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As Principais características que contrapõem o Estado Necessário ao Estado Herdado

Por:   •  26/12/2018  •  1.073 Palavras (5 Páginas)  •  644 Visualizações

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do aparelho de Estado: implementar eficientemente o que foi, não interessa como nem por que, decidido. É como se o primeiro fosse o ponto cego do segundo; e, o segundo, uma simples decorrência e consequência, inclusive temporal, do primeiro.

A Ciência Política, ao contrário, era entendida como uma perspectiva “de esquerda”, na medida em que iluminava as contradições de classe e permitia discernir a dominação e a exploração.

A Análise de Política se caracteriza pela sua orientação aplicada, socialmente relevante, multidisciplinar, integradora e direcionada à solução de problemas. Além de sua natureza ser ao mesmo tempo descritiva e normativa.

6. Por que a Análise de Política e o Planejamento Estratégico Situacional são considerados abordagens adequadas para a proposta feita nesta disciplina para o tratamento do planejamento estratégico? E por que essa proposta seria apropriada para os gestores interessados na construção do “Estado Necessário”?

7. Qual a diferença entre Planejamento Estratégico Situacional e o Planejamento tradicional? Aponte as características principais de cada um.

No Planejamento Estratégico há a crítica radical que faz ao planejamento tradicional “normativo” (não no sentido de prescritivo, mas sim de voluntarista, escassamente apoiado em análise metodologicamente coerente – e autoritário – baseado em “acordos de gabinete” sem participação) e à sua própria epistemologia, de caráter positivista e comportamentalista; o uso do termo estratégico, empregado na sua dupla conotação de movimento visando à solução de uma situação que se configura como um problema para o ator que planeja e de movimento em que este ator enfrenta ou vai ser enfrentado por um adversário o qual também se move, inclusive em resposta às suas ações. Aquelas ações que irão construir o cenário normativo: aquele cujo conteúdo interessa ao ator que planeja. Estratégico, ademais, por ter seu foco nos projetos de longo prazo de maturação, mais do que em simples manobras táticas (de curto prazo); a clara distinção que coloca entre o planejamento estratégico corporativo ou empresarial, do qual lamentavelmente se originam muitas das propostas que são “contrabandeadas” para o território governamental, e a proposta que faz de tratar os problemas públicos, situados na interface Estado-Sociedade, de modo coerente com as demandas do conjunto desta sociedade e não com as de um grupo econômica e politicamente favorecido; e o esforço de construção de um método para compreender o jogo social, a relação entre os homens, e atingir resultados relevantes apesar da incerteza sempre presente, a partir de categorias como ator social, teoria da ação social, produção social e conceitos como o de situação e o de momento.

REFERÊNCIAS

DAGNINO, Renato Peixoto. Planejamento estratégico governamental. 2ª edição. Reimpressão. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração, 2012.

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