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O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL DE TRÊS A QUATRO ANOS

Por:   •  19/4/2018  •  6.599 Palavras (27 Páginas)  •  414 Visualizações

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Primeiro passo é conhecer a história da infância que a criança vê o mundo através dos brinquedos e brincadeiras. Através da história da infância o jeito de organizar, lidar, propor, respeitar e valorizar as brincadeiras das crianças demonstra o entendimento que se tem das crianças. O que se observa ao longo dessa narração é que sempre existiram formas, jeitos e instrumentos para brincar, como por exemplo; a bola, cantigas de roda, jogar pedrinhas, brinquedos, uma forma muito antiga de brincar.

Anteriormente vimos, que quando se fala em criança automaticamente pensamos em brinquedos, brincadeiras e jogos. A brincadeira é uma maneira surpreendente de aprendizagem, além de promover integração entre as crianças, por isso dizemos que a brincadeira pertence à infância das crianças. Brincando a criança aprende a se organizar, a conviver com os outros e construir normas de convivências. Brincar é uma forma de linguagem que a criança usa para se comunicar, interagir consigo mesma e com o outro e com o mundo que o cerca, cria e recria a cada novas brincadeiras.

O objetivo é Proporcionar situações onde a criança possa explorar e observar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se como integrante ao mesmo tempo dependente de seus pares e agentes de transformação do seu meio, e a importância do brincar com crianças inseridas nas creches com faixa etária de três a quatro anos. Os conteúdos serão trabalhados com brincadeiras livres e a avaliação será através da observação e registro sobre o educador e os processos de aprendizagem e desenvolvimento das ações desenvolvidas com as crianças bem como o elo entre as crianças e o professor.

A mágica do entender para Vygotsky é no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva que depende de motivações internas, o termo “brinquedo”, faz uma relação ampla, refere principalmente a atividade ao ato de brincar. O brincar intensifica a percepção infantil que por sua vez direciona seu pensar de maneira cada vez mais equilibrada, favorecendo aprendizagem ao longo do seu crescimento.

Para uma criança muito pequena os objetos têm força motivadora, determinando o curso de sua ação, já na situação de brinquedo os objetos perdem essa força motivadora e a criança, quando vê o objeto, consegue agir de forma diferente em relação ao que vê, pois ocorre uma diferenciação entre os campos do significado e da visão, e o pensamento que antes era determinado pelos objetos do exterior, passa a ser determinado pelas ideias.

A criança pode, por exemplo, utilizar um palito de madeira como uma seringa, folhas de árvore como dinheiro, enfim, ela pode utilizar diversos materiais que venham a representar outra realidade

Este trabalho sintetiza o brincar e proporciona a troca de pontos de vista diferentes, ajuda a perceber como os outros o vêem, auxilia a criança de interesses comuns, uma razão para que se possa interagir com o outro. Essa criança tem, em cada momento da vida criança, uma função, um significado diferente e especial para quem dela participa.

Para Piaget é por meio das interações que as pessoas procuram se adaptar ao que se dá o desenvolvimento da inteligência, Kishimoto ressalta que os jogos foram transmitidos de geração em geração por meio de sua pratica, permanecendo na memória infantil, Paul Ricoeur o brincar é a metáfora evidente nas brincadeiras. As proposições de Vygotsky (1989) indicam que a criança brinca com significados para mediar simbolicamente a internalização da cultura.

2 ETAPA DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL E O BRINCAR: PRIMEIRA FASE ESCOLAR.

2.1 CONCEITOS BÁSICOS

Uma definição básica da palavra brincar é divertir-se. O brincar infantil não pode ser considerado apenas brincadeiras superficiais, sem valor, pois o verdadeiro sentido é brincar e aprender, por sua vez chegam a ter uma ação direta sobre a formação e sobre a estruturação do pensamento da criança.

A liberdade para brincar serve de elo entre diversas atividades a serem aprendidas e desenvolvidas pelo ser humano. Ajuda na formação da identidade, na capacidade de autonomia, na memória e principalmente na evolução da imaginação, que é um dos elementos fundamentais para a aprendizagem das relações pessoais. É durante uma brincadeira e através delas, que as crianças aprendem novos conceitos e se preparam para o mundo.

A característica principal de poder brincar é a liberdade dada ao indivíduo. Diferentemente de jogar, brincar não exige da criança mais do que ela pode ofertar. No entanto, a palavra brincar sempre está associado ao mundo infantil.

É uma das principais atividades que ajudam no desenvolvimento cognitivo, sensório motor. O brincar infantil constitui a forma básica mais importante e decisiva do ser humano, por fazer desabrocharem e ativarem as forças criativas da criança pois a fantasia faz a criança criar se próprio mundo com a oportunidade de viver fantasias e formas de tudo que existe no imaginário de cada um. Segundo Vygotsky (1996, p. 108) esses fatores não podem ser desassociados do contexto humano, uma vez que:

O homem haverá de conquistar seu futuro com ajuda de sua imaginação criadora; orientar no amanhã uma conduta baseada no futuro e partir desse futuro é função básica da imaginação e, portanto, o princípio educativo do trabalho pedagógico consistirá em dirigir a conduta do escolar na linha de prepará-lo para o porvir, já que o desenvolvimento e o exercício de sua imaginação são uma das principais forças no processo de alcance desse fim.

As características infantis nos evidenciam, ao apontar a importância da linguagem e da percepção que envolve sentido e significado o mundo, vestem pelas crianças. Vygotsky (1991).

Ao observarmos uma criança em idade pré-escolar exercendo algum tipo de atividade, é fácil perceber que o brincar de faz-de-conta é constante em suas atitudes. Com essa atividade surge na criança?

De acordo com Leontiev (1998a) (1998b), o brinquedo surge na criança no inicio da idade pré-escolar, no momento em que ela sente a necessidade de agir não apenas com os objetos que faz parte de seu ambiente físico e que são acessíveis a ela, mas com objetos pertencentes ao mundo do adulto. Para superar essa necessidade a criança brinca, e durante a atividade lúdica ela vai compreendendo a sua maneira o que faz parte desse mundo esforçando-se para agir como um adulto, por exemplo, dirigir carro, andar a cavalo, preparar uma comidinha, ou atender um paciente.

A contradição existente entre a necessidade

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