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Seminário da Prática 2 – Formação Docente_Diversidade na escola

Por:   •  24/10/2018  •  2.562 Palavras (11 Páginas)  •  255 Visualizações

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- O que é diversidade?

- É o conjunto de múltiplos aspectos que se diferenciam quanto à ordem social, cultural, étnico, linguístico, religiosa, social, biológica, política, entre outros.

- Como você trabalha com as questões da diversidade na escola?

- Estabelecendo sempre um espírito de coletividade, pois essa é a melhor forma de respeitar a diversidade na sua maneira mais ampla.

- Quais diversidades estão em evidência na sua escola?

- Políticas, sociais, sexuais e religiosas.

- Quais ações a escola deveria realizar para a promoção do respeito à diversidade na escola?

- A principal forma é intercambiar as diversas questões que abordem, por pesquisa, trabalho, seminários e palestras, elucidando conceitos vitais como preconceito discriminação e racismo.

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ANÁLISE DA ENTREVISTA

Diante do exposto entendemos que o educador entrevistado adota uma postura em busca de integração, tentando eliminar o influxo das características do meio sociocultural que o influencia, enfatizando o quão importante é o respeito das diferenças.

Perante a vasta configuração de diversidade, numa sociedade formada por multicultura, ainda assim, sofremos a dominação hierárquica por conta do sistema de classes. Desta forma, ocorre a ação etnocêntrica, onde um determinado grupo social considera o seu grupo acima dos demais, desconsiderando o fundamento funcional de outra cultura, ficando limitado a uma única como referência, o seu grupo, o seu eu. É importante lembrar que devemos respeitar as diferenças e não somente entender, mas saber lidar com estas sem pautar juízos de valor.

“é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores (...)” (ROCHA, 1994, p. 7).

Ficou evidente, na visão do educador, que a melhor maneira de tratar o diferente é agregar e através da coletividade, promover atividades que eliminem o ideal etnocêntrico e proporcione a formação de cidadãos mais sociáveis, em busca do comum.

A abordagem de temas no extenso leque acerca da diversidade merece muita atenção, contudo envolve receio para tratar algo historicamente absorvido e que remete aos tempos primordiais. O respeito se inicia com o esclarecimento, com o diálogo. Tratar durante a formação auxiliará o aluno a entender o que não é igual, aceitar as especificidades diversas, que somos seres individuais e biologicamente distintos. Compreender que diversidade já se inicia na formação do ser humano, em sua identidade, no seu genoma, em sua carga genética. Assim, partindo do campo biológico, já somos diferentes até mesmo dos nossos genitores e recebemos no decorrer das atribuições de valores a interferência histórica dos padrões do grupo sociocultural ao qual nos originamos, formando o divergente. Tentamos homogeneizar por fatores e características comuns de um grupo, qualificando o evolucionismo, por seleção natural para fortalecimento ou favorecimento de um determinado corpo. Se formos analisar cada característica particularidade de indivíduos de um grupo, nós encontraremos algo que os distinguirá e a diversidade se sustentará dessa forma, rompendo o elo homogeneizador que trará o inicio a todo ciclo para uma nova busca do semelhante.

“existem nas sociedades humanas, simultaneamente em elaboração, forças trabalhando em direções opostas: umas tendem à manutenção, e mesmo à acentuação dos particularismos; as outras agem no sentido da convergência e da afinidade” (LÉVI-STRAUSS, 1993, p. 331).

Segundo Taylor (1994, p. 58), “a projeção sobre o outro de uma imagem inferior ou humilhante pode deformar e oprimir até o ponto em que essa imagem seja internalizada”. E não “dar um reconhecimento igualitário a alguém pode ser uma forma de opressão”.

O autor evidencia a necessidade do direito correlato, onde a sua carência, sua privação, pode ser danosa ao individuo, desconsiderando o artigo 5º da Constituição Federal do Brasil.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

As sociedades modernas são heterogêneas, constituídas por diferentes grupos, interesses, classes e identidades culturais em desacordo. Assim, as escolas tornam-se um ambiente de encontro, junção e permanente contato entre os dessemelhantes, tendo o estreitamento das relações como seres humanos, trazendo a tona o interesse comum, sendo plural, mas respeitando o sujeito em sua individualidade, propondo valorizar a diferença como elemento produtivo, reconhecendo que o que difere de como eu sou, como vivo, como penso ou o modo de ser deva ter as mesmas possibilidades e recursos empregados.

Ainda pensando na instituição escolar, o primeiro ponto é a democracia, a convivência entre o desigual num ambiente tolerante que busca um elo unificador por meio da educação comum aplicada no currículo nacional, sua posição privilegiada permite analisar as relações humanas, mas necessita de uma política que propicie a interação, que possa romper as barreiras impeditivas, considerando cada identidade.

“em vez de pensar as culturas nacionais como unificadas, deveríamos pensá-las como constituindo um dispositivo discursivo que representa a diferença como unidade ou identidade” (HALL, 2014, p. 36).

Assim queremos afirmar que toda cultura possui diferenças intrínsecas que podem ser pospostas se integradas a cultura da nação formando uma nova identidade cultural mesclada.

A pertinência da adaptação do currículo para cada local de acordo com suas especificidades, levando em conta posicionamento geográfico, poder aquisitivo, etnia e outros fatores, conforme proposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais, é um tema discutido no intento de formar uma identidade nacional comum, resguardando a identidade cultural de cada grupo.

Dispor sobre a formação básica nacional relacionando-a com a parte diversificada, e com a preparação para o trabalho e as práticas sociais, consiste, portanto, na formulação de princípios para outra lógica de diretriz curricular, que considere a formação humana de sujeitos concretos, que vivem em

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