Multiculturalismo na educação e seus códices

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A “democracia”, os “direitos humanos” e o “multiculturalismo”; são ideologias baseadas em conceitos “políticos” de reestruturação social. Sua difusão ideológica propagada por discursos por todo o mundo é “bela” em teoria e apresentação; mas no âmbito da prática é fragmentado de prerrogativas culturais conflitantes. Na base teórica do multiculturalismo recomenda-se o trato dos temas com respeito mútuo sem apagar as “diferenças”. Contudo, no Brasil o respeito tem forma de “tolerância” e o mesmo é passível de preconceito e fobias.

A escola é o “espaço” social que mais marca as experiências empíricas do “sujeito”, no universo social; as surpresas, os desafios intelectuais, a socialização com os demais e as respectivas paixões e ressignificação dos códices e valores sociais e familiares na atmosfera escolar. Lado a lado com as conquistas e derrotas que marcam seu trajeto de aprendizado, contrapondo à sombra das peripécias de violência psicológica, física, ideológicas e, sobretudo dogmáticas culturais, que o “tatuam” no círculo que frequenta é de relevância vitalícia do indivíduo.

O solo escolar é fértil no quesito plantar “semente”, regar ideologias e adubar com utopias; para no fim colher os frutos da alienação político-social. Para a construção da escola “ideal” que atenda as expectativas sugeridas nos PCN’s em acordo com a “cobrança” da voz do estado que ecoa na sociedade, existe a necessidade de uma “reforma” ampla e sistemática em suas bases e diretrizes. Uma “reconstrução” é necessária; novas propostas, novos modelos didáticos, novos parâmetros sociais e novos códices de atuação e comportamento; para só assim iniciar um processo de revolução intelectual, crítico e consciente.

Melvin B. Tolson[1] foi professor de uma pequena universidade voltada para negros no Texas na década de 1930; durante sua estadia na universidade ele inspirou e formou um time de debate, e, com muito esforço batalhou com o enfrentamento pacífico contra o “racismo cultural”, de segregação e abreviação da vida no seu tempo. Sua herança étnica, cultural econômica e familiar aliado á sua “sede” por igualdade de direito inspirou seus alunos a lutarem por seus ideais de conquista e superação frente às dificuldades que se apresentam no caminho.

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