A Luta pelo Direito: Uma batalha sem fim

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para muitos não seriamos compreendidos, pois teriam apenas a visão de um estado de paz e de ordem, pois o passado ou as lutam necessárias para atingir esse estado de ordem, simplesmente tornou-se esquecido, ou apenas será lembrado quando esse direito for violado.

Não se trata apenas de qual maneira o direito foi violado, mas a importância que se dará para reavê-lo, pois existirão inúmeras situações desta violação aonde será possível uma indagação, mas seja qual for a decisão esta sempre envolverá um sacrifício: em um caso um direito será sacrificado em favor da paz, em outro a paz em favor do direito, tomando esta decisão surge outro questionamento, qual destes sacrifícios é o mais suportado? Essa indagação pode ser explicada no exemplo de um rico e um pobre. O rico abdica de um valor para ele de pouca monta para a preservação da paz, por outro lado, para o pobre esse quantia pode ser considerada vultosa, e ser um motivo relativamente considerável para sacrificar a paz a fim de defendê-lo.

Todos possuímos uma propriedade, sendo ela física ou moral, devemos defendê-la a todo custo. A forma com que na maioria das vezes lutamos pelo direito varia de acordo com o valor do bem lesado, quando um ladrão rouba um relógio este não deixa de estar ferindo um direito de sua vitima, mas dificilmente será perseguido por causa de um relógio, este sabe que a menos que seja um relógio de alto valor, requintado, sua ação passará apenas por lamentações da pessoa roubada. A idéia de que o objeto é menos valioso, faz com que se pense que não se deve atacar o autor, ou por em risco a vida por um simples objeto. Do mesmo modo, quando falamos de um bem mais valioso, a defesa se torna praticamente instintiva, coloca a frente toda uma convicção de não perderá o seu direito sem lutar, não cabe a nós discordarmos ou apoiarmos essas atitudes, pois para cada um de nós o sentimento de perda é encarado com um valor, para uns é uma simples derrota, uma perda, para outros isso é considerado uma vergonha, um ultraje o qual merece uma resposta igual ou até maior, mostrando que essa batalha tem o seu preço.

Conclusão

Conclui-se que a luta pelo direito é a luta da própria existência, de um propósito, o qual se vê norteado por regras, as quais são quebradas e que por fim devemos travar batalhas para reavê-las. É um ciclo, mas na maioria das vezes, ao indagarmos um cidadão se existe luta pelo direito, este responderá com dúvidas, pois, o mundo em que habita, consiste um sentimento de paz, sendo esquecido o que foi necessário para alcançar este estado.

Todo aquele que se sente lesado, deve de uma forma ou outra batalhar por seu direito, contudo, analisar todos os fatores que englobam seus ganhos e perdas é indispensável. O verdadeiro valor que esse direito possui, irá decidir até que ponto lutaremos por nossos direitos, e a que ponto da batalha chegaremos para possuirmos novamente o que nos foi tirado.

Referência Bibliográfica

IHERING, Editora Martin Claret, A Luta Pelo Direito, 2007