Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

DIVERSIDADE SEXUAL NA ESCOLA: ADEQUAÇÃO DA POSTURA DOCENTE

Por:   •  2/4/2018  •  5.686 Palavras (23 Páginas)  •  324 Visualizações

Página 1 de 23

...

O movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) tem conseguido uma série de direitos reforçados por lei. Tal movimento tem convidado a uma “revolução de valores”, pois está questionando e rompendo padrões de gêneros pré-estabelecidos pela própria população durante anos.

Nosso objetivo é refletir sobre o papel do professor em relação à diversidade de gênero, não a partir de uma postura de estabelecer o certo ou o errado, mas sim, conscientizando os educandos que devemos respeitar os alunos que apresentam tal diversidade, para que não ocorram situações de violência, discriminação ou de evasão escolar.

METODOLOGIA

O presente trabalho será realizado pelo levantamento de informações e dados que corroborem com o tema, partindo da pesquisa bibliográfica como metodologia.

A pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir dos registros disponíveis, decorrentes de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. (SEVERINO, 2007).

Portanto, o estudo utilizará essas ferramentas para levantar, analisar, e promover uma discussão sobre a importância da diversidade sexual no âmbito escolar.

---------------------------------------------------------------

.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. GÊNERO, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO

Ao tratar do tema Orientação Sexual, consideramos a sexualidade como algo importante à vida e à saúde, que se inicia desde muito onde engloba o papel social do homem e da mulher, o respeito, as discriminações e os estereótipos atribuídos e vivenciados nos relacionamentos, a AIDS e a gravidez na adolescência, entre muitos outros problemas nos dias de hoje. O objetivo deste estudo está em promover reflexões e discussões de técnicos, professores, equipes pedagógicas, bem como pais e responsáveis, com a finalidade de sistematizar a ação pedagógica no desenvolvimento dos alunos, levando em conta os princípios morais de cada um dos envolvidos e respeitando, também, os Direitos Humanos.

A sexualidade tem grande importância no desenvolvimento e na vida psíquica das pessoas, pois independentemente da potencialidade reprodutiva, relaciona-se com a busca do prazer, necessidade fundamental dos seres humanos. Manifesta-se desde o momento do nascimento até a morte, de formas diferentes a cada etapa do desenvolvimento. O estudo da sexualidade está ligado a diversas áreas como Antropologia, História, Economia, Sociologia, Biologia, Medicina, Psicologia. A sexualidade é bem mais ampla que isso, também é expressão cultural. Cada sociedade cria suas regras que contribuem para o comportamento sexual de cada indivíduo.

A sexualidade, assim como a inteligência, é construída a partir das vivências e interação com o meio e a cultura de cada indivíduo. As crianças, desde muito cedo, recebem um qualificação ou “julgamento” do mundo adulto permeado de valores e crenças que são atribuídos à vida psíquica da criança; aí então ela se descobre num corpo sexuado de menina ou menino. É a partir do tratamento diferenciado para meninos e meninas que se dá o pertencer a um sexo ou a outro, tratamento este estabelecido pelos padrões sociais e culturais construídos a partir das diferenças biológicas dos sexos e transmitidas pela educação que atualmente recebe a denominação de relações de gêneros, que são referências fundamentais para a constituição da identidade da criança.

1.1. Gênero: como e porque compreender

Na educação de meninos e meninas na escola vemos a grande diferença que existe e que é chamada de gênero. Há padrões que foram estabelecidos culturalmente e regem a conduta e o comportamento de cada um. Esses padrões de comportamento são guiados por argumentos biológicos que acabam reproduzindo desigualdades sociais entre os sexos.

Desde que nascemos convivemos com tais padrões e é possível constatar que a construção de gêneros é cultural, ou seja, a criança já vem com padrões pré-estabelecidos de casa como, por exemplo, a cor do quarto, os brinquedos que possui, o corte de cabelo, o estilo de roupa entre outros rótulos que são impostos.

Encontramos dentro da escola alguns padrões que às vezes são até involuntários, atividades que separam meninas de meninos, o estabelecimento do que é cor para menino e o que é para menina, grupos em que os divide. O papel da escola é, contudo, ser o mais neutro possível, respeitando a escolha de cada criança, não padronizando cores, atividades, grupos e etc.

É necessário que o professor estimule outras formas de constituição de identidade para que não tenha nenhum tipo de preconceito ou conflito. Sendo assim, mostrar que os meninos podem ser mais carinhosos e gentis e que gostem de dança e a pratiquem, por exemplo; que as meninas podem ser mais fortes e, se quiserem, gostem de carros e futebol.

Concluindo assim, se o gênero é estabelecido pela sociedade, pelas famílias, e até pela mídia, isso pode ser reconstruído, desconstruído, modificado e a escola tem um grande papel nessa mudança. A sexualidade é atributo de qualquer ser humano, no entanto para ser compreendida, não pode ser separada do indivíduo com um todo (BRASIL,1997).

1.2. Diretrizes curriculares de gênero e diversidade sexual

Podemos observar que a educação vem a cada dia sendo mudada e “transformada”. Hoje encontramos pessoas de diversas maneiras, gostos, personalidades e concepções e, com isso, o professor encara essas mudanças no currículo e nas diretrizes que permeiam a educação.

As diretrizes curriculares na maior parte das vezes possuem uma filiação direta com a produção, o controle e a distribuição dos saberes escolarizados, além da vigilância das práticas e procedimentos pedagógicos. Assim, a elaboração de diretrizes curriculares faz parte do conjunto de atribuições de secretarias e ministérios na tentativa de “melhorar a educação”. (ASSIS, 2010, p. 16)

Sabendo que o papel das diretrizes é o de “melhorar a educação” é necessário quebrar os tabus, as concepções e o preconceito existentes em um grupo que até hoje vemos que é excluído: afrodescendentes, indígenas, mulheres, quilombolas, gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis.

Padrões de ideais e verdades absolutas foram estabelecidos ao longo do tempo e a educação tem com dificuldade, mudado essa concepção.

...

Baixar como  txt (39.2 Kb)   pdf (93.5 Kb)   docx (32.9 Kb)  
Continuar por mais 22 páginas »
Disponível apenas no Essays.club