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Aspectos gerais das mudanças climáticas

Por:   •  19/5/2018  •  3.564 Palavras (15 Páginas)  •  440 Visualizações

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De acordo com o último relatório do IPCC, que representou o consenso da maior parte da comunidade científica internacional, o aumento global de temperatura registrado nos séculos XX e XXI tem como origem as atividades humanas, afetando diretamente a biosfera com consequências inevitáveis, pois a ação antropogênica é um fator determinante ao aquecimento, com o aumento da emissão de gases do efeito estufa, com o desmatamento indiscriminado, as queimadas, a poluição desenfreada do meio ambiente e a formação de ilhas urbanas de calor influindo diretamente no equilíbrio do planeta, elevando a temperatura. Em 1750, no auge da Revolução Industrial, houve um aumento de 31% na concentração atmosférica de carbono, o que influenciou o balanço energético do sistema climático, desde 1760 até 1960.

Os resultados do IPCC foram mais de 80 mil séries de dados que mostram modificações significativas em: sistemas físicos: recuos de geleiras, irregularidades em rios, lagos e oceanos; sistemas biológicos: como alterações no comportamento de peixes, aves, mamíferos, e outras espécies animais; mudanças nas regiões de ocorrência e no ciclo anual de espécies vegetais. Além disso, estudos recentes demonstram que o Brasil é vulnerável às mudanças climáticas atuais e mais ainda às que se projetam para o futuro, especialmente quanto aos extremos climáticos. As áreas mais vulneráveis compreendem a Amazônia e o Nordeste do Brasil (MARENGO et. al., 2007).

Com relação à temperatura, o gráfico a seguir mostra que houve um aumento expressivo nos últimos 157 anos, destacando as variações de temperatura em graus Celsius para esse período, expressas com desvios da média calculada para o período de 1850 a 2005. O aumento da temperatura não foi linear no tempo, mas acelerou-se nas últimas décadas como mostra o gráfico 1 em anexo.

Pode-se conferir que as mudanças são significativas pelas diferenças com relação às médias do período 1961 -1990 em valores absolutos. As áreas sombreadas simulam a margem de erro.

De acordo com os resultados do IPCC 2001, o balanço de radiação terrestre é alterado por ações antropogênicas e há evidências de que impactos extremos como secas, enchentes, ondas de calor e de frio, furacões e tempestades têm afetado diferentes partes do planeta.

No, os resultados do IPCC expressam que a Amazônia e o Nordeste sofrerão consequências irreversíveis sob o ponto de vista das mudanças climáticas, pois a floresta desempenha um papel importante no ciclo de carbono do planeta, e pode ser considerada como uma região de grande risco, já que as ações antrópicas na própria floresta estão ligadas diretamente ao desmatamento de sistemas florestais para transformação em sistemas agrícolas e/ou pastagem, o que implica em transferência de carbono (na forma de dióxido de carbono) da biosfera para a atmosfera, contribuindo para o aquecimento global, o qual por sua vez acaba atuando sobre a região amazônica.

A maior floresta tropical do mundo (Floresta Amazônica), que já perdeu 20% de sua área original, enfrenta o perigo de se transformar parcialmente em savana em consequência do aquecimento global, alertou a segunda parte do relatório do IPCC.

A região Nordeste pode perder manguezais e ver secar grande parte de suas fontes de água, transformando-se de território semiárido em terra árida. No Sul, o aumento de precipitações pode obrigar populações a se adaptar.

Mas o próprio órgão reconhece sua dificuldade em lidar com as chamadas "questões regionais", isto é, em avaliar o efeito da mudança climática sobre uma ou outra região específica. No caso brasileiro, por exemplo, a falta de dados limitou o esboço dos alertas.

O perigo para a Amazônia é mencionado de passagem em trechos do relatório. Já em entrevistas com jornalistas, os cientistas disseram que entre 10% e 25% da floresta poderia desaparecer até 2080, dependendo de quanto for a elevação da temperatura. Por falta de dados, o grupo só pôde conferir uma probabilidade de 50% a esse evento, o que na classificação do IPCC significa "mais provável que improvável".

Um dos modelos adjetivados como mais "catastróficos" analisado pelo IPCC, elaborado pelo Hadley Centre, mostra o ecossistema desaparecendo completamente até 2080.

O desmatamento é amplamente atribuído por ambientalistas a grileiros, fazendeiros de gado e plantadores de soja, acusados de forçar a expansão da fronteira agrícola para áreas virgens da floresta.

O desflorestamento é a segunda maior causa de emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, respondendo por 17,3% das emissões, segundo o IPCC. A primeira causa é a queima de combustíveis fósseis (56,6%).

OLIVEIRA (2008, p.27) explica que “as detalhadas séries temporais das variáveis climáticas, principalmente da temperatura, só foram possíveis devido ao aumento de estações meteorológicas nos continentes e oceanos que proporcionaram todas essas evidências na predição de mudanças no clima, principalmente a partir de 1982, quando os satélites permitiram uma amplitude global do planeta”. Para se obterem tendências temporais, medidas instrumentais individuais instrumentais tomadas em milhares de estações meteorológicas nos continentes e oceanos, nos balões meteorológicos e nos satélites, são ajustadas, levando em conta as mudanças de instrumentos e as práticas de medida, e tratadas estatisticamente para fornecer médias significativas.

Resfriamento Global

Como citado acima, é de conhecimento geral que a Terra está passando por mudanças climáticas, e que de acordo com a teoria do Aquecimento Global estas mudanças convergem para um aumento de temperatura do planeta. Nessa teoria, o planeta Terra possui seus climas regulados em uma relação de benefícios para a espécie humana, garantindo a esta espécie as condições necessárias para a sobrevivência. Porém, o próprio ser humano, ao utilizar suas tecnologias de forma inconsciente, ocasiona o aumento da quantidade de carbono na Atmosfera e consequentemente o aumento da temperatura do planeta, pois para o Aquecimento Global, o carbono é o gás responsável pelo aumento de temperatura na Terra, uma vez que esse gás passaria a absorver a energia dos raios solares.

Dessa forma, confirmando a teoria, o Aquecimento Global é provocado pelo homem e para evitar que esse fenômeno ocorra o homem deve criar tecnologias que passem a produzir sem poluir o ambiente, e em especial, sem liberar carbono para a atmosfera.

Entretanto, alguns estudiosos, após fazerem uma análise

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