Psicologia da Comunicação
Por: Sara • 1/9/2017 • 2.096 Palavras (9 Páginas) • 621 Visualizações
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Dentro de uma entidade grupal as necessidades de liderança vão surgir naturalmente.
Podemos afirmar que existem vários estilos de liderança, temos a liderança autoritária em que toda a determinação da política do trabalho e de decisão é feita pelo líder. As técnicas e fases de atividade ditadas pelo líder, só são tratadas quando é abordado um ponto de cada vez e em relação às fases futuras, estas quase sempre, permanecem confusas. Habitualmente, o líder determina o trabalho de cada membro e dos seus colegas de equipa. O líder é restrito nos seus elogios e nas suas críticas ao trabalho, permanecendo fora da participação ativa do grupo, exceto na altura da demonstração. Ele é amistoso ou bastante impessoal, tornando-se por vezes hostil.
Depois temos a liderança democrática em que toda a questão da política de trabalho e de decisão é feita pelo grupo, porém encorajada pelo líder. A perspetiva de atividade estabelecida está pendente de um período inicial de discussão. Os passos na direção dos objetivos grupais são esquematizados, e se houver necessidade, o líder sugere duas ou três técnicas dentro das quais o grupo pode escolher. Os membros são livres para trabalhar com um colega à sua escolha, a decisão das tarefas é confiada ao grupo. O líder é seguro nos seus elogios e críticas e procura ser um membro normal entre os demais. O terceiro e último estilo de liderança é o liberal, em que é refutado para o grupo ou para os indivíduos toda a liberdade para a tomada de decisão, sem a necessidade da autoridade do líder. O líder ajuda a fornecer materiais, caso seja necessário e posteriormente fornecerá informações suplementares. Não toma parte da discussão e afasta-se completamente da participação na implementação dos trabalhos da equipa. Raramente comenta sobre a atividade do grupo, a não ser que seja solicitado para tal, porque de outra forma, não tem participação ativa ou não interfere no decorrer dos trabalhos do grupo. Estes estilos não são perfeitos e como tal têm consequências que nem sempre são boas.
Na liderança autocrática, o grupo revela uma maior tensão, ausência de espontaneidade e iniciativa. Também não se revela qualquer tipo de entusiasmo entre os membros, porém o grupo é muito produtivo. Embora, aparentem gostar do que fazem, inibem toda e qualquer satisfação em relação à tarefa. Só é desenvolvido o trabalho quando o líder está por perto. Perante a ausência do líder os grupos são pouco produtivos. Na ausência do líder o grupo tende a expandir o seu desagrado perante os colegas. A frequência da hostilidade é muito mais elevada, do que no grupo da liderança democrática.
Na liderança democrática desenvolve-se a amizade entre os vários membros do grupo, em que o clima desenvolvido é satisfatório. O líder e os subordinados desenvolvem comunicações mais apaziguadas e informais. Trabalha-se a um ritmo acertado e seguro, mesmo que o líder não esteja presente. Realizam então, um trabalho de melhor qualidade e cada membro sente-se responsável pela sua tarefa a desempenhar.
Na liderança liberal apesar dos membros do grupo terem uma atividade intensa, a produção não é satisfatória. As tarefas desenvolvem-se ao acaso sem ritmo certo, surgindo com frequência muitas discussões. Comunicam-se mais problemas pessoais do que de assuntos respeitantes ao trabalho e existe uma centralização num individualismo autoritário e perde-se o devido respeito pelo seu líder.
Na ausência de um líder, o próprio grupo vai definir os estatutos, os papéis, e por fim, um líder.
Quando se fala em grupos, surgem questões em torno da coesão, do fracionamento, do desempenho individual e por vezes é complicado perceber como funciona todo este processo.
Para tal, apraz-me fazer uma reflexão aprofundada e fundamentada acerca da influência dos vários tipos de papéis no funcionamento do grupo, em que optei por dar ênfase a uma área que julgo ser de extremo realce, principalmente no que concerne ao grupo e ao trabalho envolvente enquanto grupo.
Por esse motivo, abordarei as vantagens e desvantagens dos grupos coesos por defender este tipo grupal e perceber o quão importante é para o funcionamento do mesmo.
Refiro que as vantagens são a maior cooperação, em que existe uma comunicação mais ampla e mais fácil, em que há um aumento da resistência à frustração, uma reduzida rotatividade da força de trabalho, um menor absentismo, e uma diminuição à tolerância para com os membros preguiçosos.
De certa forma, esta conduta comporta também desvantagens em relação à vida daqueles que entram de novo, existindo porém uma maior restrição a abertura de novas ideias e à resistência às mudanças. Outros grupos vêem-no como sendo de trato difícil, como que reduzindo assim a possibilidade de cooperação intergrupal. A coesão está associada à moral existente no grupo. E dá-se a desintegração do grupo quando existe a desmoralização.
Um grupo é coeso quando os seus membros sentem que lhe pertencem. Quanto mais elevada é a correlação das necessidades dos indivíduos e do grupo, maior é a coesão.
A coesão de um grupo é importante, pois a moral do grupo depende muito desta.
A moral depende também de um certo número de outros fatores, nomeadamente da maneira como as decisões são tomadas. A tomada de decisão é um momento importante da vida do grupo e desta depende a orientação da ação.
A maneira como são tomadas as decisões, determina o grau de democratização de um grupo. A coesão de um grupo resulta da relação entre as forças atrativas e forças repulsivas. Se predominam as forças atrativas, o grupo mantém-se unido mas se prevalecem as forças repulsivas, a coesão do grupo diminui e pode até encaminhar-se para a sua desagregação.
Grupo coeso é aquele em que as forças atrativas predominam sobre as repulsivas, e em que os estados de tensão, no interior do grupo, são reduzidas.
Um grupo estruturado vai exigir um mínimo de relação hierárquica, quer seja formal ou informal. O estatuto de cada um no grupo tem de estar muito bem definido e para isso tem de haver um acordo relativamente aos objetivos do grupo.
Os objetivos do grupo são extremamente importantes. A adaptação é um conceito inovador, em que as pessoas que integram esse grupo, têm que ter a capacidade de adaptar-se a esse grupo, cujas adaptações têm a ver com os objetivos a atingir. Os objetivos têm de ser comuns a todo o grupo.
Voltando à coesão
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