SÍNDROME DE DOWN: E A DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
Por: Juliana2017 • 27/10/2017 • 8.826 Palavras (36 Páginas) • 549 Visualizações
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3 SÍNDROME DE DOWN: E A CONTRIBUIÇÃO DO PROFESSOR
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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INTRODUÇÃO
Há muito tempo atrás as crianças com Síndrome de Down - SD eram excluídas da sociedade, pois eram consideradas “inúteis” ou “incapazes”, e muitos acreditavam que elas não tinham capacidade de aprender, isto tem mudado nos últimos anos.
As crianças portadoras da Síndrome de Down têm algumas dificuldades de aprendizagem, uma vez que não conseguem aprender com a mesma facilidade que uma criança que não possui a síndrome, geralmente possuem o desenvolvimento cognitivo lento e uma capacidade de concentração mais curta, e são facilmente distraídas.
A Síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte da célula de um indivíduo, isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com SD, ou trissomia do cromossomo 21, tem 47 em suas células, em vez de 46 como na maioria da população.
Se caracteriza em sua etiologia por ser uma alteração na divisão cromossômica usual, resultando na triplicação ao invés da duplicação. É também conhecida como trissomia do cromossomo 21; “é uma alteração genética causada por um erro na divisão celular durante a divisão embrionária” conforme afirma o Dr. Drauzio Varella (on-line).
Apesar das diferenças que fisicamente os portadores da SD possuem, podemos ver que há mais semelhanças, por isso não vale a pena tanto preconceito.
As crianças com SD têm conquistado um espaço, pois antes as escolas não se sentiam preparadas para receber crianças portadora de algum tipo de necessidade especial, mas incluir estes alunos com todas as suas limitações é necessário, por esse motivo hoje as escolas têm se preparado bem mais em relação a isto. Segundo Mantoan (2006), Inclusão Social se caracteriza pela diversidade, ou seja, todos com as mesmas oportunidades, independentemente de suas flexibilidades.
A escola atual tem se preparado para receber as crianças com necessidades especiais; no caso da criança portadora da SD, ela possui um desenvolvimento cognitivo mais lento, mas tem capacidade de aprender, só precisará de muito mais amor e paciência da parte dos professores e pais para ajudar esta criança a se desenvolver melhor.
Este trabalho tem como objetivo falar a respeito da SD e a dificuldade de aprendizagem apresentada pelos portadores da mesma. A primeira parte trata da Síndrome de Down e seu conceito, onde foi abordado as características gerais de uma pessoa portadora da SD; na segunda parte apresenta as dificuldades enfrentadas por pessoas com SD e como a família pode ajudar; e a terceira e última parte trata de como a escola e professor pode ajudar no desenvolvimento de uma criança com SD, esta última etapa conta também com uma entrevista realizada com duas professoras, uma de escola especial e outra de uma escola regular, mas que tem aluno com SD na sala de aula.
Portanto, justifica-se este trabalho para propor uma reflexão a respeito da Síndrome de Down e as dificuldade em algumas áreas enfrentadas por seus portadores, mas, em especial, as dificuldades de aprendizagem e o papel da família e professor no desenvolvimento de um indivíduo com SD.
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1 SÍNDROME DE DOWN
1.1 Conceito
Para Pessotti (1984) as crianças que nasciam com Síndrome de Down eram consideradas verdadeiros anjos de Deus, enviados por Deus como benefícios, uma benção para a família. O autor tem uma certa razão, pois os portadores da Síndrome de Down servem de ensinamentos, visto que a maioria, mesmo sendo rejeitados as vezes, são tão alegres e amorosas, claro que isto varia de criança para criança, mas mesmo assim são um presente de Deus na vida de quem os têm.
O nome da Síndrome de Down é uma homenagem ao médico John Langdon Down, que foi quem descreveu a Síndrome em 1866.
Mas o desenvolvimento notável e repleto de inovações alcançado pelo trabalho sobre a SD ocorreu por volta do século XIX, na Europa. Nos períodos anteriores a criança que nascia com Síndrome de Down era considerada incapaz, não só de viver em sociedade, mas também de aprender e se desenvolver cognitivamente, sendo assim era uma espécie de “peso” para a família, mas hoje sabe-se que não é bem assim, pois o seu desenvolvimento vai depender de estímulos precoce da criança com SD.
De acordo com Werneck (1993) foi em meados do século XX, com avanços nas pesquisas genéticas que o cientista francês Jerôme Lujune reformulou a concepção da “deficiência”, mostrando que essa em nada tinha a ver com qualquer degeneração racial. Tratava-se na verdade de uma alteração genética, determinada por um gene a mais existente no cromossomo 21, daí a denominação de Síndrome de Down de “Trissomia do 21”, como também é conhecida, e isto pode ser herdada dos pais, mas acontece mais com as mulheres que resolvem engravidar depois dos 40 anos, pois pode ocorrer um erro na divisão do cromossomo, gerando assim uma criança com Síndrome de Down. Segundo Werneck (1993, p.76):
Isso acontece porque o óvulo, célula reprodutora feminina, tem a idade exata da mulher. Ou seja, cada menina, ao nascer, já traz em seus ovários milhares de ovos que, a partir aproximadamente da primeira menstruação, amadurecerão e se desprenderão mensalmente do ovário, a caminho das trompas, para serem fecundadas. Por essa razão, à medida que a mulher envelhece, seus óvulos envelhecem também.
Sendo assim, é interessante que, a mulher que desejar ter um filho, sempre busque informações e cuidados especializados.
A maneira como cada criança com Síndrome de Down irá se desenvolver dependerá de como serão estimuladas, pois isto varia de criança para criança, depende de muito fatores como família, escola, entre outros, umas são mais amorosas, mais sociáveis, outras nem tanto, vai depender, como já citado acima, do estímulo externo que cada um terá e com que frequência serão estimuladas.
Vários estudos têm mostrado mudanças educativas (TRONCOSO; CERRO, 2004), permitindo assim que competências, tais como desenvolvimento linguístico,
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