História Económica e Social: Conceitos e Metodologia
Por: SonSolimar • 21/1/2018 • 4.632 Palavras (19 Páginas) • 474 Visualizações
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Factores estéticos
Explicite os factores a ter em atenção na “definição” das hierarquias sociais • Desde os tempos longínquos, os homens, observando os comportamentos dos seus contemporâneos entre si, representaram-se mentalmente a sociedade em que viviam como se esta fosse composta por grupos de homens formando como que camadas sociais, ou estratos, sobrepostas segundo uma ordem hierárquica. Estes estratos, chamaram-lhes geralmente classes ou estratificação social • Toda a estratificação social depende de um conjunto de juízos de valor, que constitui o princípio fundamental da sociedade. • A estratificação social tem origem na diferenciação e na valorização social. • A diferenciação social tem origem na divisão do trabalho social onde cada membro exerce uma função. Quanto mais longe é levada essa divisão social do trabalho, maior a diferenciação • Desta função (divisão do trabalho), resulta uma valorização social. A reter: Função social que determinado actor desempenha na sociedade conduzindo à sua valorização através de uma função dominante que o classifica (militar, religioso, etc) Posição que este mesmo actor ocupa na escala social segundo um mecanismo de recompensas e punições; • Contudo uma pessoa pode ocupar uma posição privilegiada numa dada escala e possuir uma posição menos ténue noutra por uma meríade de factores como por exemplo a sua própria cultura. Torna-se assim necessário referir alguns tipos de estratificação social que contribuem também para a noção de hierarquia social. Assim sendo temos: Estratificação legal expressa pela lei, costume e jurisprudência
Este tipo de
estratificação não existe na maior parte das sociedades Estatuto social
Define-se pelas diferenças de estima social, dignidade, prestígio, honra, etc. Revela-se em todas as formas de associações: matrimónio, partidos políticos, sindicatos, clubes, estilo de vida, mitos sociais, profissão, vestuário, bens materiais, etc. Hierarquia económica
Devemos considerar a natureza dos recursos: salários, emolumentos, rendas, lucros, etc. Poder
Meios que os homens dispõe para inclinar as vontades alheias e subjugá-las às suas próprias vontades (credor sobre o devedor, magistrados, administradores, carisma individual de líderes natos) Estratificação ideológica
Grupos de ideias diferentes das contemporâneas • Uma análise social mais avançada demonstra que, para conhecer um estrato social, é necessário combinar vários conjuntos de factores, ligados por um jogo de acções e reacções recíprocas, sendo, desses factores, a situação económica, o estatuto social e o poder os principais.
TEMA 2 (pag. 49-63) As dinâmicas económicas e a estratificação social no mundo antigo (Séc. I e II)
As fundações económicas do império • O costume e tradição, interpretados por um conselho de anciãos, regiam as relações entre os membros da comunidade. • Havia uma posse particular de utensílios, mas uma posse colectiva de gado e terra • Nas primeiras cidades-templo da Suméria, por contraste, a estrutura social era definitivamente hierárquica. As massas de camponeses e trabalhadores não especializados, que provavelmente ascendiam a 90% da população total, viviam num estado de servidão, senão de pura escravidão
“exploração do Homem pelo Homem” (Teoria marxista) A terra pertencia ao templo (ou à sua divindade) e era administrada pelos representantes da divindade, os sacerdotes. A raiz da diferenciação de classes e da organização política formal eram as diferenças étnicas ou tribais Disputas de fronteiras e direitos sobre água tornaram-se fontes adicionais de conflito e conquista. As bases económicas destes antigos impérios assentavam na pilhagem, no tributo e nos impostos que os conquistadores extorquiam aos conquistados • A riqueza das grandes civilizações ribeirinhas, baseava-se na agricultura: De irrigação
elevado grau de disciplina e trabalho Cultura a seco
terra arável era lavrada frequentemente e ao de leve para manter a humidade absorvida durante as chuvas. Os campos eram cultivados de 2 em 2 anos Todos os campos exigiam um trabalho muito intensivo, o que reduzia as suas unidades e poucos excedentes para impostos O estabelecimento da ordem e do direito comum em áreas cada vez mais vastas, facilitou o desenvolvimento do comércio e a especialização e divisão do trabalho
Comércio e desenvolvimento no mundo mediterrânico
Int. moeda cunhada
• Fenícios
povo que se destacou e forneceu um legado importante à história Foram os primeiros marinheiros e mercadores especializados Desenvolveram várias indústrias de transformação Fizeram parte dos povos mercantis mais proeminentes da civilização antiga. As suas actividades comerciais levaram-nos a desenvolver o alfabeto • Gregos
dominador do mar Ao contrário dos Fenícios, os Gregos eram originalmente cultivadores mas o carácter rochoso e montanhoso da pátria que adoptaram depressa os levou ao mar, para complementar o escasso produto da sua agricultura. • Os progressos comerciais e financeiros foram facilitados por uma inovação, de pequeno significado técnico mas de grande importância económica – a introdução da MOEDA CUNHADA (dinheiro e cunhagem, não são idênticos):
Simplificou as transacções comerciais e permitiu a extensão do sistema de mercado para muitos indivíduos e grupos que de outra forma teriam permanecido isolados numa economia fechada de subsistência.
Os governos reclamam a cunhagem da moeda como monopólio do Estado
A Idade de Ouro Ateniense foi tornada possível pela prata de Láurio.
Empreendimentos económicos e limites da civilização antiga
Sec. I e II - ROMA • O apogeu da civilização clássica, pelo menos nos seus aspectos económicos, ocorreu durante o primeiro e segundo século da Era Cristã, sob o domínio de Roma. • Romanos Eram, originalmente, um povo agrícola, sobretudo pequenos camponeses com um grande respeito pelos direitos de propriedade. No decurso da sua expansão, tornaram-se progressivamente mais preocupados com os assuntos militares e administrativos, mas a sua ligação tradicional ao solo manteve-se. O comércio era deixado nas mãos
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