Jogos e Brincadeiras na Educação Infantil
Por: eduardamaia17 • 22/2/2018 • 2.692 Palavras (11 Páginas) • 432 Visualizações
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2 BRINCADEIRAS E JOGOS, ALIADOS DA APRENDIZAGEM
As brincadeiras e os jogos, utilizados de forma lúdica, proporcionam ao aluno o desenvolvimento cognitivo, onde o mesmo tem a chance de experimentar, expor, inventar, aprender e em decorrência disto, adquirir habilidades. Além de estimular a curiosidade, sua autoconfiança e também a autonomia, desenvolvem melhor a linguagem, o pensamento, a concentração e atenção. Brincar é um momento para expor suas expressões e se auto realizar, de maneira prazerosa e mágica, respeitando sempre a cultura a qual a criança está inserida, estimulando, conscientizando e despertando também um senso de valorização, desde cedo, procurando alternativas para o uso da criatividade, na construção de materiais pedagógicos reciclados, levando em conta o que é adequado para cada faixa etária dos educandos, mostrando assim, as diversas possibilidades que se tem para brincar e jogar, aprendendo de forma simples e natural, despertando assim, cada vez mais a curiosidade por novas invenções e descobertas.
O professor enquanto facilitador no processo de ensino e aprendizagem, deve promover momentos, onde, a criança aprenderá a respeitar regras de convivência em grupo, usando do lúdico como aliado para que os jogos e as brincadeiras entrem em seu mundo de maneira natural e educativa. A criança em seu universo, tem uma visão de mundo, e a partir das vivências e experimentos com os diversos jogos, começarão a desenvolver senso participativo e colaborativo, além de todo o aprendizado que lhes serão proporcionados.
Percebe-se que é necessário, neste mundo infantil o resgate da fantasia e da singela imaginação, as brincadeiras mais simples e ingênuas estão sendo esquecidas, sendo preciso manter a chama da simplicidade, de fazer as crianças compreenderem que podem ser felizes e se realizar como aprendiz, levando consigo boas lembranças da infância, através das suas descobertas.
Em um cenário onde o que predomina é a industrialização e as novas mídias, brincar não é perda de tempo como também não é uma maneira de preenchimento de tempo, mas uma forma de colocar a criança a frente com o objeto, embora que nem em todos os momentos a brincadeira envolva um objeto. Tendo em vista que o brinquedo possibilita o desenvolvimento integral da criança, pois ela se envolve afetivamente no convívio social. A brincadeira faz parte do mundo da criança, de maneira ampla. Através destes momentos ela pode experimentar, organizar, construir normas para si e para o coletivo. Sendo assim, o brincar é uma das possibilidades de linguagem em que a criança faz uso para entender e interagir com ela mesma, com os outros e o mundo em volta. Conforme Paulo Freire (1987), hoje o aluno tem de construir seu próprio conhecimento, principalmente porque esse conhecimento não é estático, pois sofre transformações, e o aluno não pode ser mantido como mero observador. Ele tem que agir e interagir, estabelecendo relações com seus pares para que possa construir sua própria visão de mundo.
Considerando as crianças como pequenos cidadãos em formação, e que estão em uma busca de conhecimento de mundo, é muito importante que estes educandos desfrutem e sejam estimulados pelos jogos e brincadeiras, tornando o seu desenvolvimento prazeroso e significativo. São nesses momentos que a criança vai se percebendo como um ser em constante adaptação e colhedores de aprendizado. Sendo assim, colocá-las em contato com esse universo, possibilita as diversas descobertas do conhecimento.
Portanto, fica nítido que o brincar para os alunos não é apenas diversão, mas também momento de educação, socialização, construção e um amplo desenvolvimento das suas potencialidades, formação de senso crítico e habilidades.
3 OS JOGOS
Definir o jogo não é uma tarefa simples, pois, cada um pode entender de maneira diferente. Como exemplo, falar de jogos de adultos, crianças, ou amarelinha, xadrez, adivinhas, futebol, dominó, quebra-cabeça, construir carrinho e grande infinidade de outros, embora os jogos recebam a mesma denominação, cada um tem sua especificidade. Como se pode ver, no faz-de-conta, não há regras, sendo possível uma ampla movimentação na imaginação do educando. Conforme o dicionário Aurélio, o jogo encontra-se definido como:
Substantivo masculino; 1) Atividade física ou mental fundada em sistema de regras que definem a perda ou o ganho. 2) Passa tempo. 3) Jogo de azar. 4) O vício de jogar. 5) Série de coisas que formam um todo. 6) Conjugação harmoniosa de peças mecânicas com o fim de movimentar um maquinismo. 7) Balanço, oscilação. 8) Fig.Manha, astúcia. 9) Fig. Comportamento de quem visa a ter vantagens de outrem.” (FERREIRA, 2010, s/p).
Kishimoto (1996) define o jogo como: o resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social; um sistema de regras explícito; um objeto;
Ao brincar na areia, a criança poderá sentir o prazer de fazê-la escorrer por suas mãos, encher e esvaziar recipientes com areia requer a habilidade e satisfação na manipulação do objeto. E quando se constrói um carrinho, não é apenas exigido a representação mental deste objeto a ser construído, e sim a habilidade manual para manuseá-lo. Segundo Zagonel (2012, p.11):
“Qualquer jogo pode ser desenvolvido de maneira independente, sendo que o mais importante reside no modo de sua aplicação. É preciso ter um ambiente de descontração e abertura, evitando o tolhimento dos participantes e caminhando para a desinibição e a expressão espontânea.”
Sendo assim, é de extrema importância o comprometimento do professor para a realização destas vivências, orientando e indicando os melhores caminhos para o alcance dos objetivos propostos durante a realização dos jogos, para Zagonel (2012, p.12), quanto aos orientadores de recreação em grupo, estes podem usar os jogos em suas atividades devido ao aspecto lúdico e divertido deles [...]
Quando o professor foca seu trabalho na expressão espontânea dos alunos com a pratica destes jogos, ou nas diferentes maneiras de comunicação que eles proporcionam, obterá maiores avanços na compreensão da criança quanto ao funcionamento da atividade proposta, seja com regras ou com livre movimentação.
Ainda que o jogo seja uma atividade espontânea para a criança, não significa que não é necessário ter uma atitude ativa sobre ela, até mesmo, uma atitude de observação onde lhe permitirá conhecer mais sobre os alunos com os quais está trabalhando.
4 O BRINCAR LIVRE
Ao
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