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Representação Social: Uma genealogia do conceito

Por:   •  8/8/2018  •  1.184 Palavras (5 Páginas)  •  352 Visualizações

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Desse modo, são em debates sobre representação coletiva, que Moscovici diverge de Durkheim e acaba por implementar o conceito de representação social, uma vez que as heranças coletivas passadas, não são transmitidas de forma determinista ou estática, porque o indivíduo assume em sociedade papéis de um ser ativo e autônomo.

As representações sociais se pautam em um conjunto de ações, frases, explicações e são modalidades de conhecimento prático, que se manifestam por meio de imagens, conceitos, categoria e teorias. Em Moscovici, a representação social é um preparo para a ação, que cabe agir no ambiente, para ele o ser humano é um ser pensante e que convive em um conjunto de atribuições e julgamentos.

Moscovici não aceita a ideia de grupos e indivíduos estarem sob o domínio de classes sociais, do estado, da igreja ou das escolas. Para ele, os seres humanos deveriam ser seres pensantes e representantes de suas próprias ações.

O homem é visto como produtor da ordem social, pela constituição de seus hábitos durante o passar dos tempos, visto que as instituições são produtos históricos, tornando-se controle social. Assim, é a partir da historicidade que as instituições se objetivam e passam a vivenciar experiências em realidade.

A ordem social é única e exclusiva parte do produto da atividade humana, a forma como a vida se apresenta é muito subjetiva em sentido corrente. A vida surge a partir de pensamentos e ações e, é apreendida em uma realidade considerada padrão e que pode ser vivenciada na cultura. Ou seja, qualquer evento que rompa com essa ordem, pode ser considerado como não realidade diária. Portanto, acontece a distorção das “realidades estrangeiras” com o uso de linguagens para fornecer subsídio em campos de significação.

Porém, a realidade de vida é muito intersubjetiva, por ser um mundo em que cada um participa com suas experiências de um modo e as tornam amplas no mundo em que cada indivíduo participa. De certo, a participação influencia em atitudes, culturas e objetividades.

Assim, a estrutura social é um importante elemento que fala sobre a realidade diária, que ocorre em sociedade, interações e relações pessoais. Ao compartilhar o que chama-se de intersubjetividade, o indivíduo começa a perceber a sua própria realidade e aprende a diferenciá-la das demais, ou seja, essa passa a ser uma atitude natural, que é uma ação muito realizada pelo senso comum.

Torna-se importante ressaltar que as representações sociais são construídas em meio a realidade de vida, ganham reconhecimento pela sociedade, porque a realidade é apresentada em um estado de atenção e acaba por favorecer uma forma normal e natural de encarar os fenômenos que são estabelecidos nas relações humanas.

Por fim, estudos realizados por Moscovici e outros autores, reforçam a ideia de compreensão operacional das representações sociais por um coletivo e a partir da realidade diária. Estudos como esse, fornecem subsídio aos cientistas sociais para o desenvolvimento de pesquisas sobre representações sociais em função do pensar e agir em grupos sociais.

REFERÊNCIAS

ÁLVARO, José Luis; GARRIDO. Alicia. Psicologia Social: perspectivas psicológicas e sociológicas. São Paulo, 2006.

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