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A Psicologia Fenomenológica

Por:   •  17/7/2018  •  5.302 Palavras (22 Páginas)  •  567 Visualizações

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3) O livro Ser e Tempo de Heidegger (1927) traz como epígrafe a citação de Platão, transcrita abaixo:

... pois é evidente que de há muito sabeis o que propriamente quereis designar quando empregais a expressão ‘ente’. Outrora, também nós julgávamos saber, agora, porém, caímos em aporia. [aporia = “caminho inexpugnável, sem saída”, “dificuldade”

Essa epígrafe está articulada com o projeto de Heidegger nesse livro. Considere as afirmações abaixo, indicando as corretas.

I – Heidegger visa resgatar a questão sobre o sentido do ser, que ele considera que foi esquecida pela filosofia.

II – Heidegger propõe-se a responder o que significa ‘ser’, encerrando esse debate filosófico.

III – No desenvolvimento da questão do ser, Heidegger se depara com vários ‘tipos’ de ser: o ser racional, ser irracional, ser existente, ser afetivo.

IV – Para recolocar a questão do ser, Heidegger precisa desvelar o ser do ente para quem perguntar é uma possibilidade.

V – As considerações de Heidegger em Ser e Tempo influenciam as psicologias de Binswanger e Boss, que fundam a Daseinsanalyse.

Estão corretas:

A

I, II e V, apenas.

B

II, IV e V, apenas.

C X

I, IV e V, apenas.

D

I, II e III, apenas.

E

I, III, IV e V, apenas.

O conceito de fenomenologia abstraído por Heidegger é estabelecido como a objetividade em analisar por si mesmo aquilo que se mostra, sendo uma metodologia de conhecimento para compreender, interpretar e descrever os fenômenos da forma como se mostram em si mesmos. Recuperar a visão original do mundo equivale a recuperar o sentido primitivo dos entes, a saber o sentido do ser. E para o autor, o ser não é constituído de forma múltipla, portanto as afirmativas II e III são incorretas.

4) Leia o seguinte poema e a seguir responda a questão:

Amadurecer e crescer também significa

ir, de olhos abertos,

em direção à morte.

Nós só somos maduros o tanto

quanto estejamos dispostos

a aceitar nossa própria mortalidade.

A morte nos torna sábios para a vida.

Eu me nego, por isto,

À fuga ilusória

para a superficialidade tentadora

e para ocultar o doloroso.

Eu quero visualizar conscientemente

que a qualquer momento será o meu último dia.

E por meio disto estar mais desperto,

mais vivo, realizado, sábio

e mais grato por cada dia,

por cada momento.

Em meio à plena paixão pela vida,

sou mortal.

Um dia virá a ser meu último.

Saber disto me faz amadurecer.

(ULRICH SCHAFFER, Crescer, Amadurecer)

Fazendo uma aproximação do poema com a compreensão heideggeriana acerca do ser-para-a-morte, podemos afirmar corretamente que:

A

Neste poema, o poeta expressa claramente o modo como o ser-aí cotidiano/mediano se relaciona com a morte, a saber, por meio da apropriação da morte.

B

Neste poema, o poeta expressa claramente o modo como o ser-aí cotidiano/mediano se relaciona com a morte, a saber, por meio do modo impessoal ou impróprio.

C

Neste poema, o poeta expressa uma relação própria/autêntica com a morte, o que significa pensar na morte em todos os instantes da vida a fim de se preparar para ela.

D

X

Neste poema, o poeta expressa uma relação própria/autêntica com a morte, uma vez que a traz para o acontecimento presente e, com isso, abre a possibilidade de ver a si mesmo como um poder-ser.

E

Neste poema, o poeta parece estar depressivo, além de apresentar tendências suicidas, o que pode ser evidenciado por seu pensamento constante em sua própria morte.

Partir da preocupação e dos conteúdos descritos no poema, é adequado pressupor que o homem seja tocado pela angústia e pelo receio do desconhecido. O indivíduo relata em ordem cronológica, considerando o presente e abstraindo as possibilidades do futuro. Sintetiza todo o seu existir e toma consciência do caráter essencialmente finito de sua existência, considerando a temporalidade do ser. De forma que a angústia desperta em direção a morte e revela a finitude da existência humana, o pressuposto do fim da vida e de sua existência, remetendo-se a um conceito imprescindível de Heidegger que é o ser-para-a-morte.

5) Em Ser e Tempo, Heidegger afirma que a ‘essência’ do homem reside em sua existência. Para indicar o ser do homem usa o termo Dasein (ser-aí).

I – O ser-aí é sempre uma possibilidade de ser si-mesmo.

II – Existir significa compreender ser, tanto de si mesmo (Dasein) quanto dos outros e das coisas.

III – A essência do homem (ser-aí) configura-se a partir do primeiro momento em que aparece no mundo físico, tornando-se, então, “ser-no-mundo”.

IV – Do ponto de vista ôntico,

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