Fichamento - Um Olhar sobre Planejamento e gestão metropolitana
Por: Evandro.2016 • 20/12/2018 • 869 Palavras (4 Páginas) • 329 Visualizações
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Além desta análise, outros problemas também são reconhecidos, como por exemplo, citando
Davanzo e Negreiros (2002), os possíveis conflitos entre as diversas esferas que compõem a
gerencia de uma região metropolitana (Município, Estado, União); a restrição e controle à
participação efetiva da população nas questões metropolitanas.
Citando Braga (1999, p.325), a autora expõe o parâmetro que deve nortear tanto a gestão
quanto o planejamento metropolitano, onde diz que o regional deve ser pensado a partir do
local, e que o planejamento regional metropolitano deve ser encarado com uma questão de
planejamento intermunicipal metropolitano e , nesse sentido, depende exclusivamente da
capacidade de os municípios se assumirem como sujeitos à metrópole.
Após realizar toda essa investigação das raízes dos problemas existentes numa região
metropolitana, Bacellar citando seu objeto de estudo, a RMBS, descreve como é formado o
ordenamento jurídico da RMBS, o qual inclui três entidades formais responsáveis pelas
funções: normativa (Condesb), executiva (AGEM) e financeira (Fundo).
Ela chama à atenção ao fato de que o Condesb possui em sua Câmera Temática, a qual é
utilizada com função consultiva, possui apenas representantes do município e do estado, não
possuindo representantes da comunidade, apesar de ser totalmente legal. Na prática, não há
não há nenhum tipo de representação da sociedade civil como atora dos processos, só lhe
sendo permitido o acesso às reuniões como ouvinte, e à representação por discordância na
forma escrita.
Citando também outras entidades que atuam no espaço geográfico da RMBS, a autora cita
alguns problemas provenientes da diversificação de representantes da RMBS nesses órgãos,
que podem levar a divergências de posições e desencontros de informações, se não forem
devidamente divulgadas e repassadas.
Ela inda passa a citar que os objetivos das entidades responsáveis pela gestão urbana da RMBS
mostram que a competitividade econômica é uma de suas principais características,
mostrando pouca preocupação com o tema e problemática ambiental. Não fazem alusão à
inclusão ou justiça social, que são um dos graves problemas em nível local e regional.
Apesar de tais planos de interesse social e ambiental estarem “no papel”, as ações dessas
entidades a contradizem.
CONCLUSÃO
Bacellar conclui então, mostrando que a falta de interação entre os órgãos institucionais que
atuam na RMBS aponta para a necessidade urgente (que também podem ser identificadas em
outras regiões metropolitanas) de uma reformulação de suas estruturas internas para que
possam formatar uma cooperação contínua e compatibilizada no planejamento, na gestão das
funções comuns,assim como na construção de uma rede de cidades sustentáveis, ou seja, de
uma região sustentável.
Reforça ainda que uma efetiva integração entre os municípios que foram uma determinada
região metropolitana juntamente com a visão holística, solidária e democrática, seja o
caminho para o desenvolvimento sustentável do conjunto das cidades e sua comunidade.
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