TRABALHO DE DIREITO ÉTICA PROFISSIONAL: RESUMO TRÊS PRIMEIROS CAPÍTULOS
Por: eduardamaia17 • 30/10/2018 • 2.435 Palavras (10 Páginas) • 452 Visualizações
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Por fim, um critério para distinguir a ação moral das demais é considerar que a ética tem que ver com a solução de conflitos intrasubjetivos e intersubjetivos. Apesar de acertado, esse critério não é suficiente para se dizer que se está diante de um critério final.
2. Estudo e prática da ética:
É muito importante diferenciar o estudo da ética com sua prática. O saber ético incumbe em estudar a ação humana, comportamento humano tomado em sua acepção mais ampla. Esta é uma faceta investigativa.
A ética como prática consiste na atuação concreta e conjugada da vontade e da razão, de cuja interação se extraem resultados que se corporificam por diversas formas. Dotadas de intencionalidade e finalidade, revela-se a prática da concordância entre atos exteriores e intenções.
Então, a prática ética deve representar a conjugação de atitudes permanentes de vida, em que se construam, interior e exteriormente, atitudes gerenciadas pela razão e administradas perante os sentidos e apetites.
Assim, pode-se dizer que especulação ética corresponde ao estudo dos padrões de comportamento, das formas de comportamento, das modalidades de ação ética, dos possíveis valores em jogo para escolha ética.
Existem autores que se detêm em conceituar saber ético ao que se incumbe de conhecer a retidão da conduta humana, priorizando como objeto do saber ético o comportamento virtuoso. Há outros que entendem como núcleo das preocupações éticas de estudo.
Com isso, o saber ético não é o estudo das virtudes, ou estudo do bem, e sim o estudo do bem e do mal, deitando-se sobre a questão de como distingui-los e como exercitar-se para desenvolver suas faculdades anímicas para administrá-los.
A especulação ética ainda permite a crítica dos valores e dos comportamentos valorativos. Dessa forma acaba possuindo forte papel na participação social.
Outros autores propõem a diferença entre moral e ética. A moral é conteúdo de especulação ética, pois se trata de conjunto de hábitos e prescrições de uma sociedade; é a partir de experiências conjuntas e contextuais que surgem os preceitos máximas morais. Já a ética constitui num saber especulativo acerca da moral, e que, portanto, desta maneira para se constituir e elaborar suas críticas. Ainda que seja didático esse conceito, não se pode desvincular a moralidade da ética, pois esse é seu instrumento de avaliação, mensuração, discussão e crítica.
Pode-se fazer também uma outra distinção, que nos permite pensar que a ética é a capacidade de ação autônoma individual e um indivíduo que se encontra enredado nas tramas de um contexto moral. Sem ética não há possibilidade de mudança.
Por fim, cumpre dizer que a ética requer prática, ou seja, aquele que muito conhece pouco prática.
2.1 A ética e os conceitos vagos:
O terreno da ética é pantanoso, sobretudo se considerado sob o ponto de vista da ciência. Então como é possível um saber preciso sobre a ética? Somente se pode admitir sua existência se se admite que é parte das ciências humanas e vive de perto a variedade dos aspectos humanos contidos nos valores subjetivos e sociais.
Nota-se que um sistema ético inflexível é mostra de impermeabilidade na discussão dos valores, que são, por natureza, variáveis, histórico-culturais, parcialmente relativos e passiveis de discussão.
Os conceitos fluidos e indetermináveis são o núcleo dos estudos éticos. Somente se pode admitir sua existência se se admite que é parte das ciências humanas e vive de perto a variedade dos aspectos humanos contidos nos valores subjetivos e sociais.
A ética convive com os sistemas vagos como parte integrante de suas preocupações, pesquisado mesmo sua variabilidade como algo inerente ao valor.
2.2. Ética, linguagem moral e juízos de valor:
Deve-se considerar também que a moral se dissemina mediante a diversidade de códigos cifrados da comunicação humana. A moral é cobrada, seja pela disseminação de mecanismos de controle do comportamento individual ou social, seja pela caricaturização de fenômenos apelidados de imorais a partir de certos clichês exclamativo.
As linguagens comunicam muita coisa acerca do estado atual da moralidade social dentro de uma cultura e de um contexto específico
No juízo moral transportado pela lingual mora o perigo de avaliação subjetiva que sempre acidamente se tem a dirigir sobre algo ou sobre alguém. Assim o juízo moral que permite e concede autoridade a alguém para ser proferido sobre outro ou sobre algo, geralmente vem escudado a esfera da força da mentalidade geral, ou da homogeneidade moral praticada em sociedade.
Os discursos com conteúdos de verdades morais transmitem como dimensões isentas, e deste modo são praticados por anos. É nesse sentido que se pode falar em duas esferas distintas, qual seja, linguagem moral e ética.
A linguagem ética, é a capacidade de resistência que o indivíduo tem em face das externas pressões advindas do meio. Já a moral é o conjunto das sutis manifestação de poder axiológico, capazes de constituir instâncias de sobredeterminação das esferas de decisão individual e coletiva.
Não há individuo sem sociedade, de modo que o comportamento ético e exigência moral social acabam se intercambiando o tempo todo. Não se pode assujeitar, na medida em que isto é possível, nos diversos contextos em que é possível resistir às inflexões do poder.
2.3 Ética: ciência ou filosofia?
Eduardo Bittar ao debater sobre a ética, afirma ser ela parte integrante da disciplina de filosofia, pois estuda o comportamento humano de forma conceitual de valorativa. Ela não se encontra no campo da ciência, pois este é restrito demais, sendo reduzida e concreta suas discussões.
É enquadrada na filosofia pelo fato de sua complexidade e pela ilimitação de seu conteúdo, uma vez que, a ação humana vive em profundo movimento espaço-temporal.
Sendo parte da filosofia, ela está subdividida na filosofia prática, ou seja, aquela ligada ao estudo da ação humana.
A ciência não seria capaz de dar conta de um objeto complexo como é o da ética, seria restrito pela amplitude da discussão que ela abarca.
Se faz parte
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