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Projeto a importancia dos jogos e brincadeiras na educação infantil

Por:   •  15/4/2018  •  3.286 Palavras (14 Páginas)  •  707 Visualizações

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O tema proposto neste trabalho foi escolhido com o objetivo de verificar a importância das brincadeiras e jogos como forma de desenvolvimento no processo de ensino-aprendizagem na Educação Infantil.

1- O jogo como instrumento de aprendizagem: a prática vivenciada

Como podemos observar, o jogo é um importante recurso no desenvolvimento infantil e é um fator decisivo na aprendizagem de forma geral. Para garantir uma maior interação entre o professor e o aluno, os jogos e as atividades lúdicas devem ser trabalhados como algo essencial para que se alcance os objetivos enquanto professores em relação ao ensino/aprendizagem dos alunos.

Pensando na prática do professor em sala de aula, resolvemos fazer um trabalho embasado em atividades lúdicas, sendo tais atividades elaboradas numa tentativa de mostrar que existem possibilidades de estimular o interesse do aluno no processo de aquisição de conhecimento.

O desafio de utilizar o jogo educativo em nossa prática foi o de equilibrar o caráter lúdico e o caráter educativo. Para que isso efetivamente ocorresse, foi fundamental que estivéssemos preparadas com materiais e recursos adequados para explorar todos os benefícios que o jogo oferece.

O momento do jogo foi algo precioso para nós, ofereceram-nos informações importantes a respeito dos alunos, seus hábitos, seus interesses e principalmente suas dificuldades.

Cremos que as atividades lúdicas possam ter a função de motivar e instigar o desejo de conhecimento, desejo este que os professores tentam despertar em seus alunos, mesmo sabendo que é uma tarefa difícil devido à diversidade de pensamentos e interesses.

É preciso preparar atividades que resgatem o conhecimento prévio em relação aos conteúdos de aprendizagem, que estes sejam significativos e provoquem um conflito cognitivo fazendo com que o aluno estabeleça uma relação entre os novos conteúdos e os conhecimentos já adquiridos. Por isso, o professor precisa saber e compreender para agir de maneira eficaz, seduzindo o seu aluno a participar com entusiasmo das atividades propostas.

Ao criar um jogo, o educador deve ter em mente os objetivos que pretende atingir, deverá estar atento aos estágios de desenvovimento da criança, tendo cuidado na escolha do material para sua confecção. Deverá, também, ter em mente a duração dos jogos, cuidando para que proporcionem aos alunos o maior número possível de oportunidades de ação e exploração.

Kamii (1991) diz que “Estimular a habilidade da criança em se envolver com jogos em grupo não é sinônimo de treiná-las a execultar, [...], o objetivo do uso dos jogos em grupo é estimular o desenvolvimento da autonomia, e não ensinar as crianças a jogá-los”.(p 34).

Podemos observar que brincar não significa apenas recrear, é muito mais que isso, é uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo. O ato de brincar assim evolui, altera-se de acordo com os interesses próprios da faixa etária, conforme as necessidades de cada criança e também com os valores da sociedade a qual pertence. Cada vez mais reconhecidas como fonte de benefícios para as crianças, às brincadeiras tradicionais vêm recebendo a valorização de pais e educadores.

A maioria dos educadores afirma que os jogos e atividades lúdicas são importantes para o processo de ensino-aprendizagem, e que o brincar é parte integrante do dia-a-dia da vida dos alunos.

Uma questão que diferencia esses educadores é que para alguns, o jogo e a brincadeira fica muito bem quando a parte séria acaba, o que quer dizer: vamos estudar, fazer as tarefas e quando tudo estiver pronto estarão livres para brincar. E para outros educadores o jogo mescla-se dentro do processo de ensino-aprendizagem, isso quer dizer que o jogo é parte integrante da ação educadora.

Outra questão muito comum é a fase na qual o jogo e as atividades lúdicas são aceitos nas salas de aulas. Quando falamos em educação infantil o assunto é natural, já nas primeiras séries do ensino fundamental começa a polêmica, brincar ajuda ou distrai? E quando falamos nas demais séries, o lúdico fica absolutamente esquecido, pois agora todos têm que trabalhar muito seriamente.

Para Kishimoto (1994), a utilização de brinquedos e jogos em salas de aula, visando criar situações lúdicas, é algo que nem sempre foi aceito. Ao encarar a criança apenas como um ser disciplinado para adquirir conhecimentos, é difícil associar-se o jogo no processo de aprendizagem, como ação livre, iniciado e mantido pelo aluno, pelo simples prazer que o mesmo propicia.

O curioso é que, nos dias atuais e nos países mais desenvolvidos, os melhores cursos para executivos e funcionários de grandes empresas exploram as atividades lúdicas para a apreensão de conceitos e de atividades como: formação de liderança, cooperação e até, reflexão sobre valores. Será que o brincar tão bem aceito na educação infantil tem uma fase de impedimento no ensino fundamental? Certamente que não, o uso do lúdico explica-se, pois, auxilia no interesse, motivação, socialização, cooperação e concentração além de estimular a criatividade.

Para Freire (2002) é fato que “quando se fala de jogo em educação, suas qualidades são um tanto vagas. Não se percebe claramente nos escritos para que serve o jogo. Geralmente diz-se que ele tem inegáveis qualidades educativas, sem que se diga quais são”. (p. 84).

No entanto o uso do lúdico na educação prevê principalmente a utilização de metodologias agradáveis e adequadas às crianças, que façam com que o aprendizado aconteça dentro do seu mundo, que respeitem as características próprias das crianças, seus interesses e esquemas de raciocínio próprio. Assim, quando falamos em lúdico e no brincar não estamos falando em algo fútil e superficial, mas de uma ação que a criança faz de forma autônoma e espontânea, sem o domínio direcionador do adulto.

O desenvolvimento da criança e seu conseqüente aprendizado ocorrem quando esta participa ativamente, seja discutindo as regras do jogo, seja propondo soluções para resolvê-las. Desta forma, entende-se que as atividades lúdicas contribuem e oportunizam as crianças momentos de expressão, criação e de troca de informação, além de trabalhar a cooperação.

Torna-se necessário também que o educador reavalie seus conceitos a respeito dessas atividades, principalmente com relação aos jogos, e que neste processo a criança tenha espaço para expressar sua fala, seu ponto de vista e dar suas sugestões.

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