A ÉTICA E RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL

Busca Ativa do Sintomático Respiratório na comunidade: a dificuldade da equipe de saúde na detecção de casos de Tb.

Bianca Coronel Silva, Andrea da Costa, Poliana Garcia Mendonça da Cruz

Resumo: O estudo foi de acordo com as necessidades da UBSF São Conrado, onde tinha um índice baixo de pacientes sintomáticos respiratório, onde através de palestras para todos os profissionais de saúde foi abordada a importância da busca ativa com objetivo de aumentar o número de sintomáticos reduzindo assim a proliferação da TB, onde deve ser controlada pelo diagnóstico precoce onde o tratamento correto e supervisionado melhorara o cenário em que foi encontrado na unidade.

O objetivo principal foi elaborar plano de ações reforçando o quanto é importante à busca ativa desses pacientes na estratégia saúde da família, analisou a percepção do enfermeiro e dos ACS, incorporando a seriedade do controle da TB.

Introdução

A tuberculose é uma doença que é considerada um problema de saúde pública que deve ser priorizado, requer um novo olhar na estratégia que atua no complexo de proteção de saúde coletiva e individual, levando sempre a gravidade da doença e grande índice de morbimortalidade. A transmissão da tuberculose é por via aérea a partir da inalação de partículas contendo (bacilo Koch) expelidos pela tosse, fala ou espirro do doente, cerca de 60% são bacilíferos

Tendo em vista que a tuberculose é uma doença infectocontagiosa a principal arma que os profissionais de saúde têm são o diagnóstico correto e precoce, tratamento adequado e sem interrupção. As ações para o controle da tuberculose têm como objetivo controlar a doença, essas ações começam na atenção básica de saúde, que devem ter estrutura na rede de serviço de saúde, identificando os sintomáticos respiratórios, rede laboratorial através da analise do escarro para diagnostico a bacilos cópia, RX de tórax garantindo desta forma o tratamento que deve ser supervisionado garantindo a proteção para os pacientes saudáveis. O tratamento é realizado com esquema básico de quimioterapia por seis meses com medicações como Rifampicina (R), Isoniazida (H), Pirazinamida (Z) e Etambutol, para prevenção da tuberculose é feita a vacina da BCG em crianças de até 4 anos.

A busca ativa é uma alternativa importante para identificação desses pacientes, onde a prevalência está em indivíduos que são usuários de drogas, está ligada também em populações com condição de baixa renda, onde há grandes concentrações de pessoas, em pacientes alcoolistas e pacientes HIV positivos e pessoas que fazem uso de álcool.

A busca ativa pelos sintomáticos respiratórios deve ser inserida e reforçada no dia a dia dos agentes comunitário de saúde, de toda equipe de saúde da unidade e pelos profissionais da vigilância epidemiológica do distrito sanitário no município, pois são através das visitas domiciliares, do acolhimento dentro da própria unidade de saúde, pode ocorrer - se a identificação de possíveis novos casos suspeitos ou reincidentes, levando as informações coletadas para a unidade de saúde onde o enfermeiro ou médico irá acompanhar de perto a situação do paciente e assim solicitar o exame baciloscopia.

Sendo que na maioria das vezes esse trabalho não é fácil, pois exige a união de toda a equipe e ter disposição em fazer diferente onde o trabalho multifatorial deve ser de forma pontual e especifico, onde se utiliza os instrumentos dos saberes e pratica garantindo assim a incorporação de estratégias nas suas rotinas de trabalho.

No Brasil, atualmente, são poucas as informações disponíveis sobre a busca de SR nos serviços. Consideramos que é imprescindível a implementação do diagnóstico precoce de casos a partir da busca ativa dos SR, o objetivo deste estudo foram identificar o déficit obtido na busca ativa dos sintomáticos respiratória, analisar o número de sintomáticos respiratório identificados entre as pessoas que procuram o atendimento nos serviços de saúde; e as encontradas por meio de visita domiciliar.

Materiais e Métodos

 A pesquisa foi realizada com a equipe de Saúde da Unidade Básica da Saúde da Família (UBSF) do São Conrado no turno vespertino, ao longo do mês de agosto e setembro de 2017. O estudo foi realizado dentro da área de cada enfermeira da UBSF, e obteve a participação dos funcionários da própria UBSF desde da Recepção a gerência.  A seleção deste bairro precedeu devido ao estágio realizado pelos acadêmicos na unidade.

Em relação aos objetivos, trata-se de uma pesquisa descritiva e bibliográfica, ao descrever as dificuldades encontradas na detecção dos sintomáticos respiratórios e utilizou-se técnicas de análise documental para palestrar sobre o assunto aos interessados. Para o alcance do objetivo desse estudo,  foram desenvolvidas duas etapas, a primeira realização coleta de dados através de formulários com perguntas que contemplavam os seguintes aspectos: a existência ou não de tosse com expectoração; tempo de tosse; se na unidade isso foi verificado; e, em caso afirmativo, se foi encaminhado para realizar baciloscopia de escarro; e, por fim, o motivo da sua ida à UBS.

Na coleta de dados trabalharam 3 acadêmicos de enfermagem, 23 ACS, 3 médicos e 3 enfermeiros da UBSF, permanecendo os acadêmicos  sob supervisão do preceptor, médicos e enfermeiros na UBSF, e os ACS na visita domiciliar. A aplicação do formulário ficou sob responsabilidade do pesquisador dos acadêmicos e ACS, enquanto que os enfermeiros ficou responsável pelo registro no Livro de Sintomáticos Respiratórios, padronizado pelo MS, daqueles SR encaminhados para coleta de escarro.

Todo o material coletado foi encaminhado em condições adequadas de biossegurança e conservação para laboratórios de referência, conforme o fluxo previamente estabelecido na UBS, pois na própria unidade de saúde não havia laboratório. A Coleta foi realizada durantes os meses de agosto de setembro de 2017, começando a partir do início das atividades na unidade de saúde, encerrando a participação dos acadêmicos no dia 28 de setembro de 2017, e dando continuidade pelo os próprios funcionários da unidade de saúde até momento em que atingirem o número de entrevistados previstos para cada serviço.

A segunda Etapa é a compreensão dos ACS quanto importância da busca ativa dos sintomáticos respiratórios durante a suas atividades junto a comunidade e UBSF, apontando as perspectivas e dificuldades encontradas na busca de coleta de dados durante a visita domiciliar. Para tal, foram aplicadas palestras, atividades educativas, e questionários contendo questões fechadas, a 23 ACS.

Com base nas respostas, foram identificadas diversas dificuldades durante a abordagem do ACS a população, como por exemplo a ausências do morador na casa, a recusa do morador na visita do ACS, a resistência ao exame baciloscopia na unidade básica, mesmo recebendo orientações expressa dos ACS e o aumento da desistência de tratamento realizado pelo paciente identificados com SR.