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Psicologia É uma ciência?

Por:   •  16/2/2018  •  1.781 Palavras (8 Páginas)  •  290 Visualizações

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Esse é um questionamento feito no subconsciente de diversos indivíduos, em busca de uma resposta concreta. Mas para inicio de conversa devemos entender o que Ana Bock acredita ser ciência. Segundo ela “A ciência compõe-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade, expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa”.(Bock, 2001, p.21) No meu ponto de vista, a ciência é o conhecimento profundo e atento de algo. Então como podemos dizer que a psicologia é uma ciência? Para considerar um conhecimento uma ciência, ocorre à necessidade de um objeto específico de estudo, e nesse caso a psicologia não tem um objeto especifico isso se deve ao fato de seu reconhecimento ser recente. Mais isso não impede dela ser considerada como uma ciência, até por que esse é um fato importante. Quando uma ciência é muito nova, de acordo com o pensamento de Bock, ela ainda não teve tempo suficiente para apresentar teorias definitivas que permitam determinar qual é o seu objeto de estudo.

Segundo Ana Bock, “Outro motivo que contribui para dificultar uma clara definição de objeto da Psicologia é o fato de o cientista- O pesquisador- confundir-se com o objeto a ser pesquisado” (Bock,2001,p.21). Então dessa forma é possível dizer que a psicologia, mesmo sendo caracterizada por diversos objetos de estudos, ela é considerada uma ciência.

A psicologia vem se desenvolvendo como ciência, desde que Wilhelm Wundt criou o primeiro Laboratório de experimentos em psicofisiologia. Esse foi o marco que significou o desligamento das ideias psicológicas de ideias abstratas e espiritualistas. A psicologia por ser nova na área da ciência, ela ainda não consegue explicar muitas coisas sobre o homem.

Algumas pessoas encaram a psicologia como uma forma de adivinhar a vida dos outros, mas não é dessa forma que ela deve ser encarada até porque a “mente humana é como pára-quedas: melhor aberta”(Bock, 2001, p.27). E para a psicologia entender o que se passa dentro dela, há uma necessidade de transparência.

Portanto, sim, a Psicologia é uma ciência, mesmo sem objetos específicos. Ela é a ciência que trata de estados e processos mentais, do comportamento do ser humano e de suas interações com um ambiente físico e social. O termo Psicologia é usado no nosso dia-a-dia com diversos sentidos, um exemplo muito conhecido por quase todos é quando procuramos um amigo, disposto a ouvir as suplicas e lamentos e que sempre tem um conselho ideal para cada situação.

É nesse contexto que entra o senso comum, para deixar bem claro, o senso comum nada mais é do que o conhecimento adquirido pelo homem a partir de situações e experiências vividas. Portanto, essa situação citada à cima, não se enquadra na psicologia como ciência e sim na psicologia como senso comum.

Caracteriza-se pela ausência de método; é um conhecimento direcionado para a prática e que adquire valor de verdade no interior do meio social, é o cotidiano que tudo flui que as coisas acontecem, esse conhecimento talvez seja a primeira forma de conhecimento a ter surgido. Entendemos então que essa forma de conhecer a realidade é extremamente importante, sem elas não poderíamos resolver os problemas mais simples do nosso dia-a-dia, pois em todos os momentos precisamos tomar decisões. Apesar disso, somente esse conhecimento não seria suficiente para as exigências de desenvolvimento da humanidade.

Com o passar dos anos, a psicologia vem ganhando destaque de diversas formas, no texto de Costa, 2007,p.107 , vem falando sobre a interdisciplinaridade e equipes de saúde. Mas o que esse termo tem haver com a psicologia? Não podemos falar sobre interdisciplinaridade sem inicialmente saber o seu significado.

Japiassu (1976) conceitua disciplinaridade como área homogênea de estudo com fronteiras bem delimitadas. É necessário explicitar a relação de poder que subjaz a disciplinarização, colocando-a como forma de controle da produção do discurso. A disciplinarização cria, ilusoriamente, uma identidade que perpetua e reatualiza constantemente as regras.

De acordo com Luz (2000) o campo da saúde pública se torna interdisciplinar, em meados do século XX, quando a crise político-ideológica que imperava no setor impulsionou modificações no conceito de saúde e foram introduzidos, gradualmente, outros saberes para pensar seu campo. A introdução de disciplinas como Direito, Ética e Ciências Sociais reforça e apoia outras ciências, até então sufocadas por disciplinas biologicistas, ligadas somente à preservação da vida.

As áreas da ciência humana e social foram aderidas na área da saúde. A nova problematização da área, a relativização do conceito de saúde e doença passa a exigir a participação da psicologia, da sociologia, da antropologia para abordarem a saúde e a doença como decorrentes das suas relações com a sociedade, com os sistemas políticos, com a vida de relações e seus aspectos simbólicos, retirando-lhes a conotação de estado natural.

Porém a adesão da psicologia, sociologia e antropologia nessa área, gerou questionamentos que levou a Costa a redigir o artigo falando sobre a interdisciplinaridade e equipes de saúde.

Entendemos, pois, que a participação da psicologia na área da saúde, no panorama atual, não deverá se constituir em mais um campo específico de saber, mas deverá promover a interdisciplinaridade na compreensão do homem que vivencia o processo saúde/doença; promover uma interdisciplinaridade que contribua para a superação de diferenças substanciais entre diferentes disciplinas quanto aos critérios de saúde, ideologia, linguagem técnica, modelos de ação, objetivos e enquadres diferenças que têm conduzido a divergências quanto ao enfoque do registro, da priorização e da interpretação dos dados no que diz respeito "ao estar doente", "a cura" e "ao

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