A Motivação para a Educação Física no Ensino Médio

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Nesse sentido, questiona-se: até que ponto a Educação Física do Ensino Médio colabora na formação geral dos alunos adolescentes, ou seja, será ela uma ação educativa voltada para a autonomia do agir e do pensar? Será ela capaz de contribuir para produzir transformações no meio social em que está inserida e por que não fora dele? Fará ela parte de uma educação meramente reprodutora ou produz novos conhecimentos?

Acredita-se que, por mais libertadora que seja a concepção utilizada, e, por mais possibilidades de descobertas que permita ao aluno a condução dos eventos que ocorrerão durante a aula, estes partirão, na maioria das vezes, da iniciativa do professor, de sua visão educacional e daquilo que ele acredita ser efetivamente importante para que se realize uma aprendizagem significativa pelo aluno.

Falar em aprendizagem significativa é, portanto, colocar o processo de construção de significados como elemento principal do processo ensino-aprendizagem. Em suma, para esse autor,

- Objetivos

1.1.1 Objetivo geral

- analisar a Educação Física no Ensino Médio.

1.1.2 Objetivos específicos

- analisar o ensino médio no Brasil;

- apresentar alguns estudo sobre a Educação Física no Ensino Médio;

- analisar as transformações sofridas pela Educação Física no Ensino Médio a partir das novas diretrizes e projetos pedagógicos.

1.2 Justificativa

O estudo se justifica e se faz relevante pois uma das funções da Educação Física é proporcionar ao aluno atividades que possuam algum significado em sua vida, durante o período em que estiver na escola, mas também e principalmente após deixar o Ensino Médio. Afinal de contas, a vida do estudante continuará e não haverá mais a presença do professor e do horário de aula de Educação Física para proporcionar as atividades físicas. Esse aluno terá que procurá-las voluntariamente, e cabe aos professores de Educação Física, durante o período escolar, orientar da melhor maneira possível, para que as escolhas desse aluno, após encerrar o Ensino Médio, sejam as mais adequadas para seu bem-estar e possam executá-las autonomamente.

1.3 Metodologia

Para a realização desta pesquisa, optou-se pela revisão literária em livros, artigos de internet, dissertações de mestrado e artigos científicos pertinentes à temática abordada.

2 O ENSINO MÉDIO NO BRASIL

No Brasil, o ensino médio está experimentando uma cada vez maior, explosão de crescimento.

Do período compreendido entre 1987 até o ano de 1997, as matrículas dobraram, passando de 3,2 milhões para 6,4 milhões de alunos matriculados. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), dois fatores justificam este crescimento: mercado de trabalho mais exigente, e sem este nível de escolaridade, é cada vez mais difícil conseguir o emprego; e a melhoria (mesmo que ainda tímida), do sistema público de ensino Brasileiro (FOLHA DE SÃO PAULO, 1998).

Ao lado dos fatores supra-citados, o ensino médio vem sofrendo profundas alterações no que se refere à discussão sobre as suas funções, muito embora ainda estejamos sob a égide da reforma que ocorreu na década de 60, reforma esta que conferia ao ensino médio um caráter terminal, direcionado para a formação de técnicos médio ou, de caráter preparatório para o ingresso nas Universidades.

Segundo Franco (1994, p.20),

[...] a escola deveria relacionar-se ao mundo do trabalho mas não numa relação linear. [...] o que seria limitar o papel da escola concebendo-a apenas como uma agência de adestramento em que o domínio de técnicas ganharia primazia sobre as atividades voltadas para a formação integral do aluno.

Por outro lado, segundo o autor, “não implica fazer o raciocínio inverso e eximir a educação de qualquer responsabilidade pela formação profissional” (FRANCO, 1994, p.21).

Concordamos com o posicionamento da autora, quando ela enfatiza que uma das oportunidades que o ensino médio possibilita é a capacitação do aluno na compreensão do trabalho nas esferas social e histórica, desde que haja nessa escola a preocupação de conduzir o educando ao entendimento a respeito das formas diferenciadas de experimentar as relações de produção e as desigualdades e diferenças que dela decorrem.

Conforme demonstram Darido et al (1999):

Com a aprovação da nova LDB (9394/1996) devolve-se ao ensino médio o caráter de formação geral, exigindo menos conhecimentos específicos e mais conhecimentos interdisciplinares. O currículo será dividido em três áreas: códigos de linguagem, ciência e tecnologia e sociedade e cultura, todas com igual peso. Além disso, com as mudanças em andamento, será oferecido uma certa autonomia as escolas que podem propor até 25% da grade curricular com disciplinas complementares e procuram desvincular o ensino técnico do ensino médio (dois cursos separados) (Disponível em: . Acesso: 5 março 2007).

No que diz respeito à Educação Física, ainda inexiste uma discussão mais profunda sobre as interfaces desta disciplina com relação às grandes áreas, aos códigos e linguagem, à ciência e tecnologia e à sociedade e cultura.

3 CURRÍCULO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO X FORMAÇÃO INICIAL

Muito daquilo que é desenvolvido na Educação Física do Ensino Médio, destacando-se aqui a prática esportiva, é originário da forte influência dos currículos de Educação Física no nível universitário. É comum vermos professores reproduzindo para as classes de Ensino Médio os exercícios e as atividades que realizaram durante o curso de graduação.

Esse fato é compreensível, na medida em que todos nós temos referenciais para nossas atividades, os quais influenciam nossa maneira de ser e de agir.

Levando em consideração a colocação acima, é importante que vejamos um pouco da formação inicial (acadêmica) do professor de Educação Física e do currículo dos cursos de graduação.

O currículo da formação inicial é de fundamental importância e tem reflexos bastante significativos na construção da Educação Física