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LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO NA GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS

Por:   •  11/1/2018  •  1.868 Palavras (8 Páginas)  •  293 Visualizações

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Inicialmente será caracterizada como sociedade: o conjunto de pessoas que se relacionam objetivando um bem comum, desta forma pode-se caracterizar o ambiente empresarial como uma sociedade. O âmbito empresarial aqui a ser analisado é a sociedade empresarial com fins lucrativos, as quais são necessárias relações de mutualismo entre os “congêneres” empresariais e predadorismo entre empresas que competem pelo mesmo mercado.

A ferramenta utilizada para a interação social dentro deste grupo limitado de pessoas “a empresa” é o trabalho, palavra que tem sua origem no vocábulo latino como “Tripalius”, aparelho de tortura. Esta relação intra-empresarial, ou seja, o trabalho, se dá através de uma troca mútua onde o empregador explora a mão-de-obra alheia e em troca lhe oferece um salário, que nada mais é que uma compensação financeira ao tempo despendido na realização de tarefa lucrativa a empresa.

Taylor em sua teoria da Administração Científica caracterizou o homem como “homo economicus”, um ser que trabalha exaustivamente e apenas tem no dinheiro a motivação para continuar desempenhando cada vez mais suas tarefas, desprezando os limites físicos, mentais e os anseios dos membros que participam deste processo. A partir desta teoria há de se fazer uma ressalva quanto a fatos motivadores, dado que segundo Vergara motivação é um processo intrínseco ao ser humano enquanto o estímulo é um processo extrínseco.

Segundo as definições de Vergara:

- Motivação não é um produto acabado, mas um processo que se configura a cada momento, no fluxo permanente da vida;

- Motivação é uma força, uma energia que nos impulsiona na direção de alguma coisa, é um motivo para a ação;

- A motivação nos é absolutamente intrínseca, isto é, está dentro de nós, nasce de nossas necessidades interiores;

- A motivação é contínua, o que significa dizer que sempre teremos, a nossa frente, algo a motivar-nos.

Por ser intrínseca, não é coerente dizermos que motivamos os outros a isto ou àquilo. Ninguém motiva ninguém. Nós é que nos motivamos ou não. Tudo o que os de fora podem fazer é estimular, incentivar, provocar nossa motivação. (Vergara)

Desta forma o ser humano tem a capacidade de estimular outra pessoa a exercer uma automotivação e não por sua vez motivar pessoa alheia, corrobando o pensamento Socrático “Conhece-te a ti mesmo”, pois, todo o homem que é capaz de conhecer a si mesmo sabe os mecanismos que impulsionam-no a desobstruir barreiras. O processo motivacional é um processo onde o ser humano busca dentro de seus valores: satisfação, encantamento e vontade de realizar determinada tarefa, ao passo que à empresa fica a tarefa de proporcionar estímulo ao funcionário, afim de este exercer-las com prazer. Este estímulo pode ser de através de compensação financeira, benefícios, reconhecimento pessoal ou vários valores usufruídos simultaneamente.

No processo de relacionamento empresarial, independentemente do posto ou cargo ocupado o fator motivador é o reconhecimento da importância que dada pessoa possui no processo produtivo, cabendo ao empregador captar e selecionar pessoas ao passo que assim que inseridas no quadro de funcionários da empresa, deve-se desenvolvê-las e recompensar suas competências, oferecendo estímulo à geração de produtividade, aferida através de medidas administrativas de desempenho.

O aspecto motivacional é fundamental no desempenho das tarefas pelos agentes oferecendo maximização de potencialidades e maior produtividade a empresa, isto porque é primordial a toda e qualquer atividade empresarial a intervenção humana no processo produtivo mesmo que, em maior ou menor escala, pois o processo produtivo de bens e serviços se dá através da interação de seus insumos e processos de transformação, os quais se obtêm o produto final.

O processo de estímulo e geração de motivação em uma empresa não deverá ser generalista, assumindo a mesma forma para todas as pessoas, pois, segundo Vergara o caráter de interioridade da motivação oferece a cada ser uma resposta diferente a dado estímulo. Analisando os agentes inerentes a formação do homem como um ser social, partindo da premissa de Jean Jacque Rousseau de que “todo homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe”, devem-se ser analisados os aspectos fundamentais na formação da identidade (ambiente familiar, cultural, educacional, segurança), “(...) porque o processo motivacional é extremamente rico, incluindo necessidades, satisfação, expectativas, valores, modelos mentais e, certamente, o significado que atribuímos ao trabalho” (Vergara) e toda a gama de influencia externa a corporação formadora da conduta ética e moral, devido às atitudes dentro da empresas serem grande parte dos momentos o reflexo do comportamento humano dentro da família.

Abraham Maslow em sua teoria da pirâmide das necessidades humanas esboça as necessidades em grau primário e secundário, sendo respectivamente de ordem fisiológica, segurança e de relacionamento/amor, estima e auto-realização, contudo ao aplicar uma ordem cronológica para as necessidades segundo estudiosos afasta-se a análise quanto à influência externa do meio sobre a pessoa.

Ainda sobre o ambiente externo a pessoa no processo de estímulo ao desenvolvimento da automotivação há de se destacar a figura do líder que é a pessoa responsável por intermediar e colaborar para que a pessoa desenvolva da melhor forma possível seu trabalho, pois, segundo Hunter ouvir é uma das habilidades que um líder pode desenvolver, sendo o líder responsável por influenciar pessoas para trabalhar entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum.

”Afirmo que liderança – influenciar os outros – é uma habilidade que pode ser aprendida e desenvolvida por alguém que tenha o desejo e pratique as ações adequadas.” (Hunter, 2004, p. 25), desta forma há de se analisar o processo de formação de um líder e as características inerentes a este, distinguindo as suas definições de poder e autoridade exercida aos comandados.

Sendo definidos poder e autoridade segundo Hunter respectivamente da seguinte maneira: “É a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer” e A habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal”.

Logo será analisada

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