O PAPEL DA PSICOLOGIA NA ADOCAO
Por: Evandro.2016 • 16/2/2018 • 1.301 Palavras (6 Páginas) • 239 Visualizações
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Os profissionais da Vara da Infância e Adolescência (assistente social e psicólogo) atuam em duas esferas uma em relação à intervenção; uma equivalendo se a pericia judicial, observando, investigando e chegando a uma conclusão em relação ao diagnostico da situação que envolve a criança, o adolescente e sua família, dando encaminhamento pertinente ao caso ou desempenhando funções finalísticas (de execução), acompanhando, orientando para conotar mudanças nas realidades constatadas na avaliação da vida dos atores envolvidos.
1 BOOCK, Ana Mercês Bahia. FURTADO, Odair. TEIXEIRA, Maria de Lourdes Tassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia _ 14˚ edição_ São Paulo: Saraiva, 2008
Ao se inscrever na lista de espera de adoção o psicólogo da Vara da Infância e Juventude precisa fazer uma ou mais entrevistas relatando nos laudos o que dela(s) se pode observar; estrutura familiar, independente do tipo familiar, tradicional (casal hetero afetivo), ou novas estruturas familiares (homo afetivo ou mesmo um individuo solteiro); o seu comportamento em relação ao anseio de adotar, seus pensamentos, crenças, inseguranças, medos, preconceitos, expectativas, perfil desejado da criança, motivos do perfil...
O psicólogo busca ter uma analise mais profunda em relação ao que realmente pensam da paternidade/maternidade, analisando quais são os verdadeiros motivos (inconscientes) da adoção, procurando ter o mínimo de certeza de que a adoção esta baseada em um desejo legitimo de ter um filho. Como assevera Maria Antonieta de Pisano Motta:
Há alguns aspectos a serem considerados na consideração dos
candidatos a adotantes, tais como a forma como falam de outras
principalmente seus parentes; a maneira como se tratam mutuamente;
a forma como tratam a pessoa que esta realizando as entrevistas; a
capacidade de enfrentar dificuldades com coragem e de refletir com
sensatez sobre a melhor maneira de lidar com elas. Característica
indispensável para os pais adotivos, pois é essencial que tenham
capacidade de assumir alguns riscos, assim como o é para os
pais naturais.
Não bastando simplesmente querer repor um filho perdido (morte) ou mesmo motivos como esterilidade, infertilidade, sentimento de piedade, religião... Deixando claro que a adoção não é um direito dado a todos, sendo pesquisado ou mesmo ocorrendo uma intervenção antes durante e após o ato, pois após sua sentença o ato se tornara irrevogável.
O papel da equipe de interproficionais (advogados, assistentes sociais e psicólogos) é dar um norteamento ao juiz e promotores sobre a realidade emocional da criança ou adolescente e dos futuros pais.
Sendo também de extrema relevância a necessidade de continuada intervenção da justiça menorista, mesmo posteriormente a constituição do vínculo adotivo, tendo se mesmo assim ao período após processo, o acompanhamento do caso.
BIBLIOGRAFIA
RAMOS, Madalena. Introdução a Terapia Familiar_ Rio de Janeiro: Ética, 1990.
BOOCK, Ana Mercês Bahia. FURTADO, Odair. TEIXEIRA, Maria de Lourdes Tassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia _ 14˚ edição_ São Paulo: Saraiva, 2008
MOTTA, Maria Antonieta Pisano. Adoção_ Algumas contribuições psicanalíticas. IN: Direito da Família e Ciências Humanas. São Paulo: Brasileira, 2000
ECA, art. 161, § 1˚, 162, § 2˚, 167 e 186, § 4˚.
http://www.uel.br/revistas/ssrevista/c_v5n1_Ferreira.htm
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