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VISITA TÉCNICA A UMA ECLUSA

Por:   •  27/9/2017  •  3.312 Palavras (14 Páginas)  •  591 Visualizações

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1.1. As eclusas como elo de um plano logístico

2. Características do Report 106 da PIANC

3. Princípios de projeto, operação e manutenção

4. Inovações

4.1. Bacias laterais de economia (armazenamento) de água

4.2. Portas

4.3. Túneis de água (culverts)

4.4. Plano de Manutenção Programada

4.4.1. Formação de um Plano de Manutenção Programada

4.5. Operação

5. Conclusão

6. Eclusa de barra bonita

7. Imagens da visita

8. Referências Bibliográficas

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INTRODUÇÃO

Em 1986 a PIANC, Permanent International Association of Navigation Congresses, uma associação internacional de interesses comuns da navegação, existente desde 1885, publicou seu agora famoso relatório sobre eclusas. Este trabalho, Final Report of the International Commission for the Study of Locks, de 445 páginas, de acordo com Rigo e Daniel (2009), chamou a atenção da comunidade hidroviária, de barragens e eclusas, de que os avanços da tecnologia do século XX também se referiam a eclusas. Em 2009 a PIANC, por meio de seu Working Group 29, da InCom (que é a seção da PIANC dedicada a estudos para a navegação interior), publicou seu mais recente relatório sobre o assunto, na forma de uma revista, chamada de PIANC Report n° 106.

Também em 2011 tivemos um produtivo workshop sobre eclusas, e outro deverá ocorrer em outubro, trazendo propostas novas e mais dicas. Muitas destas propostas de projeto precisam, no entanto ser validadas em ensaios e cálculos, necessitando então maior apoio da comunidade acadêmica. O Brasil, por meio de 5 estados e a união, lançou recentemente o programa G5 + 1, em que os rios Grande e Paranaíba deverão ter construídas algumas eclusas em seus barramentos. Com isto, a hidrovia Paraná- Tietê sofrerá uma virtual ampliação de alcance, fazendo com que se cogite até mesmo na união desta hidrovia com a do rio São Francisco, por meio de uma ligação ferroviária terrestre. Também, as eclusas existentes podem ser remodeladas com novos materiais e modificações para fim de otimizações pontuais. Também, para se conseguir seu valor continuado, devem-se seguir as mais modernas e adequadas filosofias de manutenção baseada na confiabilidade. Sendo assim, estes workshops e relatórios são de interesse direto para a comunidade de profissionais em eclusas do Brasil.

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As eclusas brasileiras e a navegação interior

Das 21 eclusas no Brasil, existem quatro agrupamentos duplos, isto é, treze são de eclusa única. A maioria destas está na Hidrovia Paraná-Tietê e na Hidrovia do Sul. As Eclusas de Boa Esperança e a de Lajeado são obras paralisadas. As eclusas mais recentes e maiores são as de Tucuruí, no rio Tocantins. O rio da integração nacional, o São Francisco, também tem uma eclusa, a de Sobradinho. As eclusas são muito importantes no sentido em que viabilizam a navegação fluvial. Ao mesmo tempo, as eclusas permitem um maior transporte natural de vida aquática, rio acima e rio abaixo, mais próximo dos moldes do que existia antes do barramento. As eclusas do Brasil em operação e em fase de concepção, excluindo-se a do Programa G5 + 1, estão na tabela 1 abaixo:

Tabela 1 - As eclusas brasileiras em 2011[pic 1]

Fonte: http://www.antaq.gov.br/portal/pdf/Artigos/20111005_Artigo_Jose_Esteves_Botelho_Rabello.pdf; acesso em out13

Por sua diversidade própria, as eclusas apresentam tempo de eclusagem variados, sendo que a eclusa de Barra Bonita tem o tempo de eclusagem pequeno, de 12 minutos, tanto para subir quanto descer. Tipicamente uma eclusa maior tem o tempo de eclusagem superior a uma hora. A navegação fluvial, ou no seu sentido mais abrangente, navegação interior, é um modal de transporte vantajoso sob vários aspectos. Estes aspectos são o de eficiência energética (pouco consumo de combustível por ton.km transportados), emissão de poluentes, baixo nível de acidentes, potencial de descongestionar as rodovias e preservá- las, de acordo com o ministério dos transportes americano, USDOT (1994, 2011). O USDOT (2011), considera vital encarregar as hidrovias de transportar as cargas volumosas e pesadas, que nas estradas causam sérios transtornos terrestres para os Estados Unidos. Importante é lembrarmo-nos de incluir a eclusa no projeto antes de se projetar a barragem. É necessário o planejamento para o futuro. O fato de que a navegação em determinado rio ser incipiente no ano presente, não significa que o mesmo continue ocorrendo em 25 anos.

Figura 1 – Eclusa de Tucuruí quando em construção

[pic 2]

Fonte: google imagens

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As eclusas como elo de um plano logístico

A Hidrovia do Sul é exemplo de via dependente de eclusas para seu funcionamento. O fato de que suas eclusas têm tido bom histórico propicia boas perspectivas, demonstrado isto também pelo recente acordo Brasil – Uruguai de navegação interior internacional (2011). Sendo assim, a Hidrovia do Sul mostra que suas eclusas energizaram o transporte de um modal muito eficiente em termos energéticos e ambientais. Assim, em um novo projeto de barragem, em que um sistema de eclusas venha a ser considerado, mesmo que a eclusa não venha a ser construída, na fase de concepção e projeto do barramento, a eclusa deve ser considerada, caso ali haja condições de navegabilidade (profundidade mínima, largura de canal, pouca sinuosidade, etc.) para isso. A simples provisão de espaços para a eclusa no projeto é consideravelmente mais barato que incluí-la depois da barragem construída.

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Características do Report 106 da PIANC

O Relatório 106 da PIANC se soma ao relatório de 1986. O professor Phillipe Rigo e equipe,

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