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Aspectos Gerais da Fitorremediação

Por:   •  11/3/2018  •  1.159 Palavras (5 Páginas)  •  345 Visualizações

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- Fitodegradação

A fitodegradação, algumas vezes chamada de fitotransformação, também é composta por duas etapas, na primeira ocorre a fitoextração e na segunda etapa o poluente é metabolizado pela planta. Esta técnica é indicada para compostos orgânicos que são móveis em plantas (como herbicidas e trinitrotolueno), onde após absorvidos eles sofrem ação enzimática, podendo ser mineralizados completamente para compostos inorgânicos (por exemplo, CO2, H2O e Cl2,) ou degradados parcialmente para um intermediário estável. A ação enzimática pode ocorrer tanto na planta (fitodegradação) quando nas raízes (rizodegradação). Em casos de rizodegradação, ao invés do poluente ser degradado via enzimática, ele é degradado por microrganismos endófitos (PILON-SMITS, 2005, p.15; COUTINHO et al., 2015, p.59; BARAC et al., 2004, p. 385).

Estudos recentes têm utilizado a engenharia genética para otimizar plantas especificas de forma a aumentar a atividade enzimática responsável pela degradação do poluente, ou então adicionar a capacidade de degradação à planta já adaptada tipo de solo e clima (FRENCH et al., 1999, p.491; HANNINK et al., 2001, p. 1168).

- Fitovolatilização

A fitovolatilização é a liberação do poluente pelas plantas na forma gasosa. Ou seja, a planta adsorve e incorpora o poluente, em seguida ele é passivamente volatilizado. Os poluentes tratados por essa técnica são os compostos orgânicos voláteis, como o tricloroetileno, e alguns poucos inorgânicos, como o selênio e o mercúrio (PILON-SMITS, 2005, p.15; LI et al., 2003, p. 107).

Essa técnica possui a vantagem de remover completamente o poluente do solo sem a necessidade de colheita ao final do tratamento, mas deve-se analisar o risco desses poluentes na forma gasosa. Caso o poluente se torne mais tóxico na forma gasosa, a técnica deixa de ser um tratamento e passa a ser considerada uma nova fonte de poluição (LAMEGO, 2007, p.9; PILON-SMITS, 2005, p.15; LI et al., 2003, p. 107).

- Fitoestabilização

A fitoestabilização é uma técnica que promove a estabilização do poluente no solo, evitando a dispersão do poluente decorrentes da erosão ou lixiviação. Durante esse processo é necessário que o poluente seja precipitado na rizosfera se tornando indisponível para participar de outros processos. A precipitação geralmente ocorre por meio da humidificação do solo, através de ligações covalentes entre o poluente e ouras substâncias, ou ainda, o oxigênio e outros compostos presentes do solo próximo as raízes imobilizam os metais devido aos processos oxidativos (SANTOS et al., 2007, p.506; PILON-SMITS, 2005, p.15).

Estudos recentes têm demostrado que essa técnica é eficiente no tratamento de solos contaminados com metais pesados. Essa eficiência se dá pela presença de fungos micorrízicos, que protegem a o crescimento da planta nos solos contaminados, aumentando a retenção do mesmo nas raízes e consequentemente impossibilitando a dispersão desses metais pesados (RUFYIKIRI et al, 2003, p. 391; RUFYIKIRI et al., 2002; JONER, BRIONES e LEYVAL, 2000).

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