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HISTORIOGRAFANDO AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM UMA ÓTICA REFLEXIVA DOS DOCENTES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA MARIA IRANÊDE COUTINHO-ANAJÁS-PA

Por:   •  25/1/2018  •  6.198 Palavras (25 Páginas)  •  477 Visualizações

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Ao avaliar o professor deve utilizar técnicas diversas e instrumentos variados, para que se possa diagnosticar o começo, o durante e o fim de todo o processo avaliativo, para que a partir de então possa progredir no processo didático e retomar o que foi insatisfatório para o processo de aprendizagem dos educandos. A partir de tal inquietude em compreender o processo avaliativo tomou-se como base da pesquisa a Escola “Maria Iranêde Coutinho”. Como forma de contribuir e aprofundar reflexões a respeito de uma temática tão enigmatizada nas instituições escolares de um modo geral e tal escola por não está fora desse eixo de afirmações e dúvidas favorece um olhar intenso sobre o tema, e essa ótica será analisada sob a visão do professor, ou seja, o docente servirá como base central da pesquisa ação.

CARACTERIZAÇÃO DA REALIDADE ESTUDADA

O município de Anajás, localizado na mesorregião geográfica do Marajó, o qual recebeu o nome Anajás devido a uma pequena palmeira que mede aproximadamente 7 metros de altura, também conhecida como anaiá, ainiá e principalmente inajá, produz frutos oleaginosos que ficam presos em um grande cacho. É importante destacar que Anajás no período colonial era povoado por uma tribo indígena, já extinta que possuía este nome Anajás.

O município de Anajás, pertenceu inicialmente ao município de Chaves, depois Breves, e somente em 25 de novembro de 1.886, pela lei 1.252, foi elevada à categoria de município. Já a cidade de Anajás foi elevada a esta categoria pelo parágrafo 3º art. 8º lei 324 de 06\07\1.895, suas coordenadas geográficas 00º56’24” de longitude a Oeste de Greenwich, especificamente no Centro da Ilha do Marajó. Possui extensão territorial de aproximadamente 6.922 Km², e uma contagem populacional de 24 759 habitantes.

No que concerne à historicidade do bairro Chicolândia – Cidade Nova I, onde a Escola “Maria Iranêde Coutinho” está inserida. O referido bairro recebeu tal denominação devido um ex-prefeito ter o apelido de Chico. Tal espaço é uma área periférica que abriga inúmeras famílias de baixa renda, onde estas sobrevivem basicamente trabalhando na informalidade e\ou através de benefícios como: Aposentadoria, Pensão, Programas governamentais-Bolsa Família, etc. A área em questão possui casas de alvenaria e também casebres de palha. De acordo com o exposto é fácil identificar que a população que se encontra neste bairro vive em vulnerabilidade social. Ressalta-se que tal população em parte frequenta a Escola Maria Iranêde Coutinho, a qual é situada no bairro.

A Escola Municipal de Ensino Fundamental “Maria Iranêde Coutinho” foi criada no ano de 1986. Sob o decreto nº 12\86-A, de 15\01\86 tendo iniciado suas atividades no mês de março do mesmo ano no governo do prefeito Francisco José Koch Coutinho Filho. A escola recebeu tal denominação em homenagem a genitora do prefeito, a qual morreu em um acidente aéreo no município. Inicialmente a escola funcionava em três turnos divididos entre turmas de pré-escolar a 6ª Série. Vale ressaltar que as séries eram ampliadas de acordo com a necessidade, chegando a completar o Ensino fundamental de 8 anos. Atualmente, a E.M.E.F “Maria Iranêde Coutinho” possui aproximadamente 960 alunos e funciona em quatro.

Modalidades de Ensino: Ensino fundamental de 8 e 9 anos (3º a 7º ano - 7ª e 8ª Série) e Educação de Jovens e Adultos 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Etapas.

Índices educacionais da instituição estes são baixíssimos como podemos ver a seguir o IDEB dos Anos iniciais 2005 :2.4, 2.007: 2.3, 2.009:2.4, 2011: 3 e 2013: 2,3 - 2015 até o momento não foi divulgado; e Anos Finais: 2005 3.3, 2.007: 3.6, 2.009: 3.2, 2.011: 2.6 e 2013:3,0 - 2015 – ainda não foi divulgado.

As taxas de Aprovação, reprovação, abandono e distorção idade-série nos últimos anos se apresentam da seguinte forma: Aprovação 2009 - 75,7; 2010 - 68,9; 2011- 69,80 e 2012 - 67.5. Reprovação 2009 – 13, 2010 – 22.8, 2011 – 17,5; 2012 16,7. Abandono: 2009 – 11.3, 2010 – 8.3, 2011 – 12.7 e 2012 – 15,8 e Distorção idade-série: 58.2.

Ressalta-se que os indicativos apontados servem de base para focalizar como se dá o processo da avaliação da aprendizagem na ótica docente. É comum em espaços educacionais a avaliação possuir um direcionamento, o aluno, ou seja, esta ir em busca do “erro” do aluno e não do conjunto de fatores que influência o processo.

REFERENCIAL TEORICO

Este trabalho se orienta teoricamente, em autores que tratam do tema avaliação da aprendizagem, tais como Cipriano Luckesi, Jussara Hoffman, Regina Haydt, dentre outros.

Para falar de avaliação educacional precisamos conhecer o conceito de avaliação. Avaliar vem do latim valere, que por sua vez significa atribuir valor e mérito ao objeto em estudo (LUCKESI, 2011).

O processo de avaliação sempre esteve relacionado ao sentido de mensuração, que é medir, pesar, atribuir símbolos, compararem grandezas em uma escala numérica, onde se tem por tarefa desenvolver instrumentos e regras adequadas de medida que revele a quantidade de um sistema de unidade convencional do objeto ou fenômeno.

Independentemente de qualquer situação a necessidade de avaliar sempre se fará presente, não importando a norma ou padrão pela qual baseie-se o modelo educacional. Não há como fugir da necessidade de avaliação de conhecimentos, muito embora se possa, com efeito, torná-la eficaz naquilo a que se propõe: a melhora de todo o processo educativo.

Luckesi (2002) enfatiza que a prática escolar usualmente denominada avaliação da aprendizagem pouco tem a ver com avaliação. É comum esta aparecer nos contextos educacionais como provas/exames do que de avaliação. A prática de aplicação de provas e exames, com atribuição de notas ou conceitos, tem sua origem na escola moderna século XVI e XVII com a cristalização da sociedade burguesa. A prática conhecida hoje é herdeira da referida época, que se constitui pela exclusão e marginalização de grande parte dos indivíduos sociais.

A denominação de avaliação, mas a prática de aplicação dos instrumentos de avaliação tem se resumido à aplicação de provas e exames, uma vez que estas são mais fáceis e costumeiras de serem executadas. No cenário educacional, a avaliação se difere, tem caráter sistematizado, apoia-se em pressupostos explicitados em maior ou menor grau, variam em complexidade e servem a múltiplos propósitos.

É preciso enfatizar a necessidade de adoção pelo professor de diversificados instrumentos

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