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A Estratégia na História - Teorias e ferramentas estratégicas explicadas a partir dos fatos históricos do século XX

Por:   •  13/6/2018  •  1.483 Palavras (6 Páginas)  •  450 Visualizações

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A 2ª Guerra também incentivou a formalização do planejamento estratégico para direcionar as decisões gerenciais. A gestão não significava um comportamento passivo e adaptativo, e sim, uma ação intencional que buscava os resultados desejados. Na era das multi-divisons, administrar implicava na responsabilidade de tentar moldar o ambiente econômico, para planejar, implementar e consolidar mudanças no próprio ambiente e assim garantir a liberdade de agir das empresas. Essa ideia tornou-se o foco da estratégia de negócios da época, onde as empresas, por meio do planejamento estratégico formal, poderiam exercer algum tipo de controle sobre o ambiente.

3º Período (1961 – 1984): A estratégia dominada pelas consultorias e pelo ambiente.

A fim de continuar com retornos altos, comuns no pós-guerra, a terceira geração de gerentes profissionais que se formava, se apoiava em duas grandes estratégias: uma de aperfeiçoar os produtos e processos; e a outra de diversificar, de entrar em mercados ainda não explorados que pudessem dar altos retornos, mesmo que não relacionados aos negócios da empresa. A pesquisa acadêmica do período se concentrava em temas como crescimento, expansão, aquisição, diversificação e controle dos conglomerados. No que concerne à estrutura organizacional, o movimento da padronização para a customização continuou no final dos anos 60 e 70, quando as firmas adotaram formas organizacionais mistas. A administração começou a utilizar muito mais a estatística para medir o desempenho e o retorno.

Na academia, iniciaram-se as discussões sobre como alinhar as forças e fraquezas da empresa com as oportunidades e ameaças do mercado. As tarefas básicas dos estrategistas da época envolviam: (a) a avaliação das condições do ambiente e tendências nas oportunidades e ameaças; (b) a determinação das forças e fraquezas competitivas para atuarem com determinados produtos e mercados, entre outras opções.

Os anos 70 foram caracterizados por uma combinação de estagnação e inflação. A comunidade de negócios retornou aos métodos conservadores de gerenciamento, afastando-se da diversificação e aproximando-se da disciplina dos sistemas de controle financeiros. Ao mesmo tempo, havia a percepção que as empresas deveriam aumentar sua parcela de mercado no seu negócio principal, e utilizar o fluxo de caixa desse negócio para impulsionar outros produtos. Nesse período, o planejamento estratégico foi protagonizado pelas consultorias.

A crise do petróleo prejudicou as atividades de uma grande quantidade de empresas. O fato de um problema “externo” e “incontrolável”, afetar as operações das organizações chamou a atenção dos teóricos para a variável ambiental na análise organizacional. A sofisticação na análise dos custos da empresa foi acompanhada pelo aumento da importância dos consumidores na análise competitiva. Além da competição por custos, a competição por diferenciação ganhava espaço.

Com a segunda crise do petróleo em 1979, começaram a surgir dúvidas sobre o sucesso da curva de experiência e do portfólio. A inflação alta, a capacidade ociosa excessiva e a crise, minimizaram o poder da curva de experiência das empresas. Entretanto, a ascensão e queda da análise de portfólio influenciaram os estudos seguintes sobre estratégia e competição, que focava a atratividade da indústria e a posição competitiva. A principal contribuição desse novo foco nos estudos da estratégia foi no novo modelo sobre a competição na indústria, baseada na busca de valor pelos competidores, além de descrever suas cinco forças competitivas e três estratégias genéricas.

4º Período: (1985 – 2000 – 2009): A estratégia da prática, do conhecimento e do meio ambiente.

Essa nova etapa produtiva passou a exigir ainda mais investimento na pesquisa e na implementação tecnológica, cuja viabilização passou a depender, principalmente, de grandes conglomerados empresariais, possuidores de enorme volume de capital.

A transformação causada pela 3ª Revolução Industrial ainda revela uma nova característica: a importância da tecnologia da informação.

As rápidas mudanças de estrutura são acompanhadas por rápidas mudanças de processos econômicos. A comunicação dentro das empresas, entre as empresas, e entre as empresas e outras instituições (e indivíduos) públicas, privadas e não-lucrativas foi transformada, aumentando as oportunidades e diminuindo as barreiras geográficas que existiam na 2ª Revolução Industrial.

O século mostra um avanço nas organizações em rede: o trabalhador do conhecimento, as organizações de conhecimento e as estruturas flexíveis. Com a grande disponibilidade e facilidade de acesso à informação, o conhecimento passa a ser o recurso fundamental da organização.

A pesquisa em estratégia como prática, ganha importância. Ainda, como resultado, a pesquisa em áreas como gerenciamento de P&D, desenvolvimento de produtos e processos, recursos humanos, etc. tendem a ser relevantes para a estratégia.

Outra tendência estratégica relevante para o fim do século XX e início do XXI é preocupação com o meio ambiente. Nos últimos anos, o debate sobre a sustentabilidade socioambiental e os impactos das mudanças climáticas também fez parte da agenda das organizações produtivas. As organizações começam a investir na utilização eficiente dos recursos escassos

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