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BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  17/6/2018  •  1.931 Palavras (8 Páginas)  •  390 Visualizações

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Para que a criança consiga proceder ao desenvolvimento integral no ambiente escolar e não apenas intelectual, mas também físico social e psicológico, onde possibilite a sua formação por inteiro, as instituições de ensino devem utilizar instrumentos que possibilitem resolver suas necessidades, ou seja, trabalhar com criatividade através do lúdico: jogos e brincadeiras, tornando-se elementos cruciais.

Piaget observa-se que: “o brinquedo é o fornecedor da brincadeira, ele é a fonte de imagens a ser manipulada” (PIAGET, 1926, p. 59).

Porem não basta inserirmos os brinquedos e jogos em sala de aula, melhorando o ensino aprendizagem, se o fizermos sem compromisso com o tipo de brinquedo, ou seja, o brinquedo deve ser educativo, assumindo a função lúdica e educativa.

Kishimoto define ambos:

[...] Através da função lúdica, o brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer, quando escolhido voluntariamente, e a função educativa brinquedo ensina qualquer coisa que complete o individuo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo. (KISHIMOTO, 2005, P. 37)

Tomamos por exemplo, uma criança quando brinca com sua boneca, ela tenta representar nesse momento fatos que ela presencia em sua vida real, desde fatos da idade dela, como muitas vezes da vida de um adulto, ou seja, ela fantasia os cuidados, as maneiras como ela deve se portar, copiando um fato existente, tem como exemplo de uma situação, o fato dela cuidar de sua boneca como se fosse um bebe, ela imita a forma como a mãe cuida de um irmão mais novo.

Diante disso Vygotsky afirma que “o brinquedo é muito mais a lembrança de alguma coisa que realmente ocorreu do que imaginação” (VYGOTSKY, 1994, p. 117).

Todas as brincadeiras em suas ações são reais e sociais, ou seja, a criança a todo o momento busca aprender a realidade, onde reproduzem situações da vida real, porem com objetos que substituem os que realmente são na realidade. Temos por exemplo quando uma criança enche uma mamadeira de água, dizendo que é leite, brinca com um pedacinho de pauzinho e representa como uma varinha mágica, e assim por diante.

Segundo Oliveira,

[...] o brincar é a oportunidade de desenvolvimento e aprendizagem, pois brincando a criança experimenta, descobre, inventa, exercita, enfim aprende com facilidade. O brincar estimula a curiosidade, a iniciativa e a autoconfiança. Proporciona também a aprendizagem, o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração da atenção. O jogo e o brincar emitem também possibilidades de limite a criança. ( OLIVEIRA, 1997, p.56)

Temos como base de varias situações rotineiras que a criança aprende e muito quando brinca, e através das brincadeiras ela vai se familiarizando com os jogos e passa a sentir a necessidade de dividir essa experiências com seus colegas de turma, mesmo sendo um adversário para ela perante o jogo ela sem perceber está trabalhando o relacionamento entre ambos.

Nesse mesmo momento demonstram suas potencialidades, emoções, aptidões e até mesmo testam seus limites individuais. Com isso a criança desenvolve através das brincadeiras suas capacidades, que vão refletir a uma futura atuação profissional, como por exemplo: afetividade, hábitos em se manter concentrados, atenção, como demais habilidades psicomotoras.

“As brincadeiras mudam a medida que as crianças crescem daí muda-se a compreensão em relação aos problemas diversos que começam a ocuparem suas mentes”. (BETTELHEIM, 1988, p. 56).

A criança ao brincar com as demais colegas aprendem a viver socialmente, respeitando as regras que são difíceis de ser impostas no cotidiano, cumprem com mais compromissos as normas, ou seja, respeitam sua vez ao interagirem, sendo cada vez mais organizados.

[...] a brincadeira é um meio pelo qual a criança efetua suas primeiras grandes realizações culturais e psicológicas, e que expressa a si própria, a seus sentimentos e pensamentos que, por vezes, poderiam pressioná-la se permanecessem no inconsciente, se não tivesse a oportunidade de lidar com eles representando-os sob forma de fantasia lúdica. (BETTELHEIM, 1980, p. 33).

Vemos a partir desse pensamento do autor que as crianças utilizam a brincadeira para trabalharem e também dominarem suas dificuldades psicológicas, entre o passado e o presente, ou seja, através das brincadeiras elas expressam as suas dificuldades que não conseguem demonstrar com as palavras.

7.2 JOGO PROTAGONIZADO DE PAPÉIS SOCIAIS

Através das brincadeiras, a criança desenvolve vários bens a sua saúde física, intelectual ou emocional, onde evoluem seus pensamentos, sua auto-estima, se torna uma criança com mais iniciativas, se interage com outros colegas com mais facilidade, sabendo assim enfrentar os desafios diários com mais precisão.

A criança que joga está reinventando grande parte do saber humano. Além do valor inconstante do movimento interno e externo para aos desenvolvimentos físicos, psíquicos e motor, além do tateio, que é a maneira privilegiada de contato com o mundo, a criança cria o mundo e a natureza, o forma e o transforma e, neste momento, ela se cria e se transforma. (ABERASTURY, 1992, P. 64)

Ainda nesse sentido, Vygostki (1998. p.25) ressalta que “no brinquedo, a criança cria uma situação imaginária, isto é, é por meio do brinquedo que essa criança aprende a agir uma esfera cognitiva, é promove o seu próprio desenvolvimento no decorrer de todo o processo educativo”.

Com isso sabe-se que o brinquedo e as brincadeiras independentes do modo onde são aplicadas auxiliam e muito no processo ensino-aprendizagem do aluno, trabalhando seu desenvolvimento psicomotor, suas habilidades, evolui o modo de interpretação, de criatividade e tomada de decisões.

O jogo simbólico ou de faz de conta, particularmente, é ferramenta para a criação da fantasia, necessária a leituras não convencionais do mundo. Abre caminho para a autonomia, a criatividade, a exploração de significados e sentidos. Atua também sobre a capacidade da criança de imaginar e de representar, articulada com outras formas de expressão. São os jogos, ainda, instrumentos para aprendizagem de regras sociais. (OLIVEIRA, 2008, p. 159)

Segundo Piaget (1998, p.62), “o brinquedo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”, ou seja, é através dele que as crianças constroem

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