CONTESTAÇÃO ERRO MEDICO
Por: Juliana2017 • 28/4/2018 • 8.064 Palavras (33 Páginas) • 318 Visualizações
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medico, as quais inclusive seguem anexas (DOC.04).
Quanto ao fato da cirurgia ter sido realizada nas dependências da clínica, também não há qualquer digressão, na medida em que não só o procedimento ser classificado como de baixo risco, como pelo fato de que a clínica ser dotada de as condições técnicas e sanitárias para a realização de tal procedimento, conforme documentos inclusos (DOC.05), além do fato de que a autora tinha total liberdade e faculdade para a escolha de outro estabelecimento hospitalar, caso assim o desejasse, desde que arcasse com os custos da respectiva internação de acordo com a tabela de preços vigente do próprio hospital, consoante clausula quarta, parágrafo único, do aludido contrato, o que não desejou.
Destarte, também carecedora do direito de ação, quanto a alegação de que ao retornar na clínica Ré, para retirada dos curativos e avaliação pelo Réu, percebeu que não usou luvas em si e nos demais pacientes de pós operatório que se encontravam nos boxes para serem atendidos, ao que indicavam total falta de higiene, cuja alegação não se sustenta, a uma pelo fato de que quem realiza curativos são as enfermeiras e não o médico Réu e a duas pelo fato de que se os demais pacientes aguardavam para serem atendidos, como poderia ter observado a conduta do medico?
No mais, quanto ao pós operatório e supostas intercorrências médicas, foram devidamente esclarecidas através do termo de consentimento informado em anexo (DOC.02), e anuídas pela Autora, não se podendo olvidar que em se tratando de procedimentos cirúrgicos, como em todo e qualquer tratamento médico, estamos sujeitos as intempéries em função do próprio tratamento, quer quanto a reação de nossos organismos às determinadas substancias, equipamentos, acessórios e bem com à infecções causadas por bactérias, insusceptível de se prever e ou diagnosticar antecipadamente ao ato cirúrgico.
Assim, o risco de todo e qualquer tratamento médico é patente, pois do contrario seria assumir dom divino, o que é inconcebível e incogitável, inclusive pelo fato de que consoante asseverado, fora dado ciência a Autora quanto a eventuais riscos.
E foi dessa forma, zelando pela saúde e integridade física da Autora, que o Réu colocou à sua disposição tudo o que tinha ao seu alcance a fim de proporcionar o seu restabelecimento completo.
Ademais, vale frisar que por prevenção foi prescrito à Autora repouso absoluto, além de medicamentos inerentes a dor e também a eventuais infecções, cuja inobservância poderia levar ao insucesso do procedimento realizado, e que não se pode ignorar, já que a conduta dos pacientes e no caso em tela da Autora não é possível seu monitoramento fora do estabelecimento de saúde.
Daí, imputar a tal responsabilidade única e exclusivamente ao Réu, diante de todos os esforços despendidos por este para o restabelecimento da Autora, seria uma verdadeira ofensa aos ditames legais, além de corroborar com o locupletamento ilícito odiado por nosso Ordenamento Pátrio.
Portanto, Excelência resta totalmente descabida a pretensão da autora, subsistindo qualquer amparo legal a prosperar a presente demanda, mais precisamente, “a Falta de Interesse Processual”, ensejadora da CARENCIA DE AÇÃO, nos termos do artigo 301 X do CPC, devendo ser julgada extinta a presente Ação nos exatos termos do artigo 267, VI do mesmo Diploma Legal, que assim reza:.
“Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:
(...)
VI – Quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;”
DA ANÁLISE PORMENORIZADA DOS FATOS:
1 - Insurge a Autora com a presente, alegando em síntese ter suportado prejuízos de ordem material e moral decorrentes de suposto erro médico oriundo de um procedimento cirúrgico de “#################”, contratados no valor de R$ #############,00,
(Discorrer os fatos articulados na inicial)
Em que pese tais argumentos estes não devem prosperar, posto que a Autor(a), recebeu todas as informações acerca do procedimento a ser realizado, com riqueza de detalhes e especifitudes que lhe eram inerentes, quer no tocante ao pré-operatório quanto no pós operatório, assim como dos riscos da referida cirurgia enquanto procedimento cirúrgico dotado de subjetividades em detrimento do organismo humano, como acerca das cicatrizes e eventual necessidade de retoque para correção.
Imperioso frisar que todo procedimento cirúrgico, assim como a (#########), a que fora submetido(a) o (a) Autor(a), pode ensejar intercorrências e complicações.
No intra-operatório, podem ocorrer:
1.0 Choque anafilático; seria uma parada cardio-respiratória decorrente de um processo alérgico fulminante de medicamentos utilizados na sedação ou anestesia ou analgesia ou mesmo de antibiótico. Não há como saber de antecedência se isso vai ocorrer ou não. Mas todo serviço médico tem que estar preparado com equipamento para qualquer eventualidade e socorrer a paciente. Posteriormente, deve ser encaminhado à UTI.
2.0 Embolia Pulmonar; seria a obliteração de um vaso sanguíneo do pulmão por um êmbolo, prejudicando a troca gasosa de gás carbônico e oxigênio nos pulmões. Deve-se manter o nível de saturação de oxigênio satisfatório e posteriormente, encaminhar a paciente à UTI para dar prosseguimento ao tratamento.
3.0 Arritmia Cardíaca: seria alteração no ritmo do batimento cardíaco e muitas vezes, se não for corrigido, pode levar a formação de trombo e este a um infarto agudo do miocárdio, ou embolia pulmonar ou até mesmo a um acidente vascular cerebral (AVC). Dependo do grau de arritmia e compensação hemodinâmica é que vai indicar a necessidade de cuidados intensivos ou não.
4.0 Choque Hipovolêmico: Pouco comum, mas quando ocorre uma perda de grande quantidade de volume sanguíneo intra-operatório ( sangramento exagerado ), ocasionando uma hipotensão arterial. Na maioria das situações, o volume é reposto com soro hipertônico e as vezes é necessário a complementação com transfusão sanguínea.
5.0 Edema Agudo Pulmonar: Pouco comum, mas numa cirurgia em que o tempo cirúrgico é longo e o rim do paciente não é tão eficiente, a quantidade de soro fisiológico e muito superior do que o paciente está eliminando através da urina, ocorre um acúmulo de líquido
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