A Gestão de Pessoas
Por: Brurbani • 3/3/2018 • Artigo • 2.854 Palavras (12 Páginas) • 547 Visualizações
VALORES
Os valores representam convicções básicas de que um modo específico de conduta ou de condição de existência é individualmente ou socialmente preferível a modo contrário ou oposto de conduta ou de existência. Eles contêm um elemento de julgamento, baseado naquilo que o indivíduo acredita ser correto, bom ou desejável.
Os valores possuem atributos tanto de conteúdo como de intensidade. O atributo de conteúdo determina que um modo de conduta ou de condição de existência é importante. Ex: Integridade (BOPE). O atributo de intensidade especifica o quanto ele é importante. Ex: A Integridade para o BOPE possui valor ALTO.
Os valores são importantes no estudo do comportamento organizacional porque estabelecem a base para a compreensão das atitudes e da motivação, além de influenciarem nossas percepções.
Os valores possuem nas organizações como principal objetivo à orientação a conduta de todos os empregados, criando formas de comportamento que mantenham a cultura coesa e apoiem a visão e a missão da Empresa.
- Missão: O que fazemos ( Quem somos / para quem fazemos / o que fazemos / Por que fazemos); “ O desvio da missão é um risco organizacional”; “é importante saber qual a missão da organização (mostra fidelidade)”;
- Visão: O que queremos ser (Onde queremos chegar);
- Valores: O que nos orienta (é responsabilidade do gestor a manutenção dos valores).
Como as organizações são movidas por valores, elas acabam enfrentando diariamente um de seus maiores desafios: o entendimento sobre a sobrevivência dos mesmos. Essa relação é incentivada através da identificação da existência de valores compartilhados e conscientes ou implícitos e inconscientes. Cabe a força gerencial discutir e alinhar os valores organizacionais às necessidades individuais.
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O sucesso empresarial está pautado na coerência entre o que se faz, o que ser e o que todos adotam e se pautam como sendo o comportamento apropriado.
PERCEPÇÃO
A percepção pode ser definida como o processo pelo qual os indivíduos organizam e interceptam suas impressões sensoriais com a finalidade de dar sentido ao ambiente.
A percepção é importante porque o comportamento das pessoas baseia-se em sua percepção da realidade, não na realidade em si.
As pessoas observam o mundo de forma diferente.
Fatores que influenciam a percepção:
- Fatores no Observador
- Atitudes;
- Motivações;
- Interesses;
- Experiência;
- Expectativa.
- Fatores na situação
- Momento;
- Ambiente de Trabalho;
- Ambiente social.
- Fatores no Alvo
- Novidade;
- Movimento;
- Sons;
- Tamanho;
- Cenário;
- Proximidade;
- Semelhança.
Teoria da Atribuição
Nossa percepção e julgamento das ações de um indivíduo serão significativamente influenciados pelas suposições que fazemos sobre o estado de espírito dele.
Basicamente, a teoria sugere que, quando observamos o comportamento de alguém, tentamos determinar se a causa deste comportamento é interna ou externa. Essa determinação, contudo, depende muito de três fatores: diferenciação, consenso e coerência.
Os comportamentos de causas internas são aqueles vistos como os que estão sob o controle do indivíduo. Os comportamentos de causas externas é aquele visto como resultante de estímulos de fora, ou seja, a pessoa é vista como forçada àquele comportamento pela situação.
A diferenciação se refere à questão de o indivíduo mostrar, ou não, comportamentos diferentes em situações diversas. Ex: O funcionário que chega atrasado.
Se todas as pessoas que enfrentam uma determinada situação respondem de maneira semelhante, podemos dizer que este comportamento mostra consenso.
A coerência nas ações de uma pessoa é a pessoa reage sempre da mesma forma? Quanto mais coerente o comportamento, mais inclinado fica o observador a atribuí-lo a causas internas.
Uma das descobertas mais interessantes da teoria da atribuição é que existem erros e vieses que podem distorcer as atribuições. Por exemplo, há substancial evidência de que, quando julgamos o comportamento das outras pessoas, tendemos a subestimar a influência dos fatores externos e superestimar a influência dos fatores internos ou pessoais. Isto é chamado de erro fundamental da atribuição (ter percepção errada do cenário). Há também o viés de autoconveniência, onde o indivíduo atribui o sucesso devido ao seu esforço próprio, mas o fracasso é devido a fatores externos e não seus.
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Simplificações usadas no julgamento das outras pessoas
# Cuidado para não confundir com atribuição #
# Percepção Seletiva
Como não podemos assimilar tudo o que observamos, nós percebemos um pouco de cada vez. Mas este pouco não é escolhido aleatoriamente; na verdade é escolhido seletivamente, de acordo com nossos interesses, experiências passadas e atitudes. A percepção seletiva nos permite uma “leitura rápida” dos outros, mas com o risco de obtermos uma figura imprecisa. Como sempre vemos aquilo que queremos ver, podemos tirar conclusões erradas de uma situação ambígua.
# Efeito de Halo
Quando construímos uma impressão geral de alguém com base em uma única característica – como sua inteligência, sociabilidade ou aparência, ou seja, julga o todo em função de parte. Ex: Análise da aula do professor pelo seu carisma.
# Efeitos de Contraste
Não avaliamos as pessoas isoladamente. Nossa reação a uma pessoa é sempre influenciada pelas pessoas que encontramos recentemente. Ex: Entrevista de Emprego
# Projeção
É mais fácil julgar os outros se pressupormos que eles são parecidos conosco, ou seja, projeto no outro a minha aparência, o meu estilo. Os executivos, ao fazerem a projeção, comprometem sua capacidade de reagir às diferenças individuais. Neste caso, há uma tendência a ver as pessoas de forma mais homogênea do que elas realmente são.
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