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JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  5/10/2018  •  4.767 Palavras (20 Páginas)  •  538 Visualizações

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O objetivo central deste estudo é analisar a importância do brincar na Educação Infantil, pois segundo os autores pesquisados, este é um período fundamental para a criança no que diz respeito ao seu desenvolvimento e aprendizagem de forma significativa. Além de, conceituar os principais termos utilizados para designar o ato de brincar, tornando também fundamental compreender o universo lúdico, onde a criança comunica-se consigo mesma e com o mundo, aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais, constrói conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente, e ainda, os benefícios que o brincar proporciona no ensino-aprendizagem infantil. Ainda este estudo traz algumas considerações sobre os jogos, brincadeiras e brinquedos e como influenciam na socialização das crianças.

BREVE HISTÓRICO

Essa história começou com o início da construção do projeto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) na Câmara Federal e com os debates desencadeados pelo processo constituinte dos anos de 1980, a Educação Básica, mais precisamente a Educação Infantil, passou a ter grande expressão, com vistas a proporcionar às crianças de 0 a 4 anos atendimento sistemático, organizado, cujo foco volta-se para cuidar e educar.

Ao longo da história, nem sempre foi assim. Na sociedade medieval, o sentimento de infância foi bastante esquecido, tanto que a criança, quando não necessitasse mais de cuidados básicos de sua mãe ou criada, era ingressada no mundo dos adultos e não mais deste saía. Por não haver condições de saúde, como também de higiene que procurassem prosperar a infância, a mortalidade infantil era vista como algo bastante comum, natural. Embora isto não significasse que as crianças fossem rejeitadas ou abandonadas, não significava também grande afeição por elas. “[...] Quando ainda muito pequena e frágil, não podia ainda misturar-se à vida dos adultos, mas tão logo começasse a andar sozinha e a desempenhar pequenas tarefas, a criança se confundia com os adultos” (AZEVEDO, 1999, p.34-35).

No século XVII, surge a escolarização com o objetivo de alterar o processo infantil de busca pelo conhecimento e a escola assume o papel de educar, retirando a criança do contato com o adulto. É neste período que a igreja exerceu importante função junto a esta educação, pois, terá que, além de corrigir a criança, livrá-la do pecado de ter sido gerada, já que somente por esta razão era considerada pecadora e este pensamento necessitava ser trabalhado. A esse respeito afirma Azevedo (1999, p.36) que “A escola dos tempos modernos tornou-se um meio de isolar cada vez mais a criança do mundo dos adultos durante um período de formação moral e intelectual e adestrá-la sob regime disciplinar rigoroso e autoritário.” Neste século, a criança passa a ser vista como uma página em branco e por ser um primitivo irracional e não pensante, necessitava de orientação. Então, procurou-se, neste período, despertar na criança a responsabilidade de adulto. Azevedo (1999, p. 35), com base nos estudos de Áries, destaca que: A criança passou de uma posição de anonimato para uma posição de “adulto em miniatura”. Se o primeiro sentimento de infância é um sentimento que surge naturalmente na convivência com a família, o segundo é um sentimento que surge de fora dos confessores e moralistas, que repugnavam a paparicarão e que pensavam recuperar, construir, ou ainda, reconstruir a criança para a sociedade, num movimento que toma muita força a partir do século XVIII (AZEVEDO, 1999, p.35, grifo nosso).

Com a Revolução Francesa, a educação volta-se para o comércio, assim como para a burguesia, de modo que para o primeiro era uma educação básica, já para o segundo, estaria relacionada à questão de prepará-la para cargos de chefia e responsabilidade.

Com a Revolução Industrial surgiu a necessidade da criação de pré-escolas (instituições de cunho meramente assistencialista). Estas tinham por função, cuidar e orientar os filhos dos trabalhadores. Por serem privadas de certos cuidados, estas crianças eram obrigadas a receber uma educação compensatória, enfatizando a necessidade de preencher as lacunas deixadas pelos familiares. (AZEVEDO, 1999). Somente por volta do século XX, através de pesquisadores como Piaget, Freud e Vygotsky, ligados à Psicologia do Desenvolvimento e às teorias psicanalíticas e de aprendizagem, procurou-se buscar o real significado de educação, bem como compreender de que forma acontecia o aprendizado, visando à evolução por meio da linguagem e de interferências nos primeiros anos de vida da criança.

No começo do século XIX a educação começou a ser reconhecida como necessárias às teorias de autores como: Pestalozzi, Froebel, Montessori e McMillan, (período em que a pré-escola era compreendida por esses pensadores como uma forma de superar a miséria, a pobreza, a negligência das famílias), ainda são presentes no Brasil, através de cuidados básicos como alimentação e saúde, e a escola, que, muitas vezes, pouco está educando, procura redimir e tomar para si função de compensar as ausências e necessidades básicas de convivência familiar.

O conceito de infância sofreu transformações ao longo da história. Observou-se que, a partir do século XX, os estudos sobre a criança passaram a contemplá-la enquanto sujeito social de plenos direitos. Essas discussões propiciaram uma visão ampla sobre a relação existente entre o cuidar e o educar, e a forma controversa que ela assume na visão de pais, creches e pré-escola.

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) esclarece sobre a necessidade de que as instituições públicas de Educação Infantil se libertem, por assim dizer, da ideia de que são escolas para pobres e de que somente o cuidar seja oferecido.

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

O brincar é importante e essencial à saúde física, psíquica, emocional e intelectual das crianças, é através do ato de brincar que a criança se socializada, além de desenvolver a atenção, a concentração como muitas outras habilidades. Ao brincar a criança libera a sua capacidade de criar, reinventar o mundo, recicla as suas emoções e a sua necessidade de conhecer. A brincadeira é uma linguagem da criança e é importante que esteja presente na escola desde a educação infantil para que o aluno possa se colocar e se expressar através de atividades lúdicas – considerando-se como lúdicas as brincadeiras, os jogos, a música, a arte, a expressão corporal, ou seja, atividades que mantenham a espontaneidade

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