O brincar no desenvolvimento infantil
Por: Ednelso245 • 23/2/2018 • 2.228 Palavras (9 Páginas) • 564 Visualizações
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Palavras-chave: Lúdico, brincar, jogos.
1 INTRODUÇÃO
O brincar corresponde a um impulso da criança, e este sentido, satisfaz uma necessidade interior, pois, todo ser humano apresenta uma tendência lúdica, buscando de maneira sem que ele perceba de contribuir para o procedimento ensino aprendizagem de forma prazerosa e dinâmica. Caracterizar o lúdico como a instrumento indispensável no trabalho do educador, através de jogos e brincadeiras, faz com que tudo fique mais gostoso e dinâmico.
Considerando a importância da utilização de atividades lúdicas como jogos educativos e brincadeiras, atividades que proporcionam estímulos para a criança desenvolver sua inteligência, criatividade e vínculos que estabelece na sociedade já que as aprendizagens acontecem na interação com outras pessoas, sejam elas adultas ou crianças.
A intenção no oferecimento de estratégias lúdicas inovadoras na prática pedagógica, com jogos e brincadeiras integrados na prática, aquilo que o educando traz consigo é o objetivo principal tentar buscar contribuições que possam auxiliar o educador em sua metodologia de forma que a criança não tenha tanta angústia e desinteresse em aprender.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 A ALEGRIA PROPORCIONADA PELO BRINCAR
Desde pequenos, vivemos em um mundo carregado de estímulos, os quais causam sensações prazerosas e de satisfação, ou seja, sensações de desconforto ou desprazer. Estudos comprovam que a afetividade e as sensações prazerosas causadas pelo brincar liberam uma sensação de bem estar e reduzem o quadro de tristezas, de doenças e de problemas emocionais nas pessoas independentes da idade em que se encontram.
As crianças manifestam seu emocional conturbado por meio do ato motor através do choro, mordidas, chutes, birras, na maioria das vezes para realizarem o que desejam ou pelo seu egocentrismo. Mas nem sempre as manifestações são por desconforto. Uma criança que convive em um ambiente alegre, que proporcione atividades prazerosas, com certeza apresentara maiores manifestações de satisfação e felicidade.
Essas manifestação e experiências das crianças contribuem para a construção do desenvolvimento emocional o qual levaram consigo para a vida toda. As experiências emocionais que a criança adquire na sua infância exercem um papel fundamental no seu desenvolvimento biopsicossocial, pois as experiências mais significativas, que mais lhes proporcionem prazer irão receber um destaque na sua memória e no seu pensamento enquanto adulto.
A comunicação humana nem sempre é feita pela linguagem oral, muitas vezes as nossas expressões representam o que estamos sentindo. Quando nos deparamos com pessoas tão rígidas, que pensam de forma única, nos damos conta que não puderam passar por experiências que poderiam contribuir para torna-las mais flexíveis, com maior criatividade para resolvem as pequenas coisas da vida, com certeza essas experiências poderiam ser construídas na infância.
As crianças brincam, e isso é realizado de uma forma tão natural que fazem surgir questões como: por que existe o brinquedo em sua vida? Qual a sua função e seu significado? O brinquedo na vida infantil é uma ação livre que é capaz de absorver totalmente a criança, é uma ação desprovida de interesses materiais e de utilidade, é algo que se realiza num tempo e espaço definidos.
O brincar é algo universal e facilita o amadurecimento da criança e gera alegria. Através do brinquedo ela vai adquirindo experiências em relação aos seus sentimentos e ao mundo que a cerca.
O poder do jogo, de criar situações imaginárias, permite à criança ir além do real, o que colabora para seu desenvolvimento. No jogo, a criança é mais do que é na realidade permitindo-lhe aproveitamento de todo seu potencial. Nele, a criança toma iniciativa, planeja, executa, avalia. Enfim, ela aprende a tomar decisões, a entrosar seu contexto social na temática do faz-de-conta. Ela aprende e se desenvolve. O poder simbólico do jogo do faz-de-conta abre um espaço para a apreensão de significados de seu contexto e oferece alternativas para novas conquistas no seu mundo imaginário. (Kishimoto, 1998 p.50).
Segundo Ribeiro (2003)
O brinquedo tem várias funções na vida e desenvolvimento das crianças, O jogo é uma preparação para a vida, pois através do brincar a criança é capaz de desenvolver sua imaginação, a confiança em si mesma, o autocontrole e a capacidade de cooperação. Além disso, o ato de brincar consiste em uma descarga de energia, ou seja, como a criança não necessita realizar esforço como os adultos para sua subsistência, dispõem de um canal de energia que não sabe como usar e deve ser esgotado, neste caso, através do jogo.
No desenvolvimento infantil o jogo exerce uma função dialética, pois é um ato de inteligência que tanto favorece quanto depende do desenvolvimento intelectivo. Também é através do jogo que a criança conhece a existência dos limites e vai se adequando às situações sociais. O brinquedo possibilita o desenvolvimento de habilidades cognitivas, motoras e de relacionamento social em que o processo de socialização é um processo de aprendizagem e de assimilação de normas e valores.
Brincadeiras e jogos são situações em que aparecem regras e conceitos que vão sendo internalizados pela criança e facilitam a estruturação de seu papel social. A criança começa a compreender a necessidade de convívio com os outros, passando a compartilhar, trocar e cooperar.
O brinquedo oferece para a criança uma série de experiências que correspondem às necessidades específicas de cada etapa do desenvolvimento infantil. A criança transfere para a brincadeira características das pessoas e objetos reais, e isto lhe possibilita expressar suas fantasias e experimentar diferentes situações da vida real. Por isso, em determinado período do desenvolvimento, a criança pode ter preferência em brincar de forma repetitiva com um mesmo brinquedo. Somente quando consegue elaborar os sentimentos despertados nessa fase que passa a interessar-se por outro tipo de brinquedo característico de uma etapa seguinte.
Ribeiro (2003) considera ainda que,
As crianças devem ser estimuladas para o brinquedo da imaginação, para o faz de conta, pois é através da fantasia que a criança tem a oportunidade de expressar suas ansiedades normais do desenvolvimento, dando vazão aos seus temores
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