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RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  14/10/2018  •  2.371 Palavras (10 Páginas)  •  273 Visualizações

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“O PPP é um instrumento que define a concepção de mundo em que a escola opera, a perspectiva de formação humana e o tipo de sociedade que a instituição pretende construir.”

Baseada nestas informações observei o Projeto Político Pedagógico do Centro de Educação “Espaço Aprendiz” para analisar as ações voltadas ao planejamento dos jogos e brincadeiras na Educação Infantil. Dessa forma, a instituição tem como objetivo desenvolver formação integral e integrada do educando, sendo capaz de proporcionar ações livres, conscientes e comprometidas com o contexto Social, político e Cultural do sujeito. Ou seja, segundo o mesmo documento, jogos, brinquedos e brincadeiras não são apenas um entretenimento, mas uma atividade que possibilita a aprendizagem de várias habilidades e, portanto, é com esse desenvolvimento prazeroso da criança que o educador deverá interagir com o lúdico, concretizando os jogos, brinquedos e brincadeiras não apenas como recursos pedagógicos decorrente dos diversos níveis de conhecimento.

O RCNEI (BRASIL, 1998, p. 58) destaca a importância de se valorizar atividades lúdicas na Educação Infantil, visto que “as crianças podem incorporar em suas brincadeiras conhecimentos que foram construindo”. Ainda se observa no RCNEI a valorização do brinquedo, entendidos como

componentes ativos do processo educacional que refletem a concepção de educação assumida pela instituição. Constituem-se em poderosos auxiliares da aprendizagem. Sua presença desponta como um dos indicadores importantes para a definição de práticas educativas de qualidade em instituição de educação infantil. (BRASIL, 1998, p.67, v. 1)

Desse modo, o brinquedo traduz, de acordo com Piaget (1973), “o real para a realidade infantil”. Portanto, com a brincadeira, a inteligência e sua sensibilidade estão sendo desenvolvidas. Assim, a presença de atividades lúdicas na prática educativa articula-se na forma espontânea e dirigida, em que ambas são educativas. É na fase espontânea que se constitui o brincar cotidiano da criança, que flui e é mobilizado a partir de questões internas do sujeito, sem nenhum comprometimento com a produção de resultados pedagógicos.

Durante os dias de observação no Centro Educacional “Espaço Aprendiz”, a sala assistida foi o Nível II da Educação Infantil. Irei destacar algumas observações que julguei serem relevantes ao processo de ensino-aprendizagem através dos jogos e brincadeiras.

Inicio minhas conclusões, pautando, aqui, as diferenças entre jogos e brincadeiras:

- O jogo é uma atividade que contribui para o desenvolvimento da criatividade da criança tanto na criação como também na execução. Os jogos são importantes, pois envolvem regras como ocupação do espaço e a percepção do lugar.

- É por meio da brincadeira que a criança pode desenvolver a sua própria liberdade e sua expressão, bem como sua criatividade ao manipulá-los. É na interação com os próprios brinquedos e o meio que as crianças vão construindo os seus conhecimentos, ou seja, através das atividades lúdicas dentro das suas variedades, elaborando e reelaborando.

A professora da sala observada possui uma rotina semanal pendurada na parede.

Achei interessante e bem elaborada, pois como os alunos ainda não lêem muito bem, a rotina é ilustrada com desenhos criativos e nítidos. Nesta rotina, os horários das atividades, bem como o de jogos e brincadeiras são descritos.

Presenciei a elaboração de brinquedos de sucatas, onde os alunos utilizavam a criatividade para criá-los. As intervenções feitas pela professora foram sempre muito pertinentes e estimulavam a criatividade dos alunos.

A sala é composta por oito alunos e observo aqui, que a rotina diária de uma escola particular de uma sala de aula com esta quantidade de alunos é mais rica que a de uma escola pública com salas de aproximadamente 20 alunos, pois permite que seja trabalhada a diversidade de estratégias em uma mesma atividade.

Os alunos possuem um horário de “parque”, é nesse momento que as brincadeiras não são direcionadas: os alunos podem trazer brinquedos de casa ou utilizar alguns oferecidos pela escola. Alguns correndo e brincando de pega-pega, algumas meninas nas casinhas de bonecas no escorregador e nas caixas de areia, alguns conversando... Vale ressaltar que este horário é coletivo, ou seja, compartilhado com as demais salas de educação infantil.

A escola possui o Sistema Anglo de ensino e o próprio sistema abrange a questão dos jogos em seu material didático. Vários jogos são sugeridos pelo material presenciei a aplicação de alguns na sala de aula. Aqui, ficam mais presentes as diferenças entre jogos e brincadeiras, pois se pôde constatar a explicação das regras pela professora, o desempenho coletivo dos alunos em terminar a atividade, a percepção do lugar e o resultado final.

Sendo assim, pode-se considerar que os jogos, brinquedos e brincadeiras são e serão elementos fundamentais para a infância, já que é por meio do ato de brincar que o brinquedo pode caracterizar a presença das demais crianças, e brincar é estar junto com as demais crianças.

Considerações sobre o foco 2: O papel de cada espaço físico no desenvolvimento das crianças:

Este foco foi escolhido, pois o espaço onde se dá a ação educativa é de fundamental importância, pode se caracterizar como fator facilitador ou limitador da mesma. Um espaço funcional confortável, limpo, claro, bem conservado e adequado à faixa etária atendida propicia para o desenvolvimento de ações mais efetivas e eficazes.

As relações humanas sempre se dão em um lugar e são essas ações que determinam os espaços. A noção de lugar diz respeito à localidade física, determinada, com um endereço, com uma situação no mundo, já o espaço é algo mais abstrato, que é criado, reproduzido. Assim, um mesmo lugar pode ser espaço para diferentes finalidades, em momentos diferentes.

Neste sentido, Heidegger (2006, p. 138) assinala que o lugar se apresenta como origem para o estabelecimento de espaços, ao afirmar que “lugares são coisas que propiciam cada vez mais espaços”.

Para Frago e Escolano (2001, p.61-62), o espaço se projeta ou imagina; o lugar se constrói”, assim, toda atividade humana “ocupa um espaço e um lugar”.

Desse modo, tanto o espaço como o lugar são realidades socialmente construídas.

Segundo

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