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QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: Uma análise sobre a saúde profissional de trabalhadores

Por:   •  24/4/2018  •  6.068 Palavras (25 Páginas)  •  457 Visualizações

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Dentro da literatura a descrição sobre o conceito de qualidade de vida no trabalho é bastante diversificada, mas em resumo a preocupação é sempre a mesma, o bem-estar do trabalhador beneficiando a qualidade dos serviços e produtos.

Muitos autores consideram Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) apenas como fator de assepsia ambiental ou melhoria nas condições físicas de trabalho (BÚRIGO, 1997, p.35). Mas o cenário sobre QVT vai além do ambiente físico de trabalho, engloba questões de cunho social e psicológico o que, pode ser compreendida como um conceito de ambiente interno e externo, as influências exercidas nestes dois setores é que irá ditar o comportamento do indivíduo dentro da organização. Dai à importância de se estudar fatores que refletem diretamente no desempenho de cada individuo, fatores esses que são: físico, psicológico, pessoal e profissional, o entrelaçamento de trabalhador e organização é que, irá construir a verdadeira qualidade de vida dentro e fora do trabalho para ambas às partes envolvidas.

Portanto esse artigo tem como objetivo analisar como a presença ou falta de qualidade de vida no trabalho (QVT), afetam o desempenho laborativo de colaboradores que atuam em área hospitalar e qual a importância do profissional de administração dentro desse ambiente.

2 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO[b]

Desde o início da civilização, o homem já se preocupava com suas condições de trabalho, diferentes pensamentos foram desenvolvidos a fim de se encontrar o equilíbrio necessário entre organização e trabalhador.

Foi na década de 1950 que deu origem a um estudo voltado unicamente para a qualidade de vida no trabalho, conforme explica Rodrigues (1994 p.76-77-78):

Eric Trist e colaboradores que desenvolveram uma série de estudos no Tavistock Institute que deram origem a uma abordagem sóciotécnica em relação à organização do trabalho, tendo como base a satisfação do trabalhador no trabalho e em relação a ele. Nesta mesma época, Louis Davis e colaboradores realizavam pesquisa que modificou as linhas de montagens a fim de tornar a vida dos operários menos penosa. Mas somente a década de 60, o movimento Qualidade de Vida no Trabalho tomou impulso com iniciativas de cientistas, lideres sindicais, empresários, governantes e dirigentes organizacionais, pesquisassem melhores formas de realizar o trabalho. [...] A crise energética e alta inflação que acometeram as grandes potências do ocidente e, em particular, os Estados Unidos, no inicio dos anos 70, desaceleraram e mudaram os rumos da QVT [...], até o final da década de 70, tivemos uma paralisação no desenvolvimento e preocupação com a QVT [...] tendo iniciado uma nova fase nas abordagens sobre qualidade de vida, no trabalho em 1979, induzido pelo fascínio das técnicas de administrar japonesa.

Já no Brasil segundo Karpinski e Stefano (2008, p.9).

[...] somente na década de 1990, ganharam importância e velocidade às pesquisas e a procura, por parte das empresas, de profissionais que as orientassem para adotar medidas voltadas para qualidade de vida no trabalho - QVT. Isso se deve, em parte, ao somatório de problemas, como acidentes e doenças ocupacionais, bem como reclamações na justiça, mas, também, à legislação mais específica que surgiu nessa época.

As pesquisas sobre QVT no Brasil ainda é muito jovem, embora muita coisa tenha mudado, ainda é necessário revisar os métodos de gestão adotados pelas organizações, para que não seja apenas uma frase ou sigla, mas uma ideologia.Chiavenato (2009, p.352) descreve qualidade de vida no trabalho como sendo:

[...] uma constelação de fatores que são: satisfação com o trabalho executado, possibilidades de futuro na organização, reconhecimento pelos resultados alcançados, salário percebido, benefícios auferidos, relacionamento humano dentro do grupo e da organização, ambiente psicológico e físico de trabalho, liberdade de decidir, possibilidades de participar entre outros fatores.[c]

Esse grupo de fatores exerce influências no bem estar dos trabalhadores, torna-os subjetivos ao meio em que estão inseridos. O mundo dentro das organizações sofreu grandes mudanças, o surgimento de novas tecnologias e o ritmo frenético de trabalho, causou transformações no dia-a-dia das pessoas e junto com essas transformações vieram às causas de fragilidade para a saúde dessas pessoas.

O trabalhador tende a querer se adaptar ao ritmo dos acontecimentos e acaba desenvolvendo formas de defesa muitas vezes prejudiciais a si mesmo, é neste momento que entra em prática a percepção dos administradores para que possa ser oferecido a esse trabalhador o suporte necessário para a segurança no desenvolvimento de suas atividades dentro da organização.

Hoje o estresse é visto como um fato gerador no surgimento de outras doenças muitas delas capaz de matar silenciosamente. Fiorelli (2004, p.282 - 287) apresenta a seguinte explicação, “[...] as causas de estresse no ambiente de trabalho são de diversas naturezas e devem ser pesquisadas em quatro áreas distintas e inter-relacionadas[...]”. [d]

O que pode perceber é que ao longo das décadas, o significado da expressão qualidade de vida sofreu inúmeras mudanças, mas ainda é um tema que gera muita discussão em todos os meios e vem de certa forma alterando o comportamento das pessoas seja no mundo familiar ou no mundo corporativo.

2.1 modelos de avaliação da qualidade de vida no trabalho

2.2.1 Modelo de Walton

Esse modelo descreve quais são as condições que afetam de forma significativa a vida do colaborador.

Quadro 1– Conceitos de Qualidade de Vida no Trabalho segundo Walton

CRITÉRIOS

INDICADORES DE QVT

1. Compensação justa e adequada

Equidade interna e externa

Justiça na compensação

Planilha dos ganhos de produtividade

Proporcionalidade entre os salários

2. Condições de trabalho

Jornada de trabalho razoável

Ambiente físico seguro e saudável

Ausência de insalubridade

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