Relação medico paciente geriatria
Por: Evandro.2016 • 28/10/2017 • 2.448 Palavras (10 Páginas) • 452 Visualizações
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Teoria da Programação – essa teoria discorre que todo o processo de envelhecimento parte de uma predeterminação genética, sendo que a partir de um momento o indivíduo entraria num declínio fisiológico que é o envelhecer – “[...]envelhecimento começa com a vida[...]”;
Teoria Limite de Hayflck – seria que cada célula apresenta um limite das divisões celulares e assim que esse limite é ultrapassado, ocorre a definitiva morte dessa
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célula, e o acumulo de células que não se dividem mais causam o envelhecimento; Teoria da Reparação – Nessa teoria, se explora que a maquinaria que repara o
DNA contra mutações e lesões diretas a ele, e esse mecanismo culmina na morte celular e o consequente declínio fisiológico;
Teoria do Erro Catastrófico de Orgel – essa teoria se baseia que a partir do envelhecimento celular, a célula começa a produzir proteínas que são acumuladas no interior dessa célula o que acaba em resultar na morte desta;
Teorias do Tipo Evolucionista – Nesta última teoria apresentada, vê-se o processo de envelhecer como uma ativação de certos genes, que quanto mais tempo se vive, mais provavelmente serão ativados e esses genes seriam prejudiciais ao metabolismo celular.
Dessa forma, a autora considera ainda que com o envelhecimento surge uma tendência ao adoecer, devido a fragilidade do organismo, aumentando assim as patologias crônicas, que são apenas tratáveis mas não curáveis.
Dentre as alterações psicológicas, apontadas no texto, se destacam as teorias baseadas nos autores Freud (psicanálise), Jung e Erikson. Assim cada autor dentro de sua visão estabelece de forma geral que na velhice o indivíduo terá que lidar com uma serie de perdas, tanto físicas como de seus parentes e amigos o que acabam modificando profundamente como o indivíduo se verá em relação a essas mudanças.
Deste modo, variáveis psicológicas, tais como a atitude e a personalidade, determinam a capacidade do indivíduo enfrentar as mudanças fisiológicas que ocorrem com o envelhecimento (Aiken, 1989).
Equilíbrio entre o declínio físico e as perdas existenciais, tentando buscar uma relativa independência de si.
A teoria psicanalítica, enfatiza que durante a velhice o indivíduo vive “eventos estressantes”, que são as perdas de parentes e amigos e o sentimento de impotência diante das condições físicas, nas quais o ego tem de se adaptar. Assim, essa adaptação depende de experiências pregressas, ou seja, das relações durante os primeiros anos de desenvolvimento, podendo o indivíduo criar mecanismos de defesa para tentar superar essa fase de desgaste que é a velhice, o que pode resultar em distúrbios psicológicos.
Já a teoria de Jung, mostra que uma visão oposta a visão de psicanálise focando não nas primeiras fases do desenvolvimento, e sim a partir da meia idade, que
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segundo o autor, nesse período o indivíduo passa por uma viagem emocional. Considerando isso, Jung, traz ainda que o indivíduo nessa fase, devido as dificuldades enfrentadas podem levar a um apego na fase juvenil, infantilizando o seu envelhecer. Na visão desse autor o envelhecer seria uma preparação para o culminar da vida, a morte.
A última teoria de Erikson, trazida no texto, que diz que só a pessoa que mantém a integridade de Eu em momentos críticos da vida, e potencialmente capaz de aceitar a morte.
No último quesito analisado pelas teorias médicas, temos as alterações sociais na vida do indivíduo idoso, que na visão da autora, surge com o alvorecer da sociedade moderna e com o processo de industrialização, que a partir da questão da produtividade no leito familiar, que com o idoso não participando do processo de produção muitas vezes, acaba se sentindo deslocado do núcleo familiar pelos familiares. Outro fator associado seria a marginalização e a morte social na sociedade, causada também por uma questão de produtividade social. Essa etapa da vida, além disso, é considerada uma etapa penalizante e repleta de sentimentos negativos, tornada pelo deslocamento social e as grandes perdas.
A outra teoria, adotada no texto seria a da psicossomática, sendo essa teoria feita por Sami-Ali, em 1974, em que o autor discute a existência de dois corpos que definem a identidade do indivíduo, o corpo real, que seria o físico, o definido biologicamente, composto de células, tecidos e órgãos, já o corpo imaginário seria relacionado a subjetividade, ao inconsciente e as características do comportamento deste indivíduo. Assim a interação desses dois corpos seria formado a personalidade única deste indivíduo.
Com o passar do tempo há uma alteração na idade biológica, isso resulta também em alterações comportamentais, o que altera sua relações comportamentais. Dessa forma, o idoso se define em um estado patológico constante, no qual uma objetividade ocupa o lugar da subjetividade, há uma adaptação dessa identidade do indivíduo, que é substituída por uma superego corporal, que dita como o indivíduo deve se comportar nesta fase da vida, ocorrendo um recalcamento da subjetividade, em prol dessa adaptação patológica, o que marca um quadro inicial de depressão por esse indivíduo. Esses conflitos entre e ego e o superego podem levar a somatização desses conflitos a quadros patológicos nesse indivíduo.
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Envelhecimento e antropologia
O processo de envelhecimento presente nas sociedades capitalista, industrializadas e tecnológicas detém um mecanismo de reforma, isto é, no momento da transição ou da chegada de idades mais avançadas o sujeito passa por mudanças na forma que interage com os outros indivíduos, na forma como se enxerga diante dessas pessoas etc. Há, também, mudanças na maneira como os familiares, amigos, pessoas do seu convívio social se adaptam a essa nova situação. De acordo com Salgado (1980, in Lima e Viegas, 1988), essa transição para a terceira idade é definida no momento da aposentadoria, ou seja, a própria sociedade estabelece o momento da transição.
Entretanto, isso não está presente em todas as sociedades. Segundo Pereira (1993), em épocas passadas ou em ambientes isolados das influências dos valores de rentabilidade ou capacidade de
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