Multiculturalismo na escola

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Atividades

Aulas expositivas

As aulas expositivas terão lugar nos intervalos entre as atividades extra classe serão distribuídas da seguinte maneira:

- Inicio do projeto, apresentação da proposta e introdução ao tema, com a apresentação e discussão dos conceitos trabalhados de liberalismo econômico, meritocracia e igualde.

- Apresentação do documentário “Alguém falou de racismo?”.

- Discussão sobre o documentário e levantamentos sobre a árdua jornada dos negros desde a libertação até a sociedade atual, onde deve ser exposto e debatido as mazelas deixadas pela falta de politicas de apoio e a marginalização dos libertos como causador do abismo socioeconômico enfrentado pela grande maioria dos negros em nosso País.

- Apresentação do documentário “Quanto vale ou é por quilo?”.

- Nova rodada de discussões e levantamento de temas relativos a miséria e a exploração da situação dos pobres e miseráveis e afirmar a necessidade da construção de mudanças

- Apresentação do documentário “Olhos Azuis”.

- Debate sobre o preconceito racial e o mal causado pela aceitação deste preconceito por parte da sociedade.

- Aula expositiva: apresentação da lei 10.639/03 e posterior lei 11645/08 sobre o ensino de cultura africana e afrodescendente nas escolas. Abertura para debate sobre a eficiência e necessidade da implementação de lei especifica para o ensino destes materiais nas escolas.

- Aula expositiva: Desconstrução do conceito de meritocracia na sociedade atual e esclarecimentos a respeito do liberalismo econômico e utilização de politicas afirmativas em busca da igualdade tomando como base os levantamentos feitos nas etapas anteriores.

- Apresentação de palestra.

- Fechamento do projeto com exposição dos principais pontos observados, parecer dos alunos e solicitação de avaliação.

Documentários

Após primeira rodada de aulas expositivas dá-se inicio a primeira rodada de discussão com a apresentação dos documentários:

Alguém falou de racismo?

Dirigido por Claudius Ceccon e Daniel Caetano em 2002, mistura situações ficcionais e entrevistas para debater o problema da discriminação racial nas escolas. Filme produzido para a campanha "Direitos são para valer", que teve a parceria da Fundação Cultural Palmares e apoio da Fundação Ford. O objetivo é ajudar professores, alunos e seus familiares a reconhecer determinadas formas sutis de racismo e propor ações para superá-las.

Quanto vale ou é por quilo?

Dirigido por Sergio Bianchi este documentário produzido no ano de 2005 traz uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social, que forma uma solidariedade de fachada. No século XVII um capitão-do-mato captura uma escrava fugitiva, que está grávida. Após entregá-la ao seu dono e receber sua recompensa, a escrava aborta o filho que espera. Nos dias atuais uma ONG implanta o projeto Informática na Periferia em uma comunidade carente. Arminda, que trabalha no projeto, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, precisa agora ser eliminada. Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, torna-se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver.

Olhos azuis

Dirigido por Bertram Verhaag e escrito por ele e pela professora Jane Elliot este documentário de 1996 traz a própria professora e socióloga Jane Elliott que ganhou um Emmy pelo documentário de 1968 "The Eye of the Storm", em que aplicou um exercício de discriminação em uma sala de aula da terceira série, baseada na cor dos olhos das crianças. Aplicando um workshop em que o exercício de discriminação pela cor dos olhos também foi aplicado. O objetivo do exercício é colocar pessoas de olhos azuis na pele de uma pessoa negra por um dia. Para isso, ela rotula essas pessoas, baseando-se apenas na cor dos olhos, com todos os rótulos negativos usados contra mulheres, pessoas negras, homossexuais, pessoas com deficiências físicas e todas outras que sejam diferentes fisicamente.

Palestra

Para o encerramento das atividades será apresentado uma palestra sobre diversidade étnico-racial e politicas afirmativas a ser ministrada por voluntario que tenha histórico e conhecimento previamente analisado sobre o assunto e que esteja seriamente envolvido com o tema e, a par do projeto desenvolvido.

Avaliação

Os educandos serão avaliados através de sua efetiva participação no projeto e através de um trabalho de fechamento com apresentação de seminário sobre o que foi aprendido e quais perspectivas puderam ser modificadas através da apresentação dos temas deste projeto.

Encerramento

Este projeto como citado inicialmente em seus objetivos, mira diretamente na desconstrução de alguns conceitos que servem como alicerce para a manutenção de preconceitos, que por muitas vezes são direcionados contra as politicas afirmativas que são ferramentas de combate ao preconceito, deste modo tentando tirar-lhes os méritos efetua-se a manutenção das desigualdades e do preconceito, é necessário ao educando que ao termino do ensino médio ele tenha plena consciência do porque das politicas afirmativas e saiba defende-las ou critica-las com conhecimento de causa e, para aqueles que farão uso destes direitos que os façam de maneira correta e idônea e sem medos ou culpas por exercer seus direitos, pois só assim alcançaremos a igualdade da maneira como ela realmente deveria ser.

REFERÊNCIAS

SOUZA, Maria de Mello. África e Brasil africano. São Paulo, Ática, 2007, 2º edição.

ROSENVERCK, Estrela Santos; (2008). Educação e relações étnico-raciais no Brasil: monoculturalismo e a construção da identidade negra; em http://www.espacoacademico.com.br/091/91santos.pdf; acesso: 20/04/2014

PETRONILHA, beatriz gonçalves e silva; (2008). Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil; em http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/2745/2092;