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O BENEFÍCIO DA PRÁTICA DE LUTAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Por:   •  15/11/2018  •  2.088 Palavras (9 Páginas)  •  338 Visualizações

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1.5 Hipóteses

Não introduzir as lutas por achar que as crianças podem ficar agressivas.

Não introduzir as lutas por falta de professor qualificado.

Introduzir as lutas e qualificar os professores de Educação Física para dar aulas com qualidade.

Introduzir as lutas e trazer pessoas com experiência na área de cada luta para auxiliar os professores.

1.6 Delimitação de Tema

Apresentar um questionário para saber a opinião dos professores sobre a prática de lutas na Educação Física Escolar e após mostrar os resultados e os seus benefícios.

2 REVISÃO DE LITERATURA

Segundo Betti e Zuliani (2002), a Educação Física deve assumir a responsabilidade de formar um cidadão capaz de posicionar-se criticamente diante das novas formas da cultura corporal de movimento – o esporte-espetáculo dos meios de comunicação, as atividades de academia, as práticas alternativas, etc. Por outro lado, é preciso ter claro que a Escola brasileira, mesmo que quisesse, não poderia equiparar-se em estrutura e funcionamento às academias e clubes, mesmo porque é outra a sua função.

Segundo Betti e Zuliani (2002), é tarefa da Educação Física preparar o aluno para ser um praticante lúcido e ativo, que incorpore o esporte e os demais componentes da cultura corporal em sua vida, para deles tirar o melhor proveito possível. Tal ato implica também compreender a organização institucional da cultura corporal em nossa sociedade; é preciso prepará-lo para ser um consumidor do esporte-espetáculo, para o que deve possuiruma visão crítica do sistema esportivo profissional.

Segundo Lançanova (2006), a expressão artes marciais é uma composição do Latim arte, (“conjunto de preceitos ou regras para bem dizer ou fazer qualquer coisa”), e martiale (“referente à guerra; bélico”, “relativo a militares ou a guerreiros”).

Segundo Lançanova (2006), em “Star Wars”, além das técnicas das lutas, semelhantes às usadas no Ken-do, a esgrima japonesa, “o código de honra dos samurais também é aplicado na formação dos Jedis: ter olhos, ouvidos e sensibilidade apuradas, correção, senso de justiça, boa-fé e conhecimento”. O diretor do filme, George Lucas, mudou o título do último episódio da série, que deveria se chamar “A Vingança de Jedi”, ao notar que um samurai não se vinga e sim se protege. Segundo Ferreira (2006), é inquestionável o poder de fascinação que as lutas provocam nos alunos. Nos dias atuais, constata-se que o tema está em moda, seja em desenhos animados, em filmes ou em academias. Não é difícil encontrar crianças brincando de luta nos intervalos das aulas ou colecionando figurinhas dos heróis que lutam em seus desenhos animados. Os adolescentes compram revistas que se referem ao tema, adquirem livros de técnicas de luta e matriculam-se em academias para

realizar a prática da luta.

Segundo Lançanova (2006), na busca de reverter as distorções e mistificações em torno da aplicação de lutas pelo professor de Educação Física Escolar, este trabalho busca meios para que o desenvolvimento dessas práticas se torne possível pelo professor de Educação Física Escolar, independente das condições atuais da estrutura física da escola em que atua, independente dos seus conhecimentos atuais em lutas e artes marciais, e de uma forma diferente dos modelos de ensino de lutas popularizado nas academias. Segundo Lançanova (2006), na tendência psicomotora, a educação física está envolvida com o desenvolvimento da criança, com os processos cognitivos, afetivos e psicomotores, buscando garantir a formação integral do aluno. O conteúdo predominante esportivo é substituído por um conjunto de meios para a reabilitação, readaptação e integração que valoriza a aquisição de esquema motor, da lateralidade e da coordenação viso-motora. A principal vantagem dessa abordagem é a maior integração com a proposta pedagógica da

Educação Física. Porém, abandona completamente os conteúdos específicos dessa disciplina, como se o esporte, a dança, a ginástica fossem inapropriados para os alunos. Nessa abordagem as lutas podem ser consideradas um instrumento pedagógico de um potencial muito amplo, possibilitando estímulos nas diferentes dimensões: cognitiva, psicomotora e afetiva, devido à variedade de estímulos que a prática proporciona.

Segundo Lançanova (2006), no Brasil, temos uma gama muito grande de lutas, onde cada cidade ou escola tem uma realidade e uma conjuntura que possibilitam a prática de uma parcela dessa gama. Dentre estas as quais podemos citar a Capoeira, o Caratê, o Judô, e algumas lutas muito populares e comuns na Escola, em festivais e gincanas como a Luta de braço e o Cabo de guerra, entre outras, que não podem deixar de ser conhecidas, pois constituem um leque muito amplo de possibilidades de aprendizagem.

Segundo Lançanova (2006), a aplicação da luta na Educação Física Escolar é entendida como uma iniciação esportiva, como aulas alternativas ou, ainda, como desporto, visando à formação de equipes escolares. Quanto à forma, são desenvolvidas como formas adaptadas ou simplificadas das lutas conhecidas, como atividades recreativas ou como jogos de luta. Também são comuns abordagens sob os seus outros aspectos que não o de combate corporal: a Capoeira é trabalhada como dança, o “Tai Chi Chuan” é aplicado como ginástica, bem como outras modalidades. Quanto à forma de desenvolvimento, as lutas podem ser inseridas no planejamento curricular do professor de Educação Física, ou trabalhadas extracurricularmente. Neste caso, geralmente, ministradas por um instrutor de uma luta específica e não formado em Educação Física, ingressando os alunos que têm interesse na modalidade.

Segundo Betti e Zuliani (2002), PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS: Princípio da inclusão: Os conteúdos e estratégias escolhidos devem sempre propiciar a inclusão de todos os alunos. Princípio da diversidade: A escolha dos conteúdos deve, tanto quanto possível, incidir sobre a totalidade da cultura corporal de movimento, incluindo jogos, esporte, atividades rítmicas/expressivas e dança, lutas/artes marciais, ginásticas e práticas de aptidão física, com suas variações e combinações. Princípio da complexidade: Os conteúdos devem adquirir complexidade crescente com o decorrer das séries, tanto do ponto de vista estritamente motor (habilidades básicas à combinação de habilidades, habilidades especializadas,

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