A IMPORTANCIA DO BRINCAR
Por: YdecRupolo • 18/4/2018 • 2.916 Palavras (12 Páginas) • 347 Visualizações
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As habilidades necessárias para um PEE são a capacidade analítica que consiste em um olhar reflexivo (teórico) as demandas da escola. E também no enriquecimento teórico para identificação de casos, pois os problemas podem ser iguais, porém sua causa e sua resolução podem pedir um enfoque diferente do que foi seguido anteriormente. E a segunda habilidade é a capacidade instrumental que consiste em o PEE saber o que vai fazer e como fazer, de modo que interaja com todos os envolvidos. Ai entra mais uma vez as necessidades das habilidades sociais.
As praticas do PEE na escola são: a anamnese que seria a coleta de dados que se dá através de entrevistas, questionário, observações sistemáticas e etc. Ela serve para o levantamento de dados a cerca da vida do indivíduo. Vale salientar que por mais que o PEE faça a anamnese ele não pode atender alguém da escola como um psicólogo clínico, tudo que for da área da psicologia clinica, tem que ser encaminhada para a mesma. Outra pratica é a investigação para se descobrir quais são as demandas da escola. A diagnose que são as análises dos dados coletados e assim a identificação dos focos no qual se necessita de intervenção. E por fim a intervenção no qual são formuladas propostas de atuação sobre as demandas da escola.
O PEE deve saber várias coisas além do seu foco, como a matemática, geografia, filosofia, aprendizagem, pois só assim se terá uma boa atuação na escola. Ele não ficará restrito somente aos assuntos relacionados a psicologia educacional/escolar, mas também poderá intervir em fatores que apresentam problemas, claro que se tiver o conhecimento a respeito do assunto. Vale salientar que é de suma importância se ter o conhecimento sobre a filosofia da educação, pois é ela que dá o sentido da prática educativa, ou seja, é uma coisa indispensável para o PEE.
NOÇOES GERAIS SOBRE O BRINCAR
Ao consultar um dicionário, deparamos com diversos significados para a palavra brincar, todos eles passam a ideia de diversão, distração, agitação, faz de conta.
Brincar é importante em todas as fazes da vida, porém na infância o brincar é inda mais essencial: não é apenas um entretenimento, mais também aprendizagem. A criança ao brincar, expressa sua linguagem por meio de gestos e atitudes, as quais estão repletas de significados, visto que ela investe sua afetividade nessa atividade. Por isso a brincadeira deve ser encarada como algo sério e que é fundamental para o desenvolvimento infantil.
O brincar prepara para futuras atividades de trabalho: evoca atenção e concentração, estimula a autoestima e ajuda a desenvolver relações de confiança consigo e com os outros. Colabora para que as crianças trabalhe sua relação com o mundo, dividindo espaços e experiências outras pessoas.
Todos os benefícios do brincar devem ser reforçados no meio escolar, a brincadeira e atividades lúdicas facilitam o aprendizado e ativa à criatividade, contribui diretamente para a construção do conhecimento.
E é por meio do brinquedo e sua ação lúdica que a criança expressa sua realidade. O brincar estimula a criança em varias dimensões, como intelectual, social e física, a brincadeira a leva para novos espaços de compreensão que as encorajam a prosseguir, a crescer e a prender.
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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Vygostsky (1998), para entendermos o desenvolvimento da criança, é necessário levar em conta as necessidades dela e os incentivos que ela tem. O seu avanço esta ligado a uma mudança nas motivações e incentivos.
A criança satisfaz certas necessidades no brinquedo, porem essas necessidades vão mudando no decorrer do desenvolvimento. Assim, como as necessidades da criança vã mudando , é fundamental conhece-las para compreender a singularidade do brinquedo como uma forma de atividade no contexto escolar.
Para Oliveira (1995), o comportamento de crianças pequenas é fortemente determinado pelas características das situações concretas em que a criança se encontra.
Uma criança pequena deseja algo de imediato. É impossível encontrar uma criança com menos de três anos que planeje fazer algo de imediato, eles agem por impulsividade. O intervalo entre esse desejo e a satisfação é muito curto. Entretanto crianças, em idade pré-escolar, já estão sujeitas a desejar algo impossível de realizar imediatamente. Vigotsky (1998) conclui que o brinquedo surge dessas necessidades que não podem ser realizadas de imediato. Eles são construídos quando a criança começa a experimentar coisas não realizáveis: para resolver a tensão gerada de seu desejo, a criança envolve se em um mundo ilusório onde seus anseios podem ser sim realizáveis no momento em que elas desejarem. Esse mundo é o brincar.
Entra em cena a imaginação, a qual é um processo psicológico novo para a criança. Para Vigotsky (1998), a imaginação surge originalmente da ação. A situação imaginaria de que brincar é a imaginação em ação.
Crianças com pouca idade ainda estão privadas de envolver-se em uma situação imaginaria. Isso acontece porque o comportamento dessa criança é determinado de maneira considerável, pelas condições em que a atividade ocorre: ela ainda esta restrita ao que o ambiente lhe proporciona. Os objetos ditam á criança o que ela tem que fazer. Já crianças de cinco anos, essa força motivadora do objeto não exerce tanta influencia, não as prendendo tanto em estímulos externos, mais sim dão grande importância aos seus aspectos cognitivos e de imaginação interna.
Conforme Vigotsky (1998, p. 126), “ é no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, não pelo incentivo fornecidos pelos objetos externos”.
A criança torna se menos dependente da sua percepção e da situação que a afeta de imediato passando a dirigir seu comportamento também por meio do significado dessa situação “ a criança vê um objeto, amis age de maneira diferente em relação aquilo que vê. Assim, é alcançada uma condição em que a criança começa agir independente daquilo que ve” ( VIGOTSKY,1998, p. 127). No brincar a criança consegue separar pensamento ( significado de uma palavra) de objetos , e a ação surge das ideias, não das coisas.
Oliveira ( 1995) contribui afirmando que na situação imaginaria constituída na brincadeira a criança define a atividade por
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