, multifatorial, como foram casos de observações empíricas e da visão epidemiológica do processo saúde-doença.

Mais aproximado da época contemporânea de pandemia causada pela COVID-19, tem-se a Renascença e o pensamento científico, pois, neste, "a explicação da disseminação das doenças epidêmicas se dá pela existência de partículas invisíveis que produzem doenças e atingem os homens de diversas maneiras" (SOUZA; OLIVEIRA, 1998, p. 3).

Com o passar do tempo, tal concepção foi bastante aprimorada no século XX, por meio dos avanços científicos e dos estudos bacteriológicos, onde se identificaram agentes etiológicos, usos de fármacos para tratamentos e imunizantes.                  

Atualmente, tem-se no "modelo ecológico multicausal, tendo também influência em modelos matemáticos e sobre as ciências sociais, particularmente a sociologia urbana" (SOUZA; OLIVEIRA, 1998, p. 4) o grande balizador de entendimento para esse processo.

Quando se analisa o Boletim Epidemiológico em anexo acerca da pandemia do novo Coronavírus, tem-se uma longa segunda onda epidêmica em progressão que mudou sua dinâmica de dispersão, ganhou força de transmissão, tendendo a um padrão de propagação exponencial, onde os dados epidemiológicos refletem uma situação relativamente desatualizada devido tanto ao próprio período de incubação e curso clínico da doença, quanto ao processo que envolve o fluxo de amostras e confirmação laboratorial dos casos (Prefeitura de Fortaleza, 2021).

Tal dado reflete uma diferença de paradigma quanto a esse novo vírus e a necessidade de se considerar fatores multicausais para essa disseminação, pois, como exposto acima, deve-se analisar o período de incubação e o curso clínico da doença, suas variantes e mutações nacionais e internacionais.

Ainda segundo o Boletim, chama atenção a alta concentração de casos nos bairros Vicente Pinzon, Itaperi/ Serrinha, Conjunto Ceará I e II, Jangurussu/Palmeiras, Messejana e José Walter (Prefeitura de Fortaleza, 2021).

 Dessa forma, surgem questionamentos, tais como: "por que esses bairros são mais afetados?", "que tipos de comportamentos, estilos de vida e condições sanitárias são praticadas e ofertadas para essa população?" Tais fatores, ao serem considerados, permitem um entendimento de que é necessária uma maior atenção para determinado grupo social, principalmente com a ajuda dos agentes comunitários de saúde, a fim de se contextualizar tais conclusões acerca desses dados epidemiológicos integrados ao dinâmico processo saúde-doença.        

2) DETERMINANTES DE SAÚDE

Carrapato et al (2017) enfatiza que "é inquestionável que os determinantes influenciam o estado de saúde dos indivíduos", fato esse que se mostrou ainda mais evidente com a pandemia da COVID-19 no Brasil. Mais especificamente na cidade de Fortaleza, Ceará, ficaram expostas as desigualdades sociais e o quanto impactam na saúde da população mais vulnerável.

Os dados do boletim epidemiológico mostram que, apesar de haver dispersão de casos em diversas áreas da cidade, há as localidades de maior incidência que correspondem, na maioria dos casos, a áreas mais periféricas. Vários fatores podem estar implicados nessa alta incidência, e um deles diz respeito à moradia, onde o isolamento social pode ser difícil ou mesmo impossível de ser feito, pois as famílias geralmente são mais numerosas e as casas menores. O maior número de casos está concentrado na população com faixa etária de 20 a 59 anos pode estar relacionada a ser esse grupo de pessoas que mais se expõe a risco de infecção, seja devido a aglomerações em festas realizadas ilegalmente ou pode estar relacionada ao fator econômico, sendo esta faixa etária predominante das atividades de trabalho.

Um fator extremamente relevante diz respeito ao acesso da população aos serviços de saúde, que muitas vezes estão distantes de sua residência; e até mesmo o acesso à educação, que em um momento como esse é ainda mais relevante por ser capaz de orientar a população da importância das medidas em prol de minimizar a propagação do vírus. Percebe-se esses fatores quando se compara o número de óbitos, que não permanecem tanto em bairros menos vulneráveis, de onde se deduz que a população tenha mais acesso a meios de educação e ainda ser a que tem maiores condições de fazer o isolamento social, seja por não sofrer redução de sua renda ou por ter o privilégio de não precisar sair para o seu trabalho.

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