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O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  24/11/2017  •  2.812 Palavras (12 Páginas)  •  501 Visualizações

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Para aprender de forma significativa e prazerosa.

Segundo Brougére (1998, p. 78)

O brincar é a linguagem que possibilita a criança o acesso à cultura e sua assimilação, numa espécie de diálogo próprio do processo de crescimento e amadurecimento, apresentando-se como fundamental ao seu desenvolvimento global. Esse espaço de ilusão, que é o brincar, está situado entre o real e a fantasia. Nossa sociedade ocidental tem colocado o brincar em segundo plano, mas a realidade é que o brincar é um aspecto central da vida humana.

Quando os educadores perceberem claramente o quanto o brincar favorece a aprendizagem, está na hora de mostrar também aos pais e à sociedade o quanto a criança aprende com prazer brincando, pois o fato de a maioria dos pais dos alunos terem frequentado uma escola tradicional e obtido sucesso não significa que a educação deva permanecer assim para sempre.

Muitos pais ficam ansiosos ao verem seus filhos ingressarem na escola, e o que eles mais querem é que as crianças aprendam a ler, escrever e contar, isto é, que se alfabetizem logo e que aprendam matemática. Essa situação é aceitável, pois a profissão dos pais, geralmente, não se relaciona com a educação, por isso não têm a obrigação de saber, com detalhe e profundidade, o que é melhor para seus filhos no início da escolarização. Eles também não aceitam, com facilidade, que os educadores ofereçam jogos e brincadeiras do mesmo modo que a criança brinca em casa.

Cabe, portanto, ao educador mostrar um modo diferente de brincar para aprender e argumentar com os pais, o valor das brincadeiras no processo de alfabetização e em todas as áreas do conhecimento, do desenvolvimento e da aprendizagem.

Neste sentido, poderia haver uma nova postura dos pais frente ao brincar na escola, pois entenderiam o significado da atividade lúdica que seus filhos realizam e, certamente, não a relacionariam apenas com a recreação e lazer, mudando sua opinião a respeito da escola e dos educadores.

- JOGOS E BRINQUEDOS

As atividades lúdicas representadas pelos jogos, brinquedos e dinâmicas são manifestações presentes no cotidiano das pessoas e, portanto, na sociedade desde o início da humanidade. Todo o ser humano sabe o que é brincar, como se brinca, por que se brinca, mas a grande dificuldade surge no momento em que se pretende formular um conceito claro sobre o lúdico.

Ao formular um conceito referente às atividades lúdicas, alguns teóricos acreditam que o brincar não se define com palavras por se tratar de atividades que têm origem na emoção. Outros definem o brincar como uma atividade espontânea, natural e descomprometida de resultados. Ainda há aqueles que diferenciam o brincar do jogar, colocando que o brincar é uma atividade espontânea e sem regras e o jogar se caracteriza pelo cumprimento das regras.

Hoje, essas ideias não são suficientes para se ter uma visão do conceito brincar, O que se pode dizer é que “jogo significa a ação lúdica e não somente a ideia de regras ou competição. Assim, o jogar ou brincar são ações lúdicas que se fundem e confundem. Neste sentido, em educação, as expressões “brincadeira, jogo e dinâmica” tem os mesmos significados, pois são ações lúdicas que preservam as mesmas qualidades e seguem os mesmos padrões de entendimento. Assim, os jogos, brincadeiras, brinquedos e dinâmicas podem apresentar concepções diferentes, segundo a ótica de cada autor.

Vamos falar um pouco do brinquedo, que tem o importante papel de estimular a curiosidade e os sentidos sobre o mundo nos primeiros anos de vida da criança.

Segundo Benjamin (1984, p. 40) “O brinquedo traduz o real para a realidade infantil. Suaviza o impacto provocado pelo tamanho e pela força dos adultos, diminuindo o sentimento de impotência”

É enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança, Piaget (1978) afirma que o sinônimo de infância é o brinquedo, o brincar e a brincadeira, sendo isto para a criança o que o trabalho é para o adulto, caracterizando-se desta forma, sua principal atividade nesta fase de sua vida. Também é correto afirmar, que toda criança brinca, independentemente de sua cultura, época, meio ou classe social.

Conforme (Kishimoto, 1996, p. 40)

Construindo, transformando e destruindo, a criança expressa seu imaginário, seus problemas e permite aos terapeutas o diagnóstico de dificuldades de adaptação bem como a educadores o estímulo da imaginação infantil e o desenvolvimento afetivo e intelectual. Dessa forma, quando está construindo, a criança está expressando suas representações mentais, além de manipular objetos.

O brinquedo é um convite à brincadeira ele é responsável por torná-la mais rica, proveitosa e prazerosa. Com pecinhas de encaixar, por exemplo, um bebê descobre que é capaz de empilhar objetos, um verdadeiro feito para quem tem só alguns meses de vida. Ao participar de um jogo, cuidar de uma boneca ou levar o carro ao postinho de gasolina, os pequenos tornam-se protagonistas daquilo que os espera na vida madura. Ou seja, como afirmam os autores de Brinca comigo! - Tudo sobre Brincar e os Brinquedos (Editora Marco Zero), "brinquedo é muito mais do que um entretenimento. É, antes, oportunidade de desenvolvimento".

2. O LÚDICO E A EDUCAÇÃO

A Ludoeducão é uma tendência que busca nas atividades lúdicas uma forma de planejar atividades escolares que motivem os alunos para a Construção do conhecimento O que ocorre do lúdico na escola ora tem sido usado como recreação, ora como técnica pedagógica.

Atualmente não há mais dúvidas de que o brincar deve ser incorporado à educação como algo que pode desencadear um processo permanente de educar.

Ao analisar os preceitos da pedagogia tradicional que ainda persistem nas escolas, percebesse que há uma restrição ao uso dos jogos e brinquedos na educação por isso, na relação aprendizagem e brincadeira, há ainda questões que precisam ser aprofundadas e discutidas, pois tanto os pais como alguns educadores ainda não têm clareza sobre os pressupostos que unem ludicidade e educação e, em se tratando de ludicidade, ainda pensam como se pensava no passado.

É muito comum ouvirmos dizer que os jogos não servem para nada e não têm significado algum dentro das escolas, a não ser nas aulas de educação artística e educação física, talvez por preconceito, o brinquedo

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