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O INCENTIVO DA BRINCADEIRA DE FAZ DE CONTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Por:   •  6/1/2018  •  6.552 Palavras (27 Páginas)  •  519 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO:

Nessa investigação utilizou-se a pesquisa descritiva, método qualitativo e indutivo, com procedimento técnico documental, linha de pesquisa voltada à Docência, com embasamento teórico visando saber, conhecer e compreender a importância do tema O incentivo da brincadeira faz de conta na educação infantil.

A opção por este tema surgiu a partir das vivências na área da Educação Infantil o que me oportunizou observar e indagar o quanto é relevante os momentos destinados a brincar é principalmente de faz de conta, fundamental para socialização entre si e aprendizagem. Nessa fase, as crianças são inquietas, curiosas e possuem um período curto de concentração, necessitando de atividades significativas, e que tenham relação com o seu mundo, despertando assim, o interesse e o prazer, revivendo suas alegrias, seus medos, seus conflitos, resolvendo-os à sua maneira e transformando sua realidade naquilo que quer, internalizando regras de conduta, e desenvolvendo valores que orientarão seu comportamento.

A criança, portanto, tende de explorar o mundo que cerca e tirar dele informações que lhe são necessários. Nesse processo, o professor deve agir como interventor e proporcionar-lhe o maior número possível de atividades, materiais e oportunidades de situações para que suas experiências sejam enriquecedoras, contribuindo para a construção de seu conhecimento. Sua interação com o meio se faz por intermédio de brincadeiras e jogos, da manipulação de diferentes materiais, utilizando os próprios sentidos na descoberta gradual do mundo. (ARANÃO, 2004, p.16)

Desde os primórdios a brincadeira faz parte da vida das crianças. O faz-de-conta é uma atividade principal para a criança. Sobre isso, Leontiev (1988, p. 122) afirma:

[...]Chamamos atividade principal aquela em conexão com a qual ocorrem as mais importantes mudanças no desenvolvimento psíquico da criança e dentro da qual se desenvolvem processos psíquicos que preparam o caminho da transição da criança para um novo e mais elevado nível de desenvolvimento.

Brincar é uma importante forma de comunicação, é por meio deste ato que a criança pode reproduzir o seu cotidiano, num mundo de fantasia e imaginação. O ato de brincar possibilita o processo de aprendizagem da criança, pois facilita a construção da reflexão, da autonomia e da criatividade, estabelecendo, desta forma, uma relação estreita entre brincadeira e aprendizagem. Para Maluf, (2003, p.17): “O ato de brincar sempre foi e sempre será uma atividade espontânea e muito prazerosa, acessível a todo ser humano de qualquer faixa etária, classe social ou condição econômica.”

Por isso, entender um pouco mais sobre a história do brincar e a importância é de grande valia para aqueles que desejam trabalhar na Educação Infantil. Por meio desse projeto buscamos proporcionar momentos significativos para o aluno, intervir conforme necessário para construção do saber e socialização do mesmo na conduta de regras sociais, sendo estruturado com os conteúdos, a partir dos eixos linguagens orais, sonora, corporal, relação individual e grupal. O mesmo acontecera na casa encantadaserão desenvolvidas atividades lúdicas através de jogos simbólicos (imitação do cotidiano de uma família: os papéis de cada membro da família), uso de brinquedos diversos (carros, bonecas, jogo de montar etc.), O faz de conta será com o uso das roupas, fantasias e imaginação da criança, avaliação acontecerá através de observação, diálogo e caderno de registro.

Embaso no procedimento teórico, pelos pesquisadores como: Brougére, Vygotsky, Kishimoto, dentro outros que defini e compreende o brincar, o faz de conta como é um importante processo psicológico, fonte de desenvolvimento e aprendizagem.Portanto compreende o tempo reservado para brincar propício à ludicidade, com liberdade, sentido, ou seja, um mundo de fantasia, que estimula o imaginário dos usuários, que os leva a viver de forma prazerosa, saudável, contribuindo para seu desenvolvimento e aprendizagem de forma significativa, por conseguinte, considera que também se aprende.

- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:

A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Observando historicamente o surgimento das instituições de ensino, compreendemos alguns movimentos que ocorreram nos Estados Unidos e Europa, no século XIX, para a fundação da institucionalização das unidades escolares voltadas ao atendimento infantil, porém, nesse período o objetivo principal não era o desenvolvimento psicomotor das crianças, mas apenas um local para que as crianças pudessem ser cuidadas no período em que suas mães estavam trabalhando.

Surgem os jardins da infância por Froebel, nas favelas alemãs; por Montessori nas favelas italianas. A pré-escola era encarada, por esses educadores, como uma forma de superar a miséria, a pobreza e a negligencia familiar. (KRAMER, 2009, p.25)

De acordo com Angotti (1995, p.15) observa-se que as instituições pré-escolares foram criadas no século XVIII sendo absolutamente necessária, em resposta à precária situação de pobreza, de abandono e também de maus-tratos que as crianças pequenas estavam passando, cujas seus pais trabalhavam em fabricas, fundições e também minas as quais foram criadas pela Revolução Industrial, tais que se implantavam na Europa Ocidental, porém os objetivos e também as formas de ligar com as crianças dos extratos sociais mais pobres das sociedades não eram consensuais.

Surgiu então o movimento da Escola Nova, segundo o autor (1995, p.17) tendo como início o começo do século XX, a partir de seus movimentos filosóficos-educacionais, com a ideia de auto formação e atividade espontânea da criança, tendo como pioneiros Dewey e Ferriére.

Ainda segundo o autor (1995, p. 18) foi essas transformações sociais que ocorrem na Europa que passaram a ocorrem no Brasil, em que nesse século que as mulheres após entrarem cada vez mais no mercado de trabalho se viram na necessidade de reivindicarem, alguém para cuidar de suas crianças. Aparecendo as primeiras criadeiras, termo utilizado para as mulheres que cuidavam dessas crianças, termo esse que foi conhecido também como fazedoras de anjos, pois, muitas crianças morriam devido à falta de higienização, de atendimento psicológico, de local adequado, de materiais de apoio entre outras necessidades que essas crianças possuam e não eram supridas.

Para Rosemberg (1999, p. 45) “foi nesse período como a educação infantil não era vista como um ambiente de aprendizagem e sim como

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