Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

RELATÓRIO SOBRE A VISITA NO GRUPO DE IDOSOS DO CRAS DE ACARAÚ.

Por:   •  11/10/2017  •  3.152 Palavras (13 Páginas)  •  1.092 Visualizações

Página 1 de 13

...

RELAÇOES GRUPAIS.

Sobre os tipos de lideranças, percebemos que um dos idosos que conversamos o Sr. Paulo, assume um tipo de liderança frente ao grupo, pois este cotidianamente realiza palestras sobre alcoólicos anônimos, visto que ele participa de outros grupos além do de idoso. Ele é um homem bastante participativo e engajado nas atividades do grupo, assim como é compromissado com seus afazeres e muito sábio. Conversar com ele foi enriquecedor e gratificante.

No entanto, não existem papéis estabelecidos para cada um no grupo, visto que, de acordo com a visita percebemos que no grupo como um todo quem estabelece o que vai acontecer são as assistentes sociais, juntamente com a coordenadora e a psicóloga, que tomam frente para realizar as atividades no grupo dos idosos.

Enfim, participar da vivência com o grupo de idosos do CRAS de Acaraú foi de grande relevância tanto para nossa formação profissional, como para nossa vida pessoal. Estar observando toda a felicidade que acontecia naquele momento com os idosos, aquela dinâmica grupal estabelecida entre eles, foi de suma importância ver como é interessante as relações grupais e como estas são importantes para a vida das pessoas, para a sociedade.

REFLEXÃO TEÓRICA.

Lane (1984) destaca o grupo como uma condição necessária para conhecer as determinações sociais que agem sobre o indivíduo, bem como sua ação como sujeito histórico, partindo do pressuposto que toda ação transformadora da sociedade só pode ocorrer quando indivíduos se agrupam. No entanto, a função do grupo é definir papéis e consequentemente a identidade social dos indivíduos, garantindo sua produtividade social.

Segundo Lane (1984) é necessário expor os estágios de desenvolvimento, visto que os grupos estão constante mudança na medida em que produzem meios para satisfação de suas necessidades. O primeiro estágio seria o de grupo aglutinado, onde o líder propõe ações conjuntas e do qual os membros esperam soluções; é um grupo de baixa produtividade. Em seguida há o grupo possessivo, no qual o líder se torna um coordenador de funções, e onde as tarefas exigem a participação de todos levando a maior interação e conhecimentos mútuos.

No terceiro estágio estabelecido por Lane (1984) está o grupo coesivo, onde há uma aceitação mútua dos membros, o líder se mantém como coordenador e a ênfase do grupo está na manutenção da segurança conseguida, vista como um privilégio. É um grupo que tende a se fechar, evitando a entrada de novos elementos. Enfim, há o grupo independente, com a liderança amplamente distribuída, pois o grupo já acumulou experiências e aprendizagens; os recursos materiais aumentam e as metas fundamentais vão sendo alcançadas, surgindo novas metas que visam o desenvolvimento pleno dos membros e das pessoas que se relacionam com o grupo. É um grupo onde as relações de dominação são minimizadas e a coordenação das atividades tende para a autogestão.

Alexandre (2002) relata sobre o processo grupal envolve uma rede de relações que podem ser caracterizadas por relações estáveis de poder entre os participantes ou pela presença de um líder ou subgrupo que detém o poder e estabelece as obrigações e as normas que regulam a vida grupal. Logo, o processo de desenvolvimento do grupo fornece a seus integrantes condições de evolução e crescimento pessoal. Dessa maneira, participar de um grupo significa partilhar representações, crenças, informações, pontos de vista, emoções, aprender a desempenhar papel de filho, estudante, profissional, dentre outros.

Segundo Alexandre (2002) existe alguns processos grupais, onde estes são: coesão, cooperação, formação de normas, liderança, status e papel social. A coesão ocorre quando há uma quantidade de pressão exercida sobre os integrantes de um grupo a fim de que permaneçam nele, onde são várias as razões de permanecer em um grupo, seja através de identificação com o grupo e seus integrantes ou através de um sentimento atração e interesse por algum grupo. Assim, quanto mais coesão tiver em um grupo, maior será a satisfação dos membros, a quantidade de influência, comunicação e produtividade no grupo, mas, é cabe ressaltar que a coesão grupal não proporciona somente vantagens, pois os grupos altamente coesos estão sujeitos ao pensamento grupal, o que pode fazer com que o grupo tome decisões desastradas.

Outro processo grupal relatado por Alexandre (2002) é a cooperação, que ocorre a partir da agregação de pessoas trabalhando juntas em prol de um ou mais objetivos, ou seja, é a ação conjunta de dois ou mais indivíduos a fim de influir nos resultados de uma ou mais pessoas. Todavia, o processo de formação de normas ocorre quando o grupo, independentemente do tamanho, estabelece normas para poder funcionar adequadamente. São padrões de comportamentos partilhados pelas pessoas que compõem determinado grupo, onde estas utilizam esses padrões para julgar a adequação de suas análises, sentimentos e comportamentos. Logo, a existência das normas facilita o trabalho e dispensa o constante exercício e demonstração de poder.

O processo de liderança é um fenômeno decorrente da interação entre os participantes, com acentuada dependência dos objetivos e clima do grupo. Desse modo, a liderança é um processo interacional, com características próprias, sendo impossível estabelecer, a princípio, com certeza absoluta, qual a pessoa mais preparada para comandar determinado grupo. Assim, o líder deverá surgir durante o processo de interação dos participantes.

Alexandre (2002) destaca também como parte dos processos grupais o status, que é o prestígio desfrutado por um membro do grupo, onde pode ser como o indivíduo o percebe ou o resultado do consenso do grupo sobre este indivíduo, que seria o chamado status social. Por fim, existe o papel social é um modelo de comportamento definido pelo grupo, onde nenhum grupo social pode ter bom funcionamento sem estabelecer papéis para seus integrantes. Entretanto, vários são os aspectos que influenciam no estabelecimento de papéis entre eles: normas culturais, idade, sexo, status, nível educacional... As expectativas dos papéis a serem desenvolvidos pelos membros de um grupo variam à medida que o grupo se desenvolve. Os papéis são desempenhados pelos integrantes de acordo com as peculiaridades do grupo a que pertencem.

Zimerman (2000) classifica os grupos com base no critério das finalidades a que se propõe o grupo em operativo e psicoterápico. Os grupos operativos são aqueles centrados na tarefa, no processo de inserção

...

Baixar como  txt (20.6 Kb)   pdf (127.2 Kb)   docx (18.3 Kb)  
Continuar por mais 12 páginas »
Disponível apenas no Essays.club