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CULTURA ORGANIZACIONAL, VALOR E PODER EM ORGANIZAÇÕES POLICIAIS MILITARES

Por:   •  23/10/2018  •  1.532 Palavras (7 Páginas)  •  390 Visualizações

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Os indivíduos buscam garantir sua segurança diante da observação de assimetrias de poder nos espaços em que estão inseridos nas organizações (COLLINSON, 1992, apud CAPPELLE, 2008). Isso também vale para as organizações militares, que, como componentes de um sistema globalizado, também estão inseridas em um ambiente de constantes mudanças.

Para Pettigrew (1987, apud REGGIANI, 2012), em circunstâncias de mudanças organizacionais pode haver reflexos na articulação entre valores e interesses. Isso mostra que o estudo das relações de poder organizacional vai além da análise da hierarquia corporativa, esteja ela imersa em uma estrutura militar ou não. Em se tratando de prestação de serviço público, as mudanças que ocorrem no ambiente a todo momento fazem com que as organizações busquem a melhoria contínua em suas atividades.

O Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (GESPÚBLICA), elaborado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, traz alguns fundamentos para institucionalizar melhorias no atendimento ao cidadão. Dentre essas melhorias está o aprendizado organizacional, aquele que deve ser internalizado na cultura organizacional e assimilado diariamente pelos integrantes de uma organização (BRASIL, 2009, apud NOVAES, 2015). A mudança é inevitável e cabe aos gestores conduzirem a organização neste processo.

Segundo Fischer (1989), citado por Feuerschütter (1997), a ação política operacionaliza as prerrogativas do poder, influenciando práticas e decisões para determinar relações e delinear ações que visam a mudança. Segundo o autor, essa ação política é o próprio instrumento para viabilizar a mudança.

A vontade política corresponde ao conjunto de ações definidas pelos responsáveis de uma organização, que satisfazem as necessidades dos profissionais, bem como as demandas da organização, conforme estudos de Barreto (1989), citado por Romeiro, Nascimento e Andrade (2016).

A existência de um sistema militarmente hierarquizado pode facilitar o controle de um corpo de tropa para o desempenho de uma missão, para a assimilação, incorporação ou robustecimento da cultura e de valores militares. No entanto, é importante frisar que o poder não decorre, exclusivamente, da superioridade hierárquica estabelecida nos códigos militares.

A busca pela eficiência estratégica deve refletir na melhora da prestação do serviço público. Neste aspecto as polícias militares, como instituições de Estado, estabelecidas para prestar serviço público de, em gênero, segurança pública e de, em espécie, policiamento ostensivo e preservação da ordem pública, devem estar aptas a compreenderem essa sistemática para acompanhar as mudanças pelas quais passam a sociedade moderna.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição [da] República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.

CAPPELLE, M. C. A.; FONSECA, F. P.; MIRANDA, A. R. A. O papel da organização e do sujeito na dinâmica de (re)construção da identidade: uma proposta teórica. Trabalho apresentado no XXXII Encontro da ANPAD, Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: http://www.anpad.org.br/admin/pdf/EOR-A2708.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2017.

FEUERSCHÜTTER, Simone Ghisi. Cultura organizacional e dependências de poder: a mudança estrutural em uma organização do ramo de informática. In: Revista de administração contemporânea, Curitiba, v. 1, n. 2, maio/ago. 1997. Disponível em: >. Acesso em: 18 jun. 2017.

MOTTA, F. C. P.; VASCONCELOS, I. F. G. Teoria geral da administração. São Paulo: Pioneira, 2002. 441p.

MOTTA, Fernando C. Prestes. Controle social nas organizações. In: Revista de administração de empresas, São Paulo, v. 19, n. 3, jul./set. 1979. Disponível em: >. Acesso em: 18 jun. 2017.

MUNIZ, J. de O.; PAES-MACHADO, E. Polícia para quem precisa de polícia: contribuições aos estudos de policiamento. In: Caderno CRH, Salvador, v. 23, n. 60, p. 437-447, set./dez. 2010. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/crh/issue/view/1343>. Acesso em: 18 jun. 2017.

NOVAES, Cristina Batistuta. Comparação entre as percepções do cidadão e do servidor público a respeito da qualidade do serviço público. 2015. 70 f. Dissertação (Mestrado em Administração de Empresas - Nível Acadêmico) - Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas, Fundação Instituto Capixaba de Pesquisas em Contabilidade, Economia e Finanças (FUCAPE), Vitória, 2015. Disponível em: http://www.fucape.br/_public/producao_cientifica/8/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20FINAL%20Cristina%20Batistuta.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2017.

REGGIANI, H. B. et al. Cultura organizacional, relações de poder e mudança organizacional: a transformação da abordagem departamental para a abordagem por processos no caso de uma organização do setor de celulose. Trabalho apresentado no V Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, Vitória: Fundação Instituto Capixaba de Pesquisas em Contabilidade, Economia e Finanças (FUCAPE), 2012. Disponível em: http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos08/294_Seget-ArtigoPapelorioAbordagemProcesso-Identificado.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2017.

ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. 11 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. 463p.

ROMEIRO, Janete de Souza; NASCIMENTO, Rejane Prevot; ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de. O impacto dos elementos da cultura na mudança organizacional e tecnológica: um estudo de caso na escola nacional de saúde pública/FIOCRUZ. In: Revista Cesumar Ciências Humanas e Sociais Aplicadas,

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