Dificuldades de aprendizagem na alfabetização
Por: Juliana2017 • 27/3/2018 • 2.330 Palavras (10 Páginas) • 428 Visualizações
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Palavras-chave: Distúrbios de Aprendizagem, Professor, Aluno.
1 AUTISMO
O autismo é um distúrbio de comportamento que se caracteriza por uma interiorização intensa, a criança vive em seu “mundo” ficando desligado do que acontece a sua volta.
Pode-se perceber o autismo a partir dos 08 messes de nascimento, porém, muitas famílias demoram a perceber esse distúrbio. Nas escolas também torna-se complicado perceber o autismo, pois muitas vezes ele é confundido com outros problemas, tais como, surdez, afasia, retardo mental, entre outros.
Isto é um campo escuro e cheio de lacunas, assim como sua origem o seu tratamento não é claro, apesar de muitas teorias e estudos muito pouco se avançou em relação ao autismo, não conseguindo chegar a nenhum resultado conclusivo.
Segundo José e Coelho (2010, p.170) existem algumas características das crianças autistas que podemos observar, tais como:
- Solidão em grau extremo e evidente na mais tenra idade;
- Fascinação por objetos, em contraste com o desinteresse por pessoas;
- Ausência de sorriso social; parece não reconhecer membros de sua família e não se empenha em atividades lúdicas sociais;
- Não desenvolve linguagem apropriada, repete frases (anúncios de TV);
- Preocupação e afeição com certo número de objetos inanimados;
- Arruma seus brinquedos sempre da mesma forma e, mesmo que fique sem vê-los durante um tempo, lembra-se da sua posição;
- Não liga para barulhos a sua volta;
- Demonstra pouca sensibilidade sensorial, falta de consciência de sua identidade e agressão autodirigida;
- Possui excelente memória: decora facilmente poesias, canções, aprende sempre palavras novas;
- Permanece muda ou fala, mas não usa a linguagem como meio de comunicação;
- É inteligente e bonita de aparência;
- Demonstra ansiedade frequente, aguda, excessiva e aparentemente ilógica;
- Possui hiperatividade e movimentos repetitivos, com entorpecimento nos movimentos que requerem habilidades;
- É retraída, apática e desinteressada, numa total indiferença ao ambiente que a rodeia;
- Demonstra incapacidade para julgar.
Observando essas características podemos perceber como é fácil confundir o autismo com outros distúrbios, por isso a importância de muitos profissionais se envolverem no diagnóstico, pois quanto mais cedo forem diagnosticadas mais chances do tratamento surtir algum resultado. Mas infelizmente os dados de melhora no autismo são muito baixos, com média de apenas 30% das crianças apresentarem uma relativa recuperação, como já citamos o autismo tem sua origem desconhecida dificultando o restante do processo. O tratamento mais indicado é a psicoterapia prolongada que visa preparar essa criança ao máximo para o convívio social.
Apesar de raros os casos de crianças totalmente autistas no ensino fundamental é muito importante o professor ter conhecimento deste distúrbio, pois crianças que parcialmente se recuperam podem a vir estudar em classes normais.
A New York State Society for Autistic Children elaborou um quadro com 14 sintomas característicos do autismo, a presença da metade deles já caracteriza o distúrbio. Esse quadro foi traduzido pela Associação de Amigos do Autista (AMA).
2 DISLEXIA
Dislexia é uma perturbação que se manifesta na dificuldade de aprender a ler, onde mesmo em condições normais de ensino a criança possui certa deficiência na aprendizagem, portanto, não se pode dizer que é resultado de má alfabetização ou baixa inteligência. Trata-se de um distúrbio que pode ser identificado logo nos primeiros anos escolares, nos quais a criança não consegue desenvolver a linguagem de forma adequada no que diz respeito a habilidade de escrita, leitura e até mesmo soletração. É interessante ressaltar que os pais podem ajudar seus filhos simplesmente lendo a matéria da escola para eles, essa é forma mais fácil para a criança conseguir absorver aquele determinado conhecimento, pois assim ela consegue memorizar a matéria de uma forma muito melhor e mais aproveitável. Na escola, a criança pode solicitar que sejam feitas provas orais, não correndo o risco de ser prejudicada, uma vez que a dislexia compromete muito mais a parte de leitura e escrita. Neste sentido a dislexia é mais conhecida como um distúrbio de desorientação como nos conceitua Davis, (2004, P. 145) esclarecendo que:
Todos os sintomas de dislexia são de desorientação. A dislexia em si não pode ser reconhecida definitivamente, mas a desorientação sim. Os princípios sentidos que ficam distorcidos são, a visão, a audição, o equilíbrio, o movimento e a noção do tempo. Exemplos comuns: náusea, “ouvir coisas”, etc...
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Por isso, professores e pais devem estar atentos ao comportamento da criança pois a dislexia ainda é pouco diagnosticada e a dificuldade no aprendizado da linguagem é apenas um dos sintomas, crianças com dislexia podem ter um comportamento mais antissocial ou, ainda, agressivo, mas para que seja diagnosticada é necessário ter conhecimento da história pessoal da criança.
É importante o professor ficar alerta a qualquer tipo de sinal no processo de alfabetização das crianças. Segundo IANHES(2002) argumenta alguns sinais que devemos ter mais atenção:
- Desatenção e dispersão;
- Problemas para reconhecer rimas e alterações;
- Dificuldade de copiar lições no quadro;
- Esquecimento de palavras;
- Dificuldade na coordenação motora fina;
- Leitura demorada;
- Desnível entre o que ouve e o que lê; entre outros.
A dislexia não é uma doença, portanto, não tem cura. Uma vez que a pessoa tenha dislexia, o único processo possível é apenas tratá-la. O tratamento deve ser acompanhado por psicólogo, psicopedagogo ou fonoaudiólogo
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