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A imigração haitiana no brasil pela otica do direito internacional

Por:   •  11/1/2018  •  1.515 Palavras (7 Páginas)  •  451 Visualizações

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Este abrigo improvisado para os imigrantes sofreu uma série de recessões, pois com a chegada de muitos, eles viveram amontoados, e isto para a ótica internacional não é bom, como remanejar estas pessoas, oferecer emprego e moradia para suas famílias. A Ação proposta foi oferecer transporte gratuito para estes viajantes para a capital paulista, para aqueles que possuem toda a documentação em ordem, carteira de trabalho, CPF, eles desembarcaram na Rodoviária da Barra Funda em que são destinados para o centro do Glicério, localizado na região Central da cidade.

O abrigo é mantido é muito bem estruturado e mantido por missionários da igreja católica, lá eles buscam ensinar um pouco da cultura brasileira, orientar para que os haitianos não sejam aliciados, isto implica em trabalho escravo, prostituição e tráfico de drogas. Esta situação é comum em toda a região do país, pois já começa em Rio Branco, o grande preconceito e a exploração contra estes cidadãos, são enganados ardilosamente por oportunistas, muitas meninas são vítimas de estrupo e outros induzem os haitianos a traficar drogas.

A discriminação contra eles um ato indecoroso e maldoso, pois alguns empregadores ainda tem o conceito racista de que “ canela grossa” não serve para o trabalho, um absurdo, ainda mais para o Brasil que tem uma dívida imensa com os africanos a qual foram escravizados pelos portugueses e construíram com sangue e suor este país. O preconceito não para por aí, a ignorância, leva o ser humano a cometer atos dos quais irá se arrepender profundamente, a falta do saber implica que sejam cometidos vários desatinos.

Os haitianos foram acusados de contaminar o país, de trazer o vírus do Ebola para o solo brasileiro, o secretário de direitos humanos Nilson Mourão, fala sobre a xenofobia, e que foi abordado por moradores próximos ao seu bairro, dizendo que ele era louco de permitir que esses doentes entrem no país, para contaminar a população. Isto é uma tremenda ignorância, pois o médico e ex-diretor da associação dos médicos sem fronteira faz a seguinte observação sobre o assunto:

“Temos que ter um olhar com cuidado especial para essa fronteira, mas não é razão para a população ter pânico ou ficar achando que está sob risco de uma epidemia como existem riscos, ainda que mínimos, é preciso que sejam anunciados os serviços de saúde na fronteira e que qualquer pessoa que apresente os sintomas seja encaminhada para atendimento médico. É preciso ter o mesmo zelo com todas as fronteiras, não apenas nos aeroportos”.

Diante deste depoimento podemos avaliar o grau de ignorância que e a sociedade brasileira vive nos tempos atuais, pois isto não atinge somente a área da saúde, atinge também a área trabalhista, pois muitos brasileiros acreditam que os haitianos estão tirando os empregos deles. Tudo isso aconteceu devido que o Brasil entre os anos de 2010 á 2014, recebeu uma média de 39 mil haitianos, a sociedade brasileira levou um grande susto, pela quantidade de pessoas recebidas no país. O secretário do Desenvolvimento Social do Acre, Antônio Torres faz a seguinte menção sobre este assunto:

“Ninguém toma o trabalho de ninguém. Eles ocupam os espaços que estão vazios. As empresas têm demonstrado que têm mercado de trabalho. Eles vêm para contribuir, com ideias, com um papel social. Vão gerar uma economia local, ajudar o Brasil a crescer”, defende, lembrando que há também quem reclame dos recursos gastos para assegurar a sobrevivência dos imigrantes recém-chegados. “O governo não está descobrindo nenhuma área para poder manter essa estrutura básica. Faz um esforço a mais para auxiliar os imigrantes na questão de respeito humanitário mesmo, respeito à dignidade humana e à história dessas pessoas que estão fugindo da fome, da miséria e de tantas injustiças. ”

Se por um lado há o preconceito e a discriminação, por outro ocorre o aliciamento, empresários que querem se aproveitar de uma mão-de obra barata, pois acabam mentindo para os imigrantes oferecendo oportunidades de salários acima da média, e no fim só recebem o salário mínimo. Em São Paulo, uma fábrica contratou 10 haitianos, com excelentes benefícios e salário alto, por fim trabalharam 10 dias em regime de escravos e não foram remunerados.

No Acre a situação não é diferente da grande metrópole, segue o relato do Secretário Estadual do Desenvolvimento Social Antonio Carlos Ferreira Crispim:

Isto ocorre porque os haitianos estão necessitados, frágeis e acabam aceitando qualquer tipo de trabalho, não dominam a língua, então este tipo de pessoas oportunistas acabam se aproveitando destas circunstâncias. O Secretário Nilson Mourão, afirma que este tipo de situação em específico acaba acontecendo também com os brasileiros

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